O artigo apresenta os resultados do primeiro inventário de um hecta¬re realizado na área de um sítio tipo geoglifo. Até o momento, todos os geoglifos estudados não tinham cobertua vegetal. O geoglifo Três Vertentes não mostra evidência de ter sido queimado ou usado para agricultura ou assentamento no passado recente. Assim, é possível que a vegetação existente sobre o geoglifo não tenha sido perturbada, com a possívele exceção de usos extrativos pela caça ou coleta de látex. Trata-se de uma mata de cipó. Essa conclusão apoia-se na grande proporção de árvores dicotiledôneas cobertas por cipós, com a alta densidade e frequência de moráceas, cuja maior parte é composta por cipós ou trepadeiras. Há grande densidade e frequência de palmeiras excluem cipós, também a alta frequência de bananeiras bravas (Phenakospermum guyannense). Nota-se uma área basal relativamente pequena e o pequeno número de indivíduos com dbh ? 10 cm dentro de um hectare de floresta. É surpreendente o fato de haver uma nova espécie a cada dois ou três in-divíduos com dbh ? 10 cm. A conclusão resultante desses dados é que os engenheiros e construtores oiginais do geoglifo não deixaram como legado pobreza de espécies vegetais e degradação ambiental. Palavras-chave: inventário florestal, arqueologia Amazônica, biodiversidade.
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