em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), licenciado em História e bacharel em Comunicação Social, Habilitação em Jornalismo. Atualmente é docente do Instituto Federal do Piauí (IFPI).
O texto analisa como o cineasta Luiz Sérgio Person se inseriu, ainda que de modo heterodoxo, no contexto cultural do cinema paulista. Durante muito tempo vinculado a outros movimentos cinematográfi cos, Person sempre manteve uma relação ambivalente com o cenário paulista, até que, a partir de 1966, o cineasta passou a representar um exemplo de cinema autoral diante de uma produção fílmica que, através do INC e da revista Filme Cultura, buscava construir um meio-caminho entre o cinema de autor e o cinema de indústria em sua proposta de constituição de um polo de produção cinematográfi ca. Apesar de sua inserção, Luiz Sérgio Person afi rmou sua individualidade e seu não pertencimento a grupos em um contexto cultural em que isso poderia ocasionar um relativo isolamento. Sua trajetória singular mostra-se uma excepcional oportunidade para analisar as iniciativas individuais frente a um cenário em que as posições políticas geravam uma polarização aparentemente irremediável. palavras-chave: Luiz Sergio Person; produção cinematográfi ca de São Paulo; década de 1960.
O artigo realiza a investigação de textos do filósofo Walter Benjamin, tais como “Experiência e pobreza” (1933), “O Narrador” (1935) e “A Obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica” (1936), e aqueles diretamente sobre o tempo e a teoria do conhecimento, como o Konvolut N, de as Passagens (1929-1940), a fim de elucidar a “imagem técnica” no pensamento desse autor a partir da categoria “dispositivo midiático” em sua colaboração para a reflexão sobre a produção de subjetividades. Esses elementos possuem como base o “princípio construtivo” da montagem cinematográfica, em direta conjunção com as vanguardas culturais 1920/1930, a experiência estética moderna e o pensamento freudiano, o que evidencia no modelo epistemológico proposto por Benjamin uma peculiar e original conjunção entre estética e conhecimento. O texto foi preparado com método de revisão bibliográfica.
O artigo analisa as diversas opiniões sobre o filme O Caso dos Irmãos Naves (1967), de Luís Sérgio Person, contidas na crítica cinematográfica da época da estreia do filme, que mobilizaram questões humanistas fundamentais, principalmente no que diz respeito à abordagem das violentas cenas de tortura, muitas vezes acusadas de sadismo, existentes naquela película. Em meio à discussão sobre a narrativa cinematográfica e às possibilidades de apagamento do cineasta frente à representação documental da verdade, despontava o debate sobre como as formas imagéticas de produção de sentido podem mobilizar sentimentos e/ou acionar consciências de maneira política. A abordagem histórica, a partir de referências como Walter Benjamin e Giorgio Agamben, insere-se na discussão sobre visualidade, investigando como, apesar de um quadro de referências comum, o período apresentava diferentes formas de acionar as imagens.
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