A soja (Glycine max (L.) Merrill) vem sendo plantada em São Paulo, há muitos anos, pelos agricultores japoneses, na forma de pequenas culturas de subsistência. Recentemente, porém, a sua cultura está ganhando importância, devido à possibilidade de ser utilizada industrialmente, como oleaginosa e como fonte de proteína de alto valor biológico. Resultados animadores têm sido obtidos com o seu plantio, sendo de se esperar que a cultura possa expandir-se entre nós, dadas as suas qualidades de leguminosa de baixo custo de produção e que pode ser colhida mecanicamente.O único fator limitante da cultura tem sido o nematóide que forma as galhas nas raízes da planta, em quase todas as regiões e tipos de solos do Estado. Em um levantamento efetuado durante o ano agrícola de 1951/52, em 15 campos de cooperação da Secretaria da Agricultura, registrou-se a presença de nematóides causando a formação de galhas nas raízes da variedade "Abura", nas mais diversas zonas do Estado, determinando prejuízos variáveis com a intensidade e a época do ataque. Em Barrinha, Campinas, Ourinhos e Orlândia, não houve influência prejudicial perceptível; em Guará, Guaíra, Barretos, Pereira Barreto, Nova Granada, Tupã, Birigui e São Miguel Arcanjo, registrou-se sensível diminuição na produção; em Sertãozinho e Araraquara, a produção foi seriamente comprometida e, em Terra Roxa, uma área de três alqueires foi praticamente destruída pelos nematóides.Prejuízos variáveis têm sido determinados em outros anos, constituindo ainda, esses ataques, sério fator de erro no trabalho experimental. Em quase todos os casos, a qualidade da semente sofre sensivelmente, aumentando bastante a percentagem de grãos chochos, defeituosos ou mal formados.O estudo do parasita, consoante a revisão do gênero Meloidogyne realizada por Chitwood (2), revelou que duas formas se acham presentes, atacando as raízes da soja e determinando a formação das galhas. Ambas são bastante próximas de Meloidogyne incognita (Kofoid & White, 1919), Chitwood, 1949, espécie já assinalada no Brasil em tubérculos de batatinha (1) e de ampla distribuição nos Estados Unidos e Ilhas Subtropicais Americanas.Verificado que a variedade "Abura", atualmente a mais cultivada em São Paulo, é muLo suscetível ao ataque dos nematóides refe-
A fim de estudar o efeito do tratamento com "Arasan" sôbre a germinação das sementes de soja, e também de verificar a compatibilidade entre êsse tratamento e a inoculação das sementes com Rhisobium japonicum, foi instalada uma série de ensaios nas localidades de Campinas, Ribeirão Prêto e Pindorama, empregando as variedades Abura e Mogiana, esta apresentando o defeito de rachaduras ("cracking") na casca das sementes, enquanto a primeira é isenta dêsse defeito. Os resultados mostraram que houve aumento moderado na porcentagem de germinação de sementes, devido à aplicação de "Arasan". A inoculação com R. japonicum, na véspera do plantio, ocasionou aumento significativo do número de nódulos e da produção de grãos. Concluiu-se também que, sob as condições dos ensaios realizados, a aplicação de fungicida "Arasan" é compatível com a inoculação das sementes, uma vez que foram insignificantes as diferenças entre as produções dos tratamentos "Arasan + Inoculante" e "Inoculante".
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