Em uma área naturalmente infestada com o nematoide anelado (Mesocriconema xenoplax), coberturas verdes foram testadas quanto a sua hospedabilidade, em cultivos de inverno e verão, comparativamente às parcelas mantidas sob pousio. Três sistemas de rotação de culturas, com as mesmas espécies vegetais (aveia-preta/feijão-de-porco/milheto/nabo-forrageiro; nabo-forrageiro/milheto/aveia-branca/milho, e aveia-branca/mucuna-anã/trigo/sorgo), foram avaliados quanto ao potencial supressor do nematóide de M. xenoplax por dois anos, utilizando-se, como testemunhas, de parcelas mantidas sob pousio e alqueive. Os experimentos foram conduzidos a campo, em blocos ao acaso, com seis repetições. Antes e após o estabelecimento de cada cultivo, as populações do nematoide foram avaliadas quanto ao número de M. xenoplax/100cm³ de solo e fator de reprodução (FR= população final/população inicial) do nematoide anelado, onde FR<1,00 indicou supressão e FR>1,00, favorecimento da reprodução. A maioria das culturas testadas foi hospedeira desfavorável (FR<1,00) de M. xenoplax, exceto a mucuna-anã, que se comportou como favorável à reprodução do nematóide. Embora todos os tratamentos tenham suprimido M. xenoplax, as rotações nabo-forrageiro/milheto/aveia-branca/milho e aveia-branca/mucuna/ trigo/sorgo prorcionaram as maiores reduções do nematoide no solo (93-95%). Constatou-se maior queda nas populações de M. xenoplax nos dois primeiros cultivos, com posterior estabilização de seus níveis, independentemente do sistema estudado.
Com o objetivo de estudar os efeitos que o ácido giberélico causa em frutas de laranja ‘Valência’, quando aplicado em diferentes concentrações, e também sob diferentes pH na calda de aplicação, foi realizado experimento onde os tratamentos consistiram de 5 concentrações (0, 5, 10, 15 e 20 ppm) e 3 pHs (3, 4,5 e 6). A aplicação foi feita em maio, quando as frutas estavam com coloração verde-amarelada, e as coletas para avaliação feitas a cada 30 dias, até o mês de novembro. Foram feitas 7 coletas no total. As variáveis estudadas foram coloração da epiderme, espessura da casca, pH do suco, acidez total titulável (ATT), teor de sólidos solúveis totais (SST), relação SST/ATT, índice tecnológico e rendimento de suco. Os resultados obtidos não permitiram concluir que o ácido giberélico tenha influência sobre as características fisico-químicas do suco, tais como pH, rendimento, SST, AT, Ratio e índice tecnológico. A espessura da casca também não foi influenciada pelo AG3. No entanto, o ácido giberélico reteve a coloração verde da casca, segundo um gradiente no que diz respeito à concentração, no sentido de que ao aumentá-la, manteve por mais tempo a coloração verde das frutas. Este comportamento foi observado em maior ou menor escala, em todos os pHs da solução. O pH=3 da calda de aplicação foi o que reteve por mais tempo a coloração verde nas frutas, indicando assim que o ácido giberélico foi mais absorvido neste pH, do que nos demais. O pH normal (4,5) reteve a coloração verde das frutas por mais tempo que o pH=6, indicando assim que pHs mais ácidos favorecem a absorção do ácido giberélico pelas plantas. Foi observado também que o ácido giberélico atrasou o fenômeno do reverdecimento, o qual ocorre quando as temperaturas se tornam mais altas.
O presente trabalho teve por objetivo avaliar a influência do sombreamento sobre os teores de carboidratos não-estruturais e fenóis solúveis totais em folhas e caules de estacas de plantas matrizes de araçazeiro (Psidium cattleyanum Sabine). Foram coletadas estacas semilenhosas em novembro de 1996, de plantas mantidas sob diferentes níveis de sombreamento (utilizou-se sombrite com malha comercial de 30, 50 e 70% de redução da luz) e de plantas mantidas a pleno sol. Os teores de carboidratos solúveis totais, redutores, amido e fenóis solúveis totais foram determinados nas folhas e no caule de cada estaca. Com o aumento do sombreamento, observou-se uma elevação dos teores de amido e uma redução nos teores de carboidratos redutores nas folhas e no caule e, apenas no caule, uma redução dos carboidratos solúveis totais. Os compostos fenólicos foram reduzidos significativamente nas folhas, à medida que se aumentou a porcentagem de sombreamento, ao passo que nos caules verificou-se uma redução, mas pouco