O presente estudo almeja desvelar as concepções dos docentes sobre o uso das tecnológicos da informação e comunicação no contexto educacional, especificamente na Educação Básica do município de Jaguaruana-Ceará, bem como suas reflexões acerca dos desdobramentos da inserção desses recursos no período da pandemia do COVID-19, a partir do ensino remoto. Fundamentando-se em procedimentos metodológicos que misturam métodos quali-quantitativos, tendo como referência a pesquisa bibliográfica, a partir de Santos (2009), Moran (2000), e da pesquisa de campo, pois utilizamo-nos de questionários eletrônicos aplicados a professores. Nossos achados permitiram refletir que o processo adaptativo dos professores ao ensino remoto ora denota a falta de familiaridade com as TDIC, ora demonstra a tentativa de aprendizado com os recursos. Sobre a prática pedagógica nas escolas do município, os desafios denotam: as limitações da formação docente inicial e continuada; a precarização da profissão; a falta de infraestrutura física e recursos tecnológicos nas instituições; a inacessibilidade aos meios tecnológicos pelos discentes e docentes, seja na escola no domicílio e a ausência de políticas públicas para inclusão digital dos sujeitos escolares. Todos estes desafios marcados pela desresponsabilização do Estado na democratização do acesso e permanência na escola/sucateamento da educação. Diante disso, acreditamos que antes de se pensar em ensino remoto, em ensino híbrido deve-se haver a democratização da educação e das TDIC, pois a educação é um direito constitucional.
A presente pesquisa analisa a atualidade da Pedagogia Freiriana, observando se e como esta perpassa as práticas pedagógicas de professoras(es) da educação básica do município de Limoeiro do Norte, Ceará. O referido estudo segue uma abordagem qualitativa do tipo descritivo-exploratória, em formato de estudo de campo. Como técnica de coleta de dados, utilizamos a entrevista, realizada pelo Google Forms, com nove educadoras(es) que atuam na educação básica. Ao organizar e analisar as falas das(os) entrevistadas(os) sobre a sua prática pedagógica, identificamos em seus relatos menção à Pedagogia Libertadora, expressa em categorias como do-discência, humanização, diálogo, práxis e libertação. Nas experiências apresentadas, sejam pontuais ou mais corriqueiras, aponta-se para a relevância e a atualidade de Freire no contexto escolar, seja a partir do diálogo reflexivo sobre o contexto com vistas à conscientização e consequente práxis e libertação, seja pela relação dialógica professor-aluno com vistas à transformação social. Em tese, percebemos que trazer a Pedagogia Libertadora para o chão de sala pressupõe um movimento que ocorre fora dela, sobretudo no campo das políticas públicas. Assim, num contexto educacional, embebido por reformas educacionais e avaliações de larga escala que sobrepõem a quantidade à qualidade, de forma bancária, vertical e reprodutora, as iniciativas de motivação freiriana, no âmbito escolar, são, em suma, contra-hegemônicas. Portanto, esperamos que esta pesquisa subsidie o resgate da atualidade da Pedagogia Libertadora no atual contexto.
Nesta pesquisa, objetivamos identificar o fenômeno educativo expresso na luta dos sujeitos sócio-históricos do Acampamento Zé Maria do Tomé/Chapada do Apodi-Ceará, avaliando os diálogos que se constroem entre os saberes populares dos acampados e os grupos acadêmicos universitários na troca de conhecimentos que possibilitam um processo de conscientização e desvelamento de realidade. A metodologia consistiu em observação direta de experiências de educação não-formal nos movimentos sociais, no período compreendido entre 2014 e 2019. Para isto, desenvolvemos um estudo qualitativo, do tipo descritivo e explicativo a partir de pesquisa de campo, referenciado em Freire (2019), Brandão (2007) e Gohn (1995 e 2001). Refletimos sobre as lutas sócio-ambientais da Chapada do Apodi e sua implicação na formação da consciência crítica de acampados. Como resultados da pesquisa de campo, pudemos perceber princípios de organização social, luta e resistência, oriundos da conscientização política, permitindo concluir que estes sujeitos têm buscado formas de resistência e organização para superar as adversidades encontradas no cotidiano, na perspectiva de romper com o desenvolvimento contraditório do capital rural naquele território, articulando estas práticas sociais à construção de saberes junto aos grupos universitários.
Este artigo pretende contribuir para o debate a respeito da atualidade e defesa da obra Pedagogia do Oprimido, que em 2018 completou 50 anos. Na ocasião, várias instituições de ensino se propuseram a comemorar o legado freiriano e reinventá-lo, incorporando análises sobre demandas atuais, a partir de eventos, livros e dossiês sobre a temática. Este trabalho reflete sobre o pensamento educacional de Paulo Freire, apontando as várias temáticas abordadas nas fontes consultadas, com foco nos desafios da educação brasileira frente ao Golpe de 2016 e ao avanço do movimento “Escola Sem Partido”. PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia do Oprimido. Paulo Freire. Educação Libertadora. Educação Brasileira.
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