O presente artigo tem por objetivo compreender como duas motoristas de cargas perigosas e passageiros narram os desafios enfrentados em profissões majoritariamente ocupadas por homens. A partir da coleta de dados por meio de entrevistas não estruturadas, foi empregada a análise de narrativas para compreender o conteúdo das falas das entrevistadas. Desta forma, destacam-se todas as dificuldades que as mulheres enfrentam ao decorrer dos anos nas profissões que a sociedade classifica como masculinas. Assim, demonstramos que as motoristas narram os julgamentos que as colocam como incapazes de exercer profissões majoritariamente masculinas. Questões como assédio também são percebidas neste contexto e podem transitar entre assédio moral e sexual. Ademais, as mulheres são constantemente questionadas quanto as suas escolhas por profissões que culturalmente são masculinizadas, vencendo essas percepções por meio da persistência. Este estudo contribui para ampliar as discussões a respeito das assimetrias de gênero, em que as mulheres ficam limitadas a um repertório de profissões legitimadas como adequadas ao gênero, bem como dar voz as lutas que perduram a séculos por igualdade de gênero.
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