We shall not cease from exploration And the end of all our exploring Will be to arrive where we started And know the place for the first time. T. S. Eliot "Little Gidding", 1942. 0. Introdução 0.1 Antecedentes o impacto inicial da obra de Thomas S. e Kuhn Em 1962,"Foundations of the Unity of Science", aparece, na que servia de introdução ao ambicioso projeto positivista da "Enciclopédia de Ciência Unificada", um longo artigo intitulado "A Estrutura das Revoluções Científicas (daqui para diante, ERC). Seu autor é um físico que, progressivamente, passou da física para a história da física, para a filosofia da física e, desta, para a filosofia das ciências naturais. 0 impacto do trabalho de Thomas S. Kuhn foi imediato. Os
Obras de ficção podem, dependendo de como estiverem estruturadas por seus autores, ser usadas como textos de referência em sociologia. O caso específico das antiutopias futurísticas é o de que se ocupa esta tese. Os autores desses textos de ficção procuram, como acontece com textos teóricos acadêmicos, fundamentar suas extrapolações em observações cuidadosas de tendências em ação na sociedade e desenvolver sua narração com rigor e consistência. Ou seja, parte da literatura futurística seria um instrumento importante de análise sociológica. Não, frise-se, para análise sociológica, mas de análise sociológica. Noutras palavras, o que se pretende estudar é menos "sociologia da literatura" e mais "literatura como sociologia". A tese, portanto, delimita, em primeiro lugar, o que se deve considerar uma antiutopia (ou distopia) futurística tecnológica e porquê, entre vários tipos de textos futurísticos, são elas as que melhor se prestam a análise como textos sociológicos que discutem, principalmente, o impacto social da ciência e da tecnologia. Depois, expõe-se como surgiu esse gênero literário, hoje assimilado à ficção científica (FC), malgrado as intenções de seus autores. Em seguida, tendo nas 'mãos uma definição do campo e uma apreciação de sua génese na história, são estudados alguns textos representativos. Tendo analisado oito novelas, a parte final da tese expõe uma síntese de como essas obras literárias vêem o impacto social da ciência e da tecnologia e o destino da sociedade e dos indivíduos que a compõe.Nessa síntese, deverá aparecer mais claramente o paralelismo de conteúdo e tendências entre essas obras de ficção e a literatura acadêmica sobre sociologia e filosofia da ciência, o que nos leva a concluir que, feita uma escolha criteriosa, o estudante de humanidades poderá encontrar na estante de literatura valiosos modelos para reflexão sociológica.vir" ("Things to come"). E mais. Não é que tenha havido um desequilíbrio com a Segunda Guerra, ou seja, antes dela existiam mais histórias de futuros bons e, depois dela, mais de futuros ruins. O futuro é ruim desde fins do século passado, desde Wells. É verdade que algumas histórias futurísticas se "beneficiaram" da bomba atómica. Segundo os números de Brians (Brians, 1987), de 1895 a 1944, 38 histórias de FC retrataram as consequências do uso , descuidado da energia nuclear. Mas, nos cinco anos seguintes a Hiroxima e Nagasáqui, de 1945 a 1949, foram 102. Quanto às antiutopias (ou distopias), o número não se altera. Das estudadas nesta tese, quase a metade foi escrita antes da Segunda Guerra. E mais, o advento desta (e das bombas) não alterou o conteúdo desse subgênero da FC. Existem novidades, mas elas não parecem ter relação direta com eventos ligados à Segunda Guerra. Já I. F. Clarke (1986) vê a Primeira Guerra como divisor de águas para a literatura futurística. Antes dela, valia o otimismo quanto aos ilimitados benefícios que a ciência traria para a humanidade já que, segundo o pensamento da época, nada poderia deter o progresso científico e, com ele, o da hum...
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