Intensidade na Atenção Básica: prospecção de experiências informes e pesquisa-formação ( As pesquisas empreendidas pelo EducaSaúde inserem-se em um horizonte ético-político de busca do fortalecimento do Sistema Único de Saúde e de mobilização por "círculos e redes". Os conceitos de círculos e redes na pesquisa-ação crítico-colaborativa em saúde, de escuta pedagógica na construção de projetos de educação permanente em saúde e de problema educossanitário na identificação de temáticas ao estudo-ação, assim como a proposta da imagem da mandala para as redes em saúde, configuram sua particular produção e têm sido objeto de formulação, discussão e consolidação de seu propósito de conhecimentos e práticas. A "prospecção" veio da busca de contato com múltiplas experiências de fazer a Atenção Básica e da colocação de diversos interlocutores dessas experiências em rede de conversas. Não havia a menor intenção de localizar "boas práticas", mas "distintas práticas", nenhuma intenção de, ao final, tecer recomendações transversais ou resultantes de análise sistemáticas. Ao final, interessava comemorar a multiplicidade, a pluralidade, a diversidade. Uma boa pista era encontrar tensões, paradoxos e potências em prática. Talvez evidenciar outros/novos itinerários assistenciais, percursos pedagógicos locais (círculos), o repensar constante, a atualização permanente em Atenção Básica (redes). Captar perguntas e possibilidades que envolvessem a política e seus atores estratégicos, tomados por seu valor protagonista de realidades (intensidades). O projeto, portanto, tinha o intuito de dar visibilidade às ações em saúde que estão em curso nos territórios multifacetados e multirreferenciados de nossas equipes, nossas cidades, nossas geografias, nossas culturas e apresentá-las como potência, a fim de reconhecer políticas do fazer a partir dos próprios protagonistas que vivenciam as realidades. O seu desenrolar circulou entre a educação, a pesquisa, a intervenção e o desenvolvimento tecnológico, "prospecção" de conhecimentos, saberes e estratégias (aprendizados).O projeto reúne "histórias pra contar", as quais denominamos "caldos de cultura", uma vez que poderiam proliferar, contaminar e contagiar, em ramos e ramificações, bom alimento de conversa. Nas cinco regiões brasileiras "rodas locais", designamos "círculos educossanitários" e sua articulação em "redes de conversação". Devido ao modo de exposição aos outros, cada seminário de pesquisa funcionava como rodas de dobradiça (desafios e desconforto de saberes educossanitários). As conversas de rede eram marcadas pela concentração nas práticas (produções do trabalho vivo dos cotidianos), circulação da palavra e "função analítica" ("roda de dobradiça" com frequências e dinâmicas criadas pelos participantes), configurando aprendizados por intensidade provenientes dos "caldos de cultura".Compartilhamos saberes e atividades de experiência que relacionavam unidades básicas fluviais ou "consultórios na água"; consultórios na rua ou "equipes nômades na cidade"; apoio institucional e matricial ...
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