Este estudo teve por objetivo analisar e descrever as vivências de prazer e sofrimento das freiras que exercem cargo de liderança em uma Congregação Católica localizada no estado de Minas Gerais. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, por meio de estudo de caso, com a utilização de entrevistas como estratégia de coleta de dados. Foram entrevistadas nove freiras líderes religiosas com atuação na instituição pesquisada. Para análise dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, estabelecendo a priori as categorias de análise: contexto do trabalho, custo humano do trabalho, vivências de prazer, vivências de sofrimento, danos relacionados ao trabalho e estratégias de regulação para lidar com o sofrimento. Concluiu-se que para o grupo pesquisado, as vivências de prazer estão relacionadas diretamente a religiosidade que é a função norteadora da instituição para promover apoio social à comunidade, enquanto que o sofrimento provém de atividades, responsabilidades e exigências administrativas institucionais. Como estratégias de regulação utilizadas pelas freiras para lidar com o sofrimento, destaca-se as práticas religiosas, o apoio das colegas, a música, o cinema, o entretenimento social e as atividades físicas, que contribuem para minimizar os conflitos emocionais de cunho individual.
Objetivou descrever o risco de adoecimento mental de médicos que atuam em serviços de saúde, considerando a Pandemia COVID-19, tendo como referência a Psicodinâmica do Trabalho. A pesquisa foi de natureza descritiva, abordagem quantitativa, com população de 54.393 médicos atuantes no estado de Minas Gerai, com amostra calculada de 401 sujeitos. A análise se deu por meio da estatística uni e bivariada. Os resultados apontaram, em média, de forma crítica a maioria dos construtos avaliados: organização e condições de trabalho, relações sócioprofissionais, custos físico e afetivo e esgotamento profissional, sendo que o construto custo cognitivo se manifestou de forma grave. Os construtos satisfatórios foram: realização profissional, liberdade de expressão, reconhecimento pelo trabalho, danos psicológicos e sociais e as estratégias de defesa. Ao relacionar os riscos de adoecimento com as variáveis demográficas e funcionais do estudo, concluiu-se que os médicos que vivem com o cônjuge e aqueles que têm maior experiência profissional vêm enfrentando de forma mais satisfatória as situações adversas de trabalho neste período de pandemia.
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