A contemporaneidade indica a necessidade de promoção de suporte tecnológico de caráter inovador e relevante para melhorar condições de autonomia e independência de estudantes com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Portanto, os pesquisadores objetivam investigar como a tecnologia assistiva pode facilitar o processo de pesquisa de estudante com TEA. Este objetivo se desdobra especificamente em: Testar e avaliar a tecnologia de visualização estratégica do movimento de pesquisa para auxiliar estudante com TEA no desenvolvimento de projeto de pesquisa. Para o alcance dos objetivos propostos, adotaram-se a Pesquisa Bibliográfica e a Pesquisa Experimental. A aplicação dos Testes centrou-se na utilização da ferramenta de visualização estratégica do movimento de pesquisa MOVE para a construção do projeto de pesquisa pelo participante de graduação com suspeita de Transtorno do Espectro Autista (Grau Leve). O teste aconteceu em seis encontros e a avaliação se encaminhou de duas maneiras: (a) a primeira pelo estudante participante; (b) a segunda foi a avaliação do projeto de pesquisa em pares por juízes independentes. Os dados coletados foram analisados quantitativamente e suas representações foram expressas por tabelas e gráficos que foram comparados com a revisão da literatura e serviram de suporte visual para projetar os resultados e suscitar reflexões e contribuições. Nota-se que, a partir da pesquisa de satisfação realizada por intermédio do questionário, o participante com características de suspeita de autismo Concorda Totalmente com o MOVE como facilitador da escrita de pré-projeto de pesquisa em todos os quesitos. Na justificativa do questionário, o participante expressou que conseguiu organizar as tarefas para estruturar seu pré-projeto de pesquisa, fazendo da ferramenta MOVE um instrumento auxiliar no processo de sua aprendizagem.
Enquanto professores e pesquisadores voltados para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), sempre nos sentimos responsáveis por abrir essa conversa acerca dessa temática a fim de obtermos respostas e, assim, continuarmos nossa atuação. Hoje temos a grata satisfação de sermos convidados por um profissional da área da educação que tem o diagnóstico de TEA para ampliar nossa visão, transpor limites e propiciar condições de enxergarmos um horizonte outrora inimaginável.Este dossiê, Autismo em Pauta, visa propor o entrelaçamento dos saberes entre o Autismo e as diversas áreas da ciência e demais conhecimentos, tais como artes, saúde, educação, entre outros. Os artigos aqui reunidos são partilhas de experiências acadêmicas entre pesquisadores de diferentes instituições nacionais, profissionais que se dedicaram ao aprofundamento do estudo sobre o Transtorno do Espectro do Autismo.O interesse na submissão de artigos incentivou a continuidade em outros números deste dossiê e revela ser um tema que precisa manter o diálogo aberto, pois há muito a ser enxergado nesse universo. Este dossiê traz na capa diversas cores, entre estas, o azul, em forma de jogo de quebra-cabeça abstrato, como representativo da interatividade, diversidade e da tecnologia, aspectos também importantes nesta discussão e para a qual convidamos os leitores a dialogar.Assim, abrem este dossiê, Elisabeth Rossetto, Rosicléia Dalmazo e Jane Peruzo Iacono com O autismo como deficiência e sua categorização com o TEA: perspectivas educacionais e desafios, em um estudo teórico-bibliográfico e documental. Encaminham a reflexão sobre autismo enquanto transtorno que passou a ser considerado como deficiência a partir de 2012. Além disso, tecem algumas considerações sobre os desafios que se impõem aos professores.
Esta pesquisa é um estudo de caso sobre o ensino de violino para crianças autistas, com o objetivo de analisar o aprendizado musical de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma turma com crianças neurotípicas. Como procedimento metodológico adotou-se a abordagem qualitativa e como técnica de coleta de dados foi utilizada a observação não-participante. Como instrumento da coleta foi utilizado a Escala de Verificação do Aprendizado Musical de Violino e Viola e Diário de Bordo. Os resultados indicaram que os estudantes com TEA, mesmo de forma diferenciada, apresentaram conhecimento musical após três meses de intervenção, sendo necessário manter uma rotina sobre as aulas, repetição de conteúdo, monitor individual e postura do professor de sala. Depreendeu-se que a presença de crianças com TEA na sala de aula não influenciou no aprendizado dos alunos neurotípicos.
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