RESUMO:Este artigo explora a questão da interculturalidade no campo da educação desde as contribuições oriundas da produção do Grupo Modernidade/Colonialidade, sob a perspectiva da descolonialidade. Resulta de um processo de discussão realizada pelo coletivo de pesquisadores vinculados ao Grupo de Pesquisa em Educação Intercultural do Unilasalle. Lança-se mão da literatura disponível para a construção da reflexão, com especial ênfase aos textos de Mignolo, Quijano e Restrepo/Rojas. Os pressupostos desses pensadores apontam para a proposição de uma "episteme outra", pensada desde o lugar do subalternizado. Constata-se que a educação intercultural se constitui em possível fator propulsor da descolonização, remetendo para a construção de uma "sociedade outra" mediante a superação de velhos discursos, de estruturas excludentes e de posturas discriminatórias. Nessa perspectiva, a interculturalidade propicia a convivência de sujeitos e de sociedades plurais, de culturas múltiplas. Não obstante, a realidade no campo da educação intercultural continua como desafio na busca de um "outro mundo possível". PALAVRAS-CHAVE:
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RESUMOEste trabalho tem por objetivo analisar a percepção de estudantes de escolas públicas estaduais do Rio Grande do Sul, sobre o atendimento de suas demandas pelo Ensino Médio Politécnico (EMP). A pesquisa abrangeu 30 escolas, uma de cada cidade-sede de Coordenadoria Regional de Educação (CRE), com 658 respondentes. No percurso metodológico utilizou-se a técnica de análise temática de Gibbs (2009), combinada com procedimentos de análise de conteúdo de Bardin (2011). Como resultados da pesquisa, constatou-se que os estudantes consideram o estudo e a escola importantes para sua formação, mas há um grande distanciamento entre a proposta oficial e sua implementação na realidade escolar.
Ao se pensar a educação brasileira desde o local, objetiva-se apresentar considerações sobre possibilidades de decolonização da formação docente, mediante a formação para a interculturalidade no âmbito da academia. Para tanto, realizou-se estudo de cunho bibliográfico exploratório, com reflexões a partir de aportes teóricos de pensadores preferencialmente latino-americanos. Desse modo, observa-se que a interculturalidade se constitui em estratégia viável para a decolonização do currículo de formação docente no Brasil. Conclui-se, pois, que é necessário investir na formação de docentes e discentes na perspectiva da “colaboração intercultural”. Palavras-chave: Currículo; formação docente; decolonização; educação intercultural; colaboração intercultural.
O Projeto Esporte Social foi desenvolvido em uma escola particular de Porto Alegre visando incluir atletas negros e de classes populares na escola. O objetivo do estudo foi verificar se o futebol pode ser uma ferramenta de inclusão social e escolar. Foi uma pesquisa qualitativa e observacional participativa. O fato dos alunos jogarem futebol facilitou sua aceitação na escola, e o “habitus” adquirido no esporte tornou-os mais seguros e maduros para lidarem com as dificuldades cotidianas. Por fim, conclui-se que o futebol, assim como o esporte em geral, constitui uma ferramenta poderosa no processo de inclusão social e escolar de jovens.
Este texto aborda o tema da interculturalidade na perspectiva da “decolonialidade” na América Latina. O assunto se insere na tendência contemporânea de investigações e reflexões sobre um “pensamento outro”, com pretensão e abordagem distintas do que é defendido pela modernidade eurocêntrica. Objetiva-se compreender melhor as causas da dificuldade de inserção efetiva do Brasil na América Latina e apontar possíveis caminhos para a aproximação das nações. Metodologicamente, este texto resulta de um estudo de cunho bibliográfico exploratório, com reflexões a partir de aportes teóricos de pensadores do Grupo Modernidade/Colonialidade e afins. É sabido que o Brasil se volta – política, econômica e culturalmente – para o Atlântico Norte, de costas para a América Hispânica. Pensa-se que a interculturalidade – a educação intercultural, de modo especial –, se constitua em possível fator propulsor da integração, podendo ser o caminho para a aproximação entre pesquisadores brasileiros e hispano-americanos na perspectiva da descolonização.
Resumo: Este artigo trata do machismo no futebol -uma herança colonial -, estando naturalizado na sociedade brasileira. Objetivamos analisar os efeitos, na visão de profissionais de Educação Física, de práticas e posturas machistas no futebol e apresentar indicadores para uma proposta de ensino que contribua para a erradicação, ou pelo menos para a mitigação, desse preconceito no futebol. Como metodologia utilizamos a análise crítica de discurso (ACD), de Van Dijk, na perspectiva decolonial. Concluímos que para combater o machismo no futebol as instituições educacionais e os clubes de futebol podem, de forma colaborativa: valorizar a disciplina de futebol nos seus currículos; selecionar profissionais capacitados nesse desporto; proporcionar infraestrutura adequada à sua prática; enfatizar a formação humana; e desenvolver campanhas educativas.
Resumo: Maquiavel vivenciou um momento de grande importância para a história ocidental. O chamado renascimento marcou a transição da sociedade feudal para a sociedade moderna. Neste sentido, não visto como simples ruptura, este processo apresentou várias manifestações em campos distintos do conhecimento, entre os quais, a filosofia, as artes, história, entre outros. Neste quadro de mudanças profundas, disputas comerciais, territoriais, institucionais, morais e religiosas agitaram a Europa. Este foi o contexto em que Maquiavel escreveu sua principal obra: O Príncipe. Esta apresenta uma experiência que vai da plenitude à decadência e aprisionamento do florentino. Desta perspectiva, este artigo aborda sua importância e atualidade no ensino de Ciências Sociais (Política) através do conceito de phármakon. Para a construção de tal perspectiva, a metodologia usada para este trabalho está pautada em uma análise da citada obra de Maquiavel e de alguns comentadores considerados clássicos. Assim, o processo analítico que culminou com uma proposta de restauração do príncipe mostrou-se importante como uma forma de postura resiliente do sujeito diante das adversidades históricas. Como resultado desta proposta de ensino, este trabalho conclui que a relação do educando com as obras clássicas, quando voltada para análise de sua própria vida, se faz através da aproximação desta com a possibilidade de ação resiliente construída cotidianamente durante o curso.
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