A Medicina Preventiva, especialmente nos paises ditos, desenvolvidos, é alvo de interesse crescente não só para as pessoas que procuram a tranquilidade da saúde, obtida atraves de longas cascatas de exames, observações e consultas, mas também e sobretudo para os prestadores de cuidados médicos e a indústria farmacêutica que cada vez facturam mais milhões! A prevenão quaternária veio nos ultimos anos trazer uma lufada de lúcidez na problemática saúde / doença, e está hoje presente nas varias especialidades médicas, não parando de crescer e encontrando mais e mais adeptos para identificar pessoas em risco de medicalização excessiva, evitando assim danos iatrogénicos. A prevenção primaria e secundaria apoiadas pela vontade dos individuos e dos profissionais, encontram terreno fértil á conversão de saudáveis em doentes sob o olhar atento das multinacionais farmacêuticas, sendo que, a prevenção destas prevenções cabe sem duvida, á Prevenão Quaternária, interveniente cada vez mais em novas lógicas, racionalidades e contextos da actualidade.
RESUMOA diabetes, que se estima vir a afetar milhões de pessoas no planeta em 2030, bem como a doença periodontal, considerada a sua sexta complicação, desenham ambas, um futuro bastante incerto e sombrio em termos de Qualidade deVida e Saúde Pública! Ninguém imaginou que o precioso açucar, refinado sucessivamente, cada vez mais, obtido com a escravatura bárbaramente instalada com as Descobertas, finalmente se tornasse o maior veneno omnipresente nas Sociedades do nosso tempo!A Diabetes e as suas complicações relacionam-se em bi-direccionalidade com a periodontite e suas exacerbações, ou seja, uma piora a situação da outra! A palavra representa a grande ferramenta para operacionalizar a Prevenção Quaternária que veio nos últimos anos dar uma esperança a todos aqueles que desejam um outro olhar para a problemática da saúde/ doença.Neste contexto e evitando a corrente crescente de overdiagnosis, overmedicalization, overtreatment, overscreenings, overinformation, vamos todos simplesmente melhorar a compreensão, a prática e a colaboração das pessoas e das sociedades, no sentido de todos alterarmos estilos de vida nefastos ao aparecimento destes problemas de saúde tão prevalentes no mundo de hoje e tão inquietantes para o de amanhã, com Psicologia Positiva e mais Conhecimento! Palavras chave: prevenção quaternária; diabetes; doença periodontal ABSTRACT Quaternary prevention, diabetes and periodontal disease. Diabetes, which is estimated to affect 552 million people on the planet in 2030, as well as periodontal disease, considered its sixth complication, draw both of them, a very uncertain and gloomy future in terms of Quality of Life and Public Health! Nobody imagined
A avalanche de cuidados de saúde tem seguido um crescendo paradoxal, dificilmente explicável perante a melhoria cultural generalizada das sociedades dos países desenvolvidos que afinal, mais parecem um bando de fugitivos aterrorizados por tudo e por nada ! A relação com o corpo parece ser mediada pelo medo e só acalma com resultados ditos “normais” pois em caso contrário abrem-se largamente as portas de overdiagnosis, overmedicalization, overtreatment, overscreenings, overinformation, aí temos as cascatas diagnósticas que começam e nunca mais se sabe onde acabam, acompanhando-se de inúmeras terapêuticas curativas / preventivas, não dando oportunidades ao corpo, per si, de voltar a encontrar o seu equilíbrio! A medicina baseada na evidência e o método clinico centrado na pessoa integram a prevenção quaternária, que visa estabelecer novas margens e novos rumos mais adequados aos diferentes momentos pessoais contextualizados com o ambiente, metas, economia que evoluem num sentido adaptativo permanente para a Homeostase. Alguns provérbios populares sustentam o que hoje já é insustentável: a legitimam a prática médica baseada no medo irracional, na compulsão e obsessão que no final promovem biliões de lucros ás grandes companhias farmacêuticas! Outros porém, ajudam e promovem globalmente a saúde. Enquanto há saúde quedos estão os santos. Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. É melhor prevenir do que remediar. Saúde cuidada, vida conservada. Quem tem saúde de ferro, pode um dia enferrujar. Quem tem saúde e liberdade, é rico e não o sabe. Saúde cuidada, vida conservada. O tempo tudo cura menos velhice e loucura. Teme a velhice porque nunca vem só” Estes aforismos, representações sociais da saúde e da doença, podem ser usados na educação e promoção da saúde, ver mesmo numa nova saúde pública.
