RESUMO: Este trabalho é um estudo panorâmico sobre a revista A Estação: Jornal ilustrado para a família (1879-1904). Propõe-se examinar o perfil editorial da revistas: propósitos, formato, seções, tendências ideológicas, contratos estabelecidos com o leitor e as condições de produção literária que eram oferecidas para autores como Machado de Assis.
Este artigo apresenta uma análise de "A sonâmbula" (1878), uma das primeiras narrativas breves, em forma dramática, publicadas por Machado de Assis nas páginas do jornal O Cruzeiro. O estudo da interação dinâmica do autor com o contexto de produção do periódico permite identificar os traços de sua inscrição singular em projetos editoriais coletivos e os resultados criativos decorrentes da apropriação do conjunto de discursos, códigos e signos que formam a cultura de seu tempo. A dominante estilística do material remetido ao jornal consiste no humor, na paródia, na experimentação formal e na irreverência crítica – aspectos que responderiam pela inscrição da literatura machadiana na tradição da sátira menipeia. Com a análise dessa narrativa, pretende-se demonstrar, portanto, que O Cruzeiro afirma-se como mediador e suporte, por excelência, dos exercícios experimentalistas que resultaram na transformação da prática criativa de Machado de Assis ao final da década de 1870.
Este artigo analisa o modo como o romance Iaiá Garcia, de Machado de Assis, se inscreve na materialidade do jornal O Cruzeiro. Com base no perfil editorial do periódico, investigam-se as implicações da integração da obra ao conjunto de discursos, concepções ideológicas e fatores de mercado que formam a unidade multiforme de sua instância de divulgação. Da confluência entre a textualidade da obra e sua constituição material, resultam maneiras particulares de fruição literária, determinadas pelos protocolos de leitura, categorias de leitores e horizontes de expectativas próprios de cada contexto de produção.
Este artigo apresenta uma análise da colaboração de Machado de Assis nas páginas do jornal O Cruzeiro. O estudo da interação dinâmica do autor com o contexto de produção do periódico permite identificar os traços de sua inscrição singular em projetos editoriais coletivos e os resultados criativos decorrentes da apropriação do conjunto de discursos, códigos e signos que formam a cultura de seu tempo. A dominante estilística do material remetido ao jornal consiste no humor, na paródia, na experimentação formal e na irreverência crítica – aspectos que responderiam pela inscrição da literatura machadiana na tradição da sátira menipeia. Com a análise dessa narrativa, pretende-se demonstrar, portanto, que O Cruzeiro afirma-se como mediador e suporte, por excelência, dos exercícios experimentalistas que resultaram na transformação da prática criativa de Machado de Assis ao final da década de 1870.
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