O aquífero Barreiras no campo de poços de Boa Cica, localizado no município de Nísia Floresta/RN, é composto por rochas siliciclásticas com espessura média da ordem de 65 metros. Na área estudada se encontra sobreposto a um aquitardo Mesozóico carbonático. Ambas as unidades, localmente, são interceptadas por um sistema de falhas nas direções NE-SW e NW-SE. O objetivo do presente trabalho é o entendimento da interação entre a estruturação geológica da área e as variáveis hidrogeológicas e hidrogeoquímicas do aquífero Barreiras. As descontinuidades geradas pelas falhas propiciam caminhos de fluxo preferencial através dos quais ocorrem interações das águas subterrâneas do aquitardo e do aquífero, em profundidade por fluxo vertical ascendente. Corroborando, observa-se dois grupos distintos de águas em poços captando o aquífero Barreiras: Grupo 1, com fácies cloretada sódica, típica do aquífero Barreiras; Grupo 2, com fácies bicarbonatada cálcica a magnesiana, com influência do aquitardo carbonático.
Este trabalho tem por objetivo descrever e analisar as implicações da expansão do agronegócio na redefinição das relações cidade-campo a partir da transformação destes espaços, tendo como estudo a cidade e município de Araguaína localizado no Estado do Tocantins. A pesquisa foi realizada através de levantamento bibliográfico, bem como na execução de trabalhos de campo. Constata-se, nas últimas décadas, na área em estudo, importantes mudanças na produção do campo, estas são impostas pela racionalidade do capital e pelos esforços do governo em tornar o Tocantins competitivo no mercado agrícola brasileiro e mundial. As transformações no campo impõem especialização produtiva e demandas por consumo produtivo nos espaços urbanos, incrementando a urbanização. Em verdade, onde as inovações técnicas estão presentes nos sistemas de produção as conseqüências geográficas são imediatas, notadamente pelas espacialidades produzidas pelo agronegócio no urbano. São redefinidas as relações cidade-campo, ocasião em que se tornam mais intensas e diversificadas.
<p>A moradia é um dos direitos básicos do brasileiro, previsto na Constituição Federal (1988). Todavia, a questão habitacional já era discutida pelo Poder Público anteriormente, a citar a Fundação Casa Popular, fundada em 1946 com o objetivo de construir moradias sociais. Posteriormente, o Banco Nacional de Habitação (1964) assumiu essa causa e financiou residências para classe média e para os pobres. Entretanto, as dificuldades na aquisição do imóvel próprio persistem e envolvem o seu alto preço, a concentração fundiária da terra urbana e a especulação imobiliária. Diante disso, este estudo analisa como Caicó-RN vem desenvolvendo suas políticas públicas habitacionais da construção de moradias nos últimos 10 anos, na perspectiva do cumprimento da função social da terra urbana. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico e documental sobre a temática habitacional e as políticas públicas em âmbito nacional e nesse município. Destarte, as análises revelam que o Poder Público de Caicó ainda carece de muitas políticas habitacionais para combater de fato essa problemática.</p>
<p>O trabalho objetiva discutir e refletir sobre o papel, a relevância e as contribuições da geografia de uma maneira geral, e da geografia crítica de forma particular para a construção do ser social, mais ativo, participativo e consciente de sua história e do cotidiano vivido nos diferentes espaços que mora e frequenta. Para este feito, trouxemos à baila algumas breves discussões acerca das mudanças de caráter teórico metodológico que ocorreram na geografia, evidenciando na contemporaneidade a necessidade de discutir temas e problemas que façam parte do quadro da história de vida da sociedade, principalmente para os grupos em estado de vulnerabilidade social. Nesse sentido, a leitura do espaço e da cidade, se torna condição ímpar para entendermos a teia de relações construídas e impostas para esses grupos, por parte do Estado, do mercado e de suas representações institucionais.</p><p>Em um momento posterior, buscamos compreender as relações sociais construídas pelos indivíduos nos espaços da moradia, da escola e da cidade. Assim, colocamos em pauta e demos visibilidade, as limitações e até mesmo o impedimento para a construção do processo ensino aprendizagem de crianças e adolescentes, veiculados por uma forma perversa e desigual da situação de pobreza vivida por esses indivíduos, mostrando suas consequências na escola.</p><p> </p><p><strong>Palavras-chaves</strong>: Geografia Crítica, Escola, Cidade</p>
<p>O presente trabalho trata de uma breve contextualização acerca da gênese do espaço urbano, refletindo sobre o processo de formação da área central, ambos relacionados com o contexto da cidade de Caicó/RN. Além disto, discutiu-se sobre o processo de descentralização, para, posteriormente, debater acerca do problema desta pesquisa: a tendência do surgimento de uma subcentralidade na perspectiva do bairro Barra Nova. Para o desenvolvimento desse trabalho buscou-se por um arcabouço teórico envolvendo as questões acima, além dos dados comerciais do bairro Centro e do Barra Nova, obtidos na Secretaria Estadual de Tributação, enquanto que os dados populacionais foram obtidos no site do IBGE (2020). Por fim, observou-se uma notória tendência à formação de um subcentro no bairro a que se objetivou esse trabalho, tendo em vista que o Barra Nova se mostra como um setor que tende a se tornar mais dinâmico e menos dependente do núcleo central, em razão de apresentar em sua malha urbana 295 atividades de comércio e serviços que se relacionam diretamente com sua população local.</p>
Este trabalho tem por objetivo a discussão da Área Central na perspectiva de analisá-la como um instrumento teórico-metodológico relevante na construção de reflexões, olhares e leituras sobre a cidade. Nesse sentido, o estudo do processo de segregação socioespacial tomou uma direção referenciada pela presença de atividades comerciais e de serviços, bem como seus usos e localizações distintas atendendo em primeiro plano a uma camada social privilegiada. Mostrou-se que a elite dominante na cidade cria seus próprios centros de negócios e serviços, institui o direcionamento das políticas públicas urbanas, conduzindo assim, de maneira a lhe interessar, o processo de produção e de reprodução do espaço urbano. Buscou-se com isto trazer à tona uma discussão sobre a cidade projetada nos diferentes níveis sociais na perspectiva do exercício de poder que a classe dominante mantém e que se expressa, principalmente, na sua capacidade de consumo, de domínio e de articulação que constrói com o espaço urbano e por seu turno com a cidade.
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