A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença imunomediada fatal, desencadeada por formas mutadas do coronavírus felino. Apresenta duas formas: PIF efusiva ou úmida caracterizada pelo acúmulo de fluidos cavitários e PIF não efusiva ou seca que leva ao desenvolvimento de lesões granulomatosas a piogranulomatosaso. O diagnóstico presuntivo da doença pode ser realizado através da avaliação do histórico do animal, achados clínicos e resultados laboratoriais, já o definitivo se dá por meio do histopatológico e imuno-histoquímica. O tratamento é de suporte e pouco efetivo, havendo indícios sobre a possível eficácia de antivirais e imunomoduladores. O objetivo do trabalho é relatar um caso de peritonite infecciosa felina em um felino sem raça definida, fêmea com idade aproximada de um ano, destacando os aspectos clínicos, laboratoriais e patológicos da enfermidade. No exame físico notou-se presença de líquido no abdômen e dispneia leve, foi solicitado a princípio ultrassom abdominal, observou-se alterações em diversos órgãos, como rins e alças intestinais. Alterações também foram encontradas em outros exames como hemograma (anemia, leucocitose e trombocitopenia), bioquímico (aumentado de creatinina, ureia, AST, ALT), analise do líquido (relação albumina/globulina baixa e positivo no teste de Rivalta), PCR (positivo para coronavírus felino), raio-X (pneumonia) e na necrópsia notou-se alteração no baço, rins, fígado, intestino e pulmão. O diagnóstico foi realizado pela associação do histórico do animal, exame físico e de todos os exames realizados para chegar à conclusão de PIF. O tratamento não parou a progressão da doença, o felino começou a apresentar sinais neuro- lógicos característicos da PIF seca e veio a óbito dias depois. Tendo sobrevivido mais de 30 dias desde o início dos sintomas.
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