Introdução: A violência contra a mulher é um problema de saúde pública que traz consequências para a saúde das vítimas e familiares envolvidos, além de suscitar sentimentos como o medo, a angústia, a baixa autoestima, a autodepreciação, o distanciamento social e a dificuldade nas relações interpessoais. Objetivo: Descrever as agressões físicas sofridas por mulheres de um município da região Sul do Brasil, e avaliar os fatores sociodemográficos envolvidos no processo da violência. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo analítico transversal, realizado em 319 laudos de mulheres de 18-50 anos atendidas pela Delegacia da Mulher de Maringá/PR, no período compreendido entre janeiro de 2015 a dezembro de 2019. Resultados: Identificou-se que as mulheres com idade média de 32,2±8,7 anos, brancas (86,84%), solteiras (52,35%) e com ocupação profissional do lar (7,52%) foram as principais vítimas da violência do estudo. As lesões mais frequentes foram equimose (43,14%), escoriação (26,67%), hematomas (11,24%) e abuso sexual (3,92%), acometendo principalmente os membros superiores (35,65%), inferiores (20,18%), região maxilofacial (19,27%) e cabeça (8,26%). As lesões em região maxilofacial, de cabeça e pescoço, totalizaram 27,53% da violência sofrida pelas vítimas submetidas aos exames de corpo de delito. A idade das mulheres esteve associada à violência doméstica e/ou de gênero e a elevada prevalência de casos foi observada no ano de 2019 (p<0,05). Conclusão: As mulheres na faixa etária próxima aos 32 anos, de pele branca, solteiras e cuidadoras do lar representam um perfil de risco para a violência doméstica e/ou de gênero. Os traumatismos maxilofaciais são frequentes e evidenciam a importante relação entre a Odontologia e a violência contra as mulheres, bem como revelam sua relevância sobre a qualidade de vida desta população.
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