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O Plúton Pilõezinhos (PP) constitui uma intrusão alongada com ~100 km2 na porção NE do Domínio Central da Província Borborema. Compreende monzogranitos e sienogranitos, subdivididos em duas fácies petrográficas distintas. O PP está posicionado no encontro entre as zonas de cisalhamento: destral Remígio – Pocinhos (ZCRP), e sinistral Matinhas. Este trabalho tem como objetivo principal a caracterização das condições de cristalização dos granitos do PP. A mineralogia principal, caracterizada a partir da petrografia e análises por Microssonda Eletrônica, é composta por: quartzo; feldspatos alcalinos, representado por cristais de microclínio e pertitas; plagioclásio, variando de oligoclásio a andesina; biotita rica na molécula de siderofilita; e anfibólios variando de hastingsita a Fe-tchermakita. A mineralogia acessória compreende titanita, zircão, apatita, óxidos, e allanita, mineral que detém grande quantidade de ETR. As condições termobarométricas nas quais esses granitos cristalizaram, obtidas a partir dos dados de química mineral, são: temperatura variando de 745 a 1003 °C, definida a partir do geotermômetro anfibólio – plagioclásio e geotermô- metro do Zr, e pressão de 4,28 a 5,95 Kbar (geobarômetro AlT em hornblendas). Minerais máficos ricos em ferro e a presença de ilmenita primária sugerem cristalização sob condições de baixa fO2 (abaixo do tampão FMQ). Reequilíbrio em estágio subsolidus, a partir da atuação de fluidos tardios com temperaturas variando de 505 a 566 °C é sugerido pela presença de sericita, mirmequita e clorita. As feições mineralógicas, químicas e estruturais sugerem que esses granitos representam magmatismo tipo-A2, que evoluiu por cristalização fracionada.

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Ferroan granites (585-530 Ma) in the Transversal subprovince of the Borborema Province (BP) comprise two groups: G1) slightly peraluminous to metaluminous, alkali-calcic rocks (Aroeiras Complex and Serra Branca-Coxixola dike swarms (SBCDS)); G2) metaluminous to slightly peraluminous, alkalic to alkali-calcic rocks (Queimadas and Prata intrusions). G1 are transitional from collision to transcurrence (ca. 585 Ma), or transcurrence to transtension (ca. 545 Ma). G2 represents the granitoids intruded during post-collisional crustal thinning (ca. 550 Ma), or coeval with deposition of intracratonic basins (ca. 530 Ma). The large-ion lithophile elements (LILE) and high field strength elements (HFSE) enriched geochemical signature of these granitoids are recognizable in gamma spectrometric maps of regional scale, highest values of K(%), eTh(ppm), and eU(ppm) contrast significantly with country rocks and magnesian granites. This study shows that gamma-ray spectrometric regional maps reflect the geochemical characteristics of the ferroan intrusions. Moreover, in the local maps for each intrusion, it is possible to identify internal heterogeneities in these plutons, which correlate to geological processes, geochemistry, and petrography. Diorites and gabbros show low to medium values of K (1-3%), eTh (5-20 ppm) and eU (0.2-2 ppm), contrasting with the high values of regions with a dominance of ferroan granitoids (K, 3-6%; eTh, 15-60 ppm; eU, 2-4 ppm).