O estudo teve por objetivo analisar dados da Secretaria de Saúde de Cajazeiras sobre a Coronavirus Disease-2019 (COVID-19), avaliando a sua prevalência e mortalidade. Através de uma pesquisa exploratória de caráter documental, realizamos uma análise sócio-histórica dos dados, tendo por referencial teórico: Achille Mbembe, Boaventura Sousa Santos, Lilia Schwarcz e Zygmunt Bauman, entre outros. Partimos de observações preliminares dos sites informativos de saúde sobre o avanço da doença entre populações de regiões periféricas. Isso foi verificado quando comparados os números de infectados e mortos nos bairros mais ricos das cidades não somente no Brasil, mas também em outros países. Quanto mais pobre a população, maior a porcentagem encontrada e a vulnerabilidade ao contágio e morte por infecções virais em pessoas negras. Apesar do número de contaminados da população feminina permanecer superior ao da masculina, observamos maior número de óbitos do sexo masculino prevalecendo acima de 60 anos. Essa constatação também ocorreu entre os autodeclarados pardos e nas populações de bairros periféricos. Concluímos que a disseminação da COVID-19 entre as camadas mais pobres da sociedade possui características que dialogam com questões históricas, políticas e sociais enraizadas ao passado colonial do Brasil, como: escravidão, exclusão, desigualdade e racismo.
O estudo teve por objetivo analisar dados da Secretaria de Saúde de Cajazeiras sobre a Coronavirus Disease-2019 (COVID-19), avaliando a sua prevalência e mortalidade. Através de uma pesquisa exploratória de caráter documental, realizamos uma análise sócio-histórica dos dados, tendo por referencial teórico: Achille Mbembe, Boaventura Sousa Santos, Lilia Schwarcz e Zygmunt Bauman, entre outros. Partimos de observações preliminares dos sites informativos de saúde sobre o avanço da doença entre populações de regiões periféricas. Isso foi verificado quando comparados os números de infectados e mortos nos bairros mais ricos das cidades não somente no Brasil, mas também em outros países. Quanto mais pobre a população, maior a porcentagem encontrada e a vulnerabilidade ao contágio e morte por infecções virais em pessoas negras. Apesar do número de contaminados da população feminina permanecer superior ao da masculina, observamos maior número de óbitos do sexo masculino prevalecendo acima de 60 anos. Essa constatação também ocorreu entre os autodeclarados pardos e nas populações de bairros periféricos. Concluímos que a disseminação da COVID-19 entre as camadas mais pobres da sociedade possui características que dialogam com questões históricas, políticas e sociais enraizadas ao passado colonial do Brasil, como: escravidão, exclusão, desigualdade e racismo.
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