RESUMO: Estudos prévios têm demonstrado alterações radiográficas em cascos de equinos obesos. Os objetivos foram estudar, com avaliação radiográfica, a relação espacial entre estojo córneo e falange distal de éguas jovens da raça Campolina com e sem obesidade. Foram utilizadas 22 éguas entre três e cinco anos de idade, sendo analisadas varáveis de adiposidade e medidas radiográficas dos cascos dos membros torácicos de éguas com escore corporal de 5 a 7/9 (Grupo Controle) e de 8 a 9 (Grupo Obeso). Foram feitas comparações entre os grupos e correlacionaram-se as variáveis de adiposidade entre si, variáveis adiposidade com variáveis casco e variáveis de casco entre si. Utilizou-se o teste t de Student para variáveis paramétricas e o teste Mann-Whitney para as não-paramétricas, para as medidas de correlação, utilizou o teste de Pearson para duas amostras paramétricas e o teste de Spearman para comparações que envolvam pelo menos uma variável não paramétrica (P<0,05). Os resultados demonstraram que éguas Campolinas obesas, ainda jovens, já apresentam indícios de alteração na relação espacial entre estojo córneo e falange distal.
Summary: The hooves of Mangalarga Marchador horses, the largest equine breed in Brazil, are commonly trimmed with long toes to create more animation to their typical gait called marcha. With the hypothesis that long toes cause radiographic changes in the feet, which correlate with proximal suspensory ligament dimensions, the aim of this study was to determine radiographic measurements values of front hooves and correlate them with cross sectional area (CSA) values of the proximal suspensory ligament in Mangalarga Marchador horses subjected to athletic training. Two mares and 18 geldings, 3 -10 years of age (5.8 ± 2.7 years old) were used. Both forelimbs were examined radiographically in lateromedial views and measurements of 14 parameters of interest of each foot were obtained with Metron Hoof Pro Software. Ultrasonographic images were obtained from the proximal suspensory ligament at a distance of 4 and 8 cm from the accessory carpal bone with standard ultrasound technique with the limb in a weight bearing position to determine the CSA. Correlation between hoof and suspensory ligament variables were evaluated using the correlation Pearson test (P < 0.05). All horses had a broken back hoof pastern axis, and 59 % of them were found to have underrun heels, indicating a high risk for lameness development. However, no significant correlation between hoof measurements and CSA of the proximal suspensory ligaments was found (P > 0.05). Although the effects of long toe trimming could be characterized with hoof radiographic measurements, no evidences of proximal suspensory ligament stress could be detected in this horse population.
Pesq. Vet. Bras. 33(8):992-998, agosto 2013 992 Avaliação clínica e hematológica de equinos submetidos ao modelo de laminite por oligofructose, tratados ou não com um agente antagonista de receptores CXCR1/2 Brazil. E-mail: faleirosufmg@gmail.com Leucocytes recruitment to tissues is an essential part of the innate immune response and an unregulated process can result in tissue damage. Thus, leucocytes infiltration has been implicated in the pathogenesis of acute laminitis. The objectives of this stud were to determine the effect of an antagonist for CXCR1/2, a chemokine receptor for neutrophils attraction on clinical signs and hematological parameters in horses given oligofructose to induce laminitis. Twelve horses were given oligofructose (10g/kg bw PO) in time 0 and divided into two groups: one treated (30mg/kg bw. ICXCR1/2 IV, times 6, 12, 18 e 24 h) and the other not treated. Cardiac and respiratory frequency, rectal temperature, mucous membrane colour, digital pulse, hoof sensitivity and Obel's grade of lameness were recorded. Values for RBC, WBC and blood glucose, BUN, creatinin, ALT, AST, alkaline phosphatase, GGT, total bilirubin and serum protein concentrations were measured on times 0, 6, 12, 18, 24, 36, 48, 60 e 72 h. All the horses given oligofructose developed signs of endotoxemia like diarrhea, fever and leukocytosis and laminitis. Also, CXCR1/2 antagonist treatment did not cause any adverse effects. However, this substance when injected intravenously (30mg/kg) 6/6 hours in 4 applications, did not ameliorate clinical and hematological signs of endotoxemia.
