Este artigo reflete sobre o ensino de projeto de espaços livres de lazer e recreação urbanos. Com discussões sobre a criação e o entendimento de espaços livres desde as décadas de 1930 e 1940, e com a institucionalização, a partir de 1994, da disciplina de paisagismo e projeto da paisagem nos cursos de Arquitetura e Urbanismo brasileiros, os espaços livres urbanos ganham a importância equivalente a que, até então, era somente atribuída ao espaço edificado. Assim, abre-se espaço para análise da constituição das disciplinas de projeto na grade curricular de cursos de Arquitetura e Urbanismo na Região Sul do Brasil, para entender a presença de projetos de espaços livres de lazer urbano.
O planejamento de parques urbanos e a relação com a disposição a caminhada do usuário Urban park planning and the relationship with the user's walking disposition
Considerando que a cidade não é apenas uma forma de assentamento, ou um espaço de distribuição de bens e serviços, mas o produto de um acúmulo de características de um local e suscetível a ações realizadas por diversos atores, cabe ao planejamento urbano, realizar as mais diversas previsões e buscar atender necessidades a curto e longo prazo, buscando promover qualidade de vida e ambiência no espaço. Para minimizar os impactos dos centros urbanos, três importantes modelos de planejamento urbano e princípios de ordenamento espacial foram correlacionados a fim de visualizar fatores que contribuem para a qualificação da vida na cidade. Com enfoque no urbanismo e na incumbência dos espaços verdes e dos espaços edificados no seu todo e a sua influência na vitalidade da cidade, é possível destacar a importância da presença destes espaços na malha urbana, histórica e exponencialmente destacando o avanço tecnológico.
Este artigo apresenta exercício de projeto paisagístico desenvolvido na disciplina “Projeto Urbano e da Paisagem I” do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria, campus Cachoeira do Sul, no segundo semestre de 2020. O trabalho explora conceitos de excêntrico e do não usual para desenvolver projeto do parque urbano, buscando, também, maior compreensão da paisagem, história e vegetação do Rio Grande do Sul. O resultado foi um projeto de parque urbano atento às especificidades locais e com definição espacial e compositiva complexa e singular, rompendo alguns formalismos e permitindo à poética grande papel na definição do pensamento da paisagem. O projeto abraça a criatividade e o diferente para criar um universo rico em cenários não convencionalmente explorados no paisagismo, ao mesmo tempo em que permite aos espaços serem multifuncionais e livres para diferentes formas de apropriação. Além disso, explorou composições vegetais unicamente com espécies nativas dos pampas, para maior visibilidade das possibilidades da paisagem sulista e espécies nativas no projeto paisagístico. Espera-se que a divulgação deste trabalho estimule maior sensibilidade no projeto paisagístico, buscando especialmente valorizar a metodologia do conceito e da composição com espécies vegetais para a definição dos espaços e experiências sensoriais promovidas e permitidas pela paisagem.
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