RESUMOOs estudantes universitários em Ciências da Saúde, são tipicamente bem educados, saudáveis, são um grupo relativamente homogéneo e privilegiado relativamente a cultura e status socioeconó-mico, constituindo sem dúvida, um potencial de liderança futura que poderá influenciar outros grupos sociais em diversos momentos do ciclo de vida, assumindo o papel de agentes de mudança.Na Sociedade e Cultura do nosso tempo, encontramos inquietações que não são fáceis de estudar, como a medicalização da sociedade, os fenómenos de comorbilidade, iatrogenia, a prevenção quaternária, para além de toda a complexidade relacionada com a medicina, médicos e medicamentos.A partir desta temática e com recurso a vários patamares de conhecimento fomos desenvolvendo a construção de um objecto teórico de forma a seguidamente desenvolvermos a sua análise, que se concretizou no objectivo deste estudo, ou seja, conhecer e caracterizar as práticas de saúde e/ou doença, de jovens universitários, bem como representações sociais acerca dos médicos da medicina e dos medicamentos.Desejámos compreender, se existem práticas medicalizantes, promotoras da autonomia e/ou dependência, novas formas de gestão do corpo e do bem-estar, práticas de risco, recurso à automedicação, crenças acerca da medicina, metáforas acerca dos medicamentos, bem como se existe alinhamento com o conceito e filosofia da prevenção quaternária.Foram inquiridos, através de questionário, 502 estudantes universitários da área de Ciências da Saúde. Tratou-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal. Os resultados foram sujeitos a análise descritiva e inferencial utilizando-se neste caso o teste qui-quadrado, a análise factorial e a análise de componentes principais com nível de significância de (p<=0,05) Encontramos sinais de bom senso e espírito crítico nas escolhas efectuadas pelos jovens, não
RESUMOA trajectória expansionista seguida pelo Medicamento desde o último século, está cada vez mais presente nas sociedades, ditas desenvolvidas, sendo perfeitamente inimaginável "a priori"o seu impacto em individuos, populações e economias, muitos têm sido os estudos desenvolvidos para aclarar toda esta fenomenologia .A percepção ácerca da problemática dos medicamentos, também passa pela compreensão de simbolismos e metáforas observadas, descritas e interpretadas em vários trabalhos, sendo que, no entanto trata-se de um fenómeno não completamente esclarecido, o que bem se compreende, dada a sua natureza complexa e multifactorial.A metáfora está presente não só, na Filosofia e na Linguística mas também nos comportamentos da vida diária das pessoas, das comunidades, bem como, na linguagem, na estrutura das nossas precepções e sistemas conceptuais.Foram escolhidas algumas metáforas ácerca de medicamentos e questionada a concordância ou discordância de jovens universitários da área da saúde ácerca destes conteúdos, com o objectivo de um melhor conhecimento das suas crenças e atitudes ácerca dos medicamentos bem como da realidade social.Concluímos, que por um lado, os conceitos que os Gregos associavam ao Pharmaton têm correspondência no mundo de hoje, ou seja, o medicamento encerra em si a capacidade de fazer bem e mal, quiçá, segundo as lógicas, conceitos e racionalidades mais prevalentes no momento, por outro, a prevenção quaternária e mesmo quinquenária adequam-se ao melhor controle desta problemática nas nossas sociedades.
Os cerca de 40 triliões de bacterias que fazem parte do nosso corpo, constituindo o microbioma, passaram durante longo tempo "despercebidos", mas actualmente estão a provocar uma revolução na explicação de doenças, como asma, autismo, cancro, diabetes, obesidade, sindrome metabólico, sindrome de fadiga crónica entre outros. A fobia antibiótica nascente, é orquestrada pelos profissionais de saúde, e com razão, pois quando uma criança ou um adolescente é medicado com antibiótico, erradamente muitas vezes, pois trata-se de infeções viricas, o que estamos a fazer é modificações no microbioma, que podem, aí sim, levar ao aparecimento de verdadeiras doenças ! Á intensa medicalização da vida diária, que transforma gente saudável em doentes crónicos, Barski, em 1988, chamou-lhe o "paradoxo da saúde" que alimenta mercados que valem biliões de dólares como os da da ritalina e oxycodona! A prevenção quaternária veio nos últimos anos dar uma esperança a todos aqueles que desejam um outro olhar sobre a problemática da saúde/ doença, actualmente enquadrada nos actuais desenvolvimentos sobre Microbioma Palavras chave: prevenção quaternária; medicina preventiva; microbioma.