RESUMOA reconstituição da cartilagem articular danificada por doenças de desenvolvimento, trauma e osteoartrite tem sido um grande desafio na veterinária. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso da cartogenina, uma molécula capaz de induzir diferenciação de células mesenquimais em condrócitos, associado ou não à técnica de microfratura na reparação de defeitos condrais induzidos na tróclea femoral de equinos. Foram utilizados seis equinos pesando em média (±DP) 342±1,58kg, com idade de 7,2±1,30 anos e escore corporal de 7,1±0,75, os quais foram submetidos à videoartroscopia para indução da lesão condral de 1cm 2 na tróclea lateral do fêmur e à realização da técnica de microperfuração do osso subcondral de ambos os joelhos. Foram realizadas quatro aplicações semanais com 20µM de cartogenina intra-articular em um dos joelhos (grupo tratado) e solução de ringer com lactato na articulação contralateral (grupo controle). Os animais foram submetidos a avaliações física, radiográfica, ultrassonográfica, por um período de 60 dias. Não houve qualquer diferença estatística entre as articulações tratadas e as controle. A terapia com cartogenina, segundo protocolo utilizado, não produziu melhora clínica em lesões osteocondrais induzidas e tratadas com microperfurações na tróclea lateral do fêmur em equinos.
Relação espacial entre o estojo córneo e a falange distal em éguas Campolina adultas com e sem obesidade[Spatial relationship between the hoof capsule and the distal phalanx in adult Campolina mares with and without obesity] RESUMOA laminite endocrinopática tem acometido um número crescente de equinos com sinais de obesidade. Em um estudo recente com fêmeas jovens (até cinco anos) da raça Campolina, demonstraram-se indícios de alterações no dígito, ainda discretas, aparentemente associadas ao aumento da adiposidade. Com a hipótese de que essa associação é mais evidente em animais em faixa etária superior, o objetivo do presente estudo foi estudar éguas adultas (acima de cinco anos) da raça Campolina com e sem obesidade, avaliando-se radiograficamente a relação espacial entre estojo córneo e falange distal. Foram utilizadas 27 éguas entre seis e 14 anos de idade, sendo analisadas variáveis de adiposidade e medidas radiográficas dos cascos dos membros torácicos de equinos com escore corporal de 5 a 7/9 (grupo controle) e de 8 a 9 (grupo obeso). Foram feitas comparações entre os grupos e correlacionaram-se as variáveis de adiposidade com variáveis casco. A distância de afundamento da falange distal foi cerca de 20% superior nas éguas obesas (12,3±2,5 contra 10,2±2,2mm no grupo controle). Esse parâmetro também correlacionou (P<0,01) com vários parâmetros de adiposidade, com destaque para o escore de condição corporal (r=0,47) e a circunferência de pescoço a 75% (r=0,42). Os resultados corroboram estudos prévios que demonstraram associação entre obesidade e indícios de separação entre falange distal e estojo córneo em equinos de raças nacionais, comprovando, assim, a utilidade da avaliação radiográfica nesses animais. Em conclusão, éguas da raça Campolina com obesidade possuem alterações evidentes na relação espacial entre estojo córneo e falange distal, que se intensificam com o aumento da idade e da adiposidade.Palavras-chave: equino, afundamento, laminite ABSTRACTIn a recent study with young females (up to 5 years old) of the Campolina breed, there were discrete indications of alterations in the digit, apparently associated to the increase in adiposity. With the hypothesis that this association is more evident in horses in the upper age group, the objective was to study Campolina adult mares (above 5 years) with and without obesity, evaluating radiographically the spatial relationship between the horn and distal phalanx. Eighteen mares between six and fourteen years and with a body score of 5 to 7/9 (Control Group) and 8 to 9 (Obeso Group) were used. Adiposity and radiographic measurements from the forelimbs were analyzed. Comparisons were made between groups and adiposity variables were correlated with hoof variables. The sinking distance of the distal phalanx was about 20% higher in obese mares (12.3±2.5 versus 10.2±2.2mm). This parameter also correlated (P< 0.01) with several adiposity parameters, with emphasis on body score condition (r= 0.47) and neck circumference at 75% (r= 0.42). In conclusion, Campolina ma...
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