Neste trabalho temos como objetivo analisar as narrativas poéticas que entrelaçam o fazer do rap, entendendo que esse faz parte dos três elementos que constitui o Movimento Hip Hop: o rap (música), break (dança) e o grafite / pichação (arte gráfica). Um movimento de expressões de especificidades estéticas musicais, poéticas, de protesto, entre outros ressaltando o que há de genuíno nas produções populares. Para esse trabalho, tomaremos como exemplo para essa análise o Rap: “O Rap É Preto” do MC Nego Max (2018), deste pontuando alguns aspectos linguísticos, sócio históricos e político que são retratados no conjunto da obra. Para essa análise valemo-nos de estudos da antropológicos, educacionais, linguísticos-discursivos. Ou seja, nesse aspecto, ressaltamos a narrativa e os discursos presentes nesse rap que retratam a experiência e escrevivência (Conceição Evaristo, 2014); do MC's (Mestre de Cerimônia); DJ's (Disc-Jóquei); BGIRLS e BBOYS (quem pratica o break). São esses os responsáveis por construir uma conexão entre suas realidades e o público que escuta/ sente, com suas letras que abordam o racismo velado e religioso, gênero e sexualidade, o papel da mulher negra na sociedade e as diversas formas de se entender educação, principalmente uma educação equitativa. Mesmo possuindo uma diversidade interna em suas formas de manifestação artística e política, o Movimento hip hop desde sua raiz vem desenvolvendo um papel de reivindicação política e social e é sobre esta forma de manifestação artístico-cultural que a pesquisa aqui apresentada direciona sua discussão.
Neste texto de abertura e de apresentação, como ponto de partida, consideramos pertinente contextualizar a gênese desta publicação, resultado de estudos e pesquisas concluídos pelos pesquisadores e pelas pesquisadoras do Novo Arranjo de Pesquisa e
Este texto, por meio do método dialético através de uma revisão bibliográfica, tem como objetivo uma reflexão sobre o racismo enquanto processo institucional imperial. Para tanto, recorre-se a corrente filosófica e da psicanálise do “assujeitamento e sujeição” (BUTLER, 2020) e autores pós-coloniais, à crítica ao modelo de produção, subordinação e diferenciação de vida e existência de “si” e do “ser” - sujeito. Trata-se de uma reflexão sobre a subjetividade de corpos na produção de um modo de pensamento que foi estruturado como modo de organização das relações humanas desde os grandes impérios. A conquista e dominação, desterrou milhões de pessoas num processo de escravização, instituído por meio da racionalidade patriarcal através dos marcadores de raça, etnia e gênero. Este processo de dominação e conquista que instituiu a classificação racial, permite por meio de dados empíricos, refletir o corpo da mulher negra e sua condição de existência, na ocupação de espaços laborais e na produção de saberes.
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