A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico, caracterizado por crises epilépticasespontâneas e recorrentes, a qual pode atingir todas as idades. Alguns pacientes podemapresentar resistência aos fármacos antiepilépticos convencionais, que afetam odesenvolvimento e diretamente na sua qualidade de vida. Esta situação crítica levou a umabusca por soluções adicionais, como o uso dos canabinóides. O presente trabalho trata-se deuma revisão sistemática da literatura para avaliar a eficácia do canabidiol no tratamento deepilepsias refratárias em pacientes pediátricos. Para isto foram realizadas buscas nas basesde dados Cochrane, EBSCO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando os seguintesdescritores: “Refractory Epilepsy” e “Cannabidiol”, empregado o conector “AND/E”, nosidiomas: inglês, espanhol e português. Os artigos foram selecionados por dois pesquisadorese ao final da seleção foram analisados 25 artigos. Foram extraídas e avaliadas as seguintesinformações: idade dos participantes, tipo de epilepsia, dosagem do canabidiol, redução donúmero e/ou intensidade das crises e efeitos adversos. Quanto à frequência das crises,quatorze estudos apresentaram pacientes que obtiveram 100% da diminuição das crises,entretanto a grande maioria de todos os participantes envolvidos tiveram reduções menores(19% - 99%). Três estudos evidenciaram que tiveram reduções menores que 50% nafrequência das crises. Em relação às doses utilizadas, não foi observado um padrão tendouma variação de 1 a 50 mg/kg/dia. Em todos os estudos avaliados foram relatados efeitosadversos referentes ao uso dos canabinóides (4 a 14%) dos pacientes. Após análise dosartigos pode-se concluir que o uso de derivados canabinóides é eficaz para o tratamento deepilepsias refratárias ao tratamento em pacientes pediátrico com efeitos adversos em geralmais leves que as DAEs, contudo não foi possível estabelecer um padrão de dosagem paracada síndrome.
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