A silvicultura urbana compreende todas as atividades relacionadas a implantação e manejo da vegetação presente nas cidades, podendo ocorrer nos espaços verdes públicos ou privados e proporciona diversos benefícios socioambientais. O objetivo do trabalho foi identificar a ocorrência de espécies frutíferas utilizadas na alimentação de seres humanos e avifauna em 4 bairros e 11 praças do município de Santarém, Pará, através do inventário total destas áreas, considerando somente os indivíduos com altura igual ou superior a 1,5m. Foram calculadas a Frequência absoluta (FR) e Frequência relativa (FR) de cada espécie alimentar em relação ao número total de indivíduos inventariados. Quanto à origem das espécies, foram classificadas como exóticas ou nativas. Além disso, utilizando o método de revisão de literatura, foram apontadas características acerca do tamanho e peso dos frutos. Foram contabilizados 1646 indivíduos arbóreos, distribuídos em 63 espécies de 31 famílias botânicas. Sendo classificadas como frutíferas de capacidade alimentícia para humanos e/ou avifauna 660 indivíduos, de 22 espécies pertencentes a 10 famílias, com destaque para a Mangueira (Mangifera indica L.), Oitizeiro (Licania tomentosa), Jambeiro (Syzygium malaccense), Castanhola (Terminalia catappa), Cajueiro (Anacardium occidentale) e Goiabeira (Psidium guajava) com maior número de representantes. Desta forma, é possível afirmar que a arborização no município de Santarém é composta por 40,09% de espécies frutíferas alimentares à população e avifauna local.
São muitos os benefícios proporcionados pela arborização em vias urbanas, contudo, deve-se conhecer as características das espécies que irão compor a floresta urbana, pois existem plantas que produzem substâncias tóxicas ao ser humano. Este estudo teve como objetivo identificar as espécies com princípios tóxicos arborização urbana de 11 praças e 4 ruas do município de Santarém. Foram inventariados todos os indivíduos arbóreos com altura igual ou superior a 1,5 m. Quanto à origem das espécies, consideraram-se nativas aquelas originárias de formações vegetais ocorrentes no Brasil. As espécies que ocorrem em outros ecossistemas diferentes dos que aparecem em território brasileiro, foram consideradas exóticas e a toxicidade das espécies foi determinada a partir da metodologia de revisão de literatura. Foram identificadas 1656 árvores pertencentes a 48 espécies, onde 21% exibem algum princípio tóxico, 35% não são consideradas tóxicas e 44% não foi possível encontrar na literatura. Foi observado que a maioria das espécies tóxicas são nativas (60%). Os indivíduos tóxicos mais frequentes foram Mangifera indica L. (Mangueira), com 62,32%; Azadirachta indica A. Juss (Nim), com 18,37% e Ficus benjamina L. (Ficus), com 13,85%. Apesar de 751 indivíduos apresentarem princípios tóxicos não recomenda-se necessariamente a remoção destes, apenas deve-se investir em programas que informem as pessoas do possível perigo que estas espécies representam.
A arborização urbana é entendida como toda cobertura de vegetação arbórea presente nas cidades, a mesma é uma grande influenciadora na qualidade de vida da população. Porém é necessário um bom planejamento e monitoramento das espécies inseridas no ambiente urbano, de modo que se tenha os benefícios esperados da arborização. O objetivo do trabalho foi identificar as implicações da utilização do Ficus spp. em 4 bairros e 11 praças do município de Santarém, Pará. Foi realizado um inventário total destas áreas, considerando somente os indivíduos com altura igual ou superior a 1,5m. Considerou-se uma espécie exótica por não ser de formação originária do Brasil. Foram calculadas a Frequência absoluta (FA) e Frequência relativa (FR) da espécie Ficus spp. em relação ao número total de indivíduos inventariados. Para esse estudo foram totalizados 1416 indivíduos, dentre eles, 115 são Ficus spp. no momento do levantamento, 93,91% dos indivíduos arbóreos estavam em estado vegetativo. Em relação a sanidade da copa das espécimes encontradas, 79,13% possui copa saudável e sem problemas. Dentre as árvores amostradas, aproximadamente 25% da amostra necessita de algum tipo de manejo, seja poda, substituição ou remoção da árvore. Essa espécie exótica não é indicada para arborização urbana, pois tem causado conflitos com calçadas, tubulações e rede elétrica, devido terem raízes agressivas e crescimento rápido.
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