O objetivo deste artigo consiste em recuperar das reflexões de Evgeni Pachukanis (1891-1937) os componentes básicos caracterizadores do fascismo, empregando a esses componentes certa sistematicidade até certo ponto ausente na exposição do texto pachukaniano. Também abordaremos aquilo que nos parece ser um limite relativo presente em sua reflexão. Em seguida, pretendemos colocar suas posições em diálogo com algumas das clássicas contribuições que integram a tradição marxista, tais como aquelas elaboradas por Clara Zetkin, Palmiro Togliatti e Nicos Poulantzas. Inspirados pelos últimos textos de conjuntura do cientista político Armando Boito Jr. (2019; 2020; 2021), acreditamos que essa recuperação permite extrair do texto pachukaniano os principais elementos caracterizadores do fascismo, principalmente, no que diz respeito à formulação de um conceito teórico geral e sintético.
Nosso objetivo é propor uma abordagem metodológica que possibilite uma compreensão alternativa à tese staliniana do cerco capitalista como justificação para o fortalecimento do Estado soviético. Nossa hipótese é que a leitura de Mao Zedong sobre o materialismo histórico e dialético nos permite traçar um caminho mais rigoroso para a compreensão desse fenômeno. Para tanto, confrontamos a tese staliniana com os pressupostos teóricos dos clássicos do marxismo, apresentamos as contribuições de Mao e formulamos algumas notas para futuras pesquisas. Esperamos estabelecer com algum grau de clareza o problema teórico que envolve a tese staliniana e a pertinência da abordagem metodológica aqui apresentada.
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