Entre as grandes interrogações da Humanidade está o porquê das pragas das pestes da fome e das guerras, o sofrimento e o mal acercam-se periódicamente das sociedades humanas assumindo desumanidades incompreensíveis desde os tempos mais remotos, referidas no Antigo Testamento, as pandemias tão antigas e afinal tão presentes nos nossos dias, conferem um certificado de capacidade repetitiva do Mal que no nosso tempo tentamos dissipar, permitindo o menor estrago possivel. São Roque, socorrista dos contagiados da peste negra e também por ela contagiado, seria a quem os fiéis mais recorriam no séc. XIV, bem como para qualquer mal epidémico e contagioso objecto de orações promessas e novenas! Já o recurso ás quarentenas no tempo das Descobertas, revelar-se-ia muito útil e eficaz, era a Prevenção a iniciar os primeiros passos, inicialmente entre marinheiros e viajantes! Os textos Bizatinos sobre epidemias eram cépticos relativamente ao contágio, contráriamente aos muçulmanos que o aceitavam desde tempos remotos, porém por mais sabedoras que fossem as explicações naturais, os paradoxos persistiam e persistem, como pode Deus infinitamente bom e poderoso, semear na Terra a peste, a cólera, a influenza, a sida, a covid-19 ? Celebrado por católicos, ortodoxos e luteranos, S. João Damasceno diria que Deus seria criador de todos os bens mas não do mal sendo este devido aos maus usos do livre arbítrio praticado pelos homens ou apenas atribuído ao fatalismo pelos muçulmanos. Crentes, heréticos, e muitos outros, perante a ameaça de um Apocalipse, esperam e desesperam segundo as próprias ideias, crenças, empirismo versus racionalismo do momento, porém uma coisa é certa: inexplicávelmente as epidemias e pandemias subitamente param, dissipam-se, desaparecem SEM sabermos porquê, como afirma Didier Raoul, médico de Marselha e acrescentaria, será que também são necessárias na bagagem humana, para atravessar a barreira do Tempo ?
RESUMOO mar de pseudo-doenças, incidentalomas, anormalidades e disfunções, parece não ter fim, bem como os meios de diagnóstico cada vez mais sofisticados, mais sensíveis, sem correlação com sintomas clinicos, queixas subjectivas, ou história natural da doença, tem sido chamado "reservatório de doenças ou pseudo doenças" e parece alimentar produtos, serviços e tecnologias com grande impacto nas economias do nosso tempo.Apesar da procura da saúde perfeita, tornada moda e obrigação cívica, escrutinando permanentemente doenças hipotéticas e factores de risco que as ampliam enormemente, subjectivamente, as pessoas sentem-se mais doentes ! Barski, em 1988, chamou-lhe o "paradoxo da saúde"! A intensa medicalização da vida diária, acaba por transformar gente saudável em doentes crónicos ! A Medicina Preventiva, actual, é bastante diferente daquela que existiu no séc. XX, muito ampliada pelos medos, alinha-se com a industria da saúde num sem fim de exames, actos clinicos, observações que alimentam mercados que valem biliões de dolares como os da da ritalina e oxycodona! A prevenção quaternária veio nos últimos anos dar uma esperança a todos aqueles que desejam um outro olhar para a problemática da saúde/ doença. Palavras chave: prevenção quaternária; medicina preventiva ABSTRACTThe quaternary prevention and the iceberg of the pseudo-diseases, incidentalomas and afins! The sea of pseudo-diseases, incidentalomas, abnormalities and dysfunctions, seems to have no end, as well as increasingly sophisticated, more sensitive means of diagnosis, without correlation with clinical symptoms, subjective complaints, or natural history of the disease, has been called "reservoir of diseases or pseudo diseases" and seems to feed products, services and technologies with great impact on the economies of our time.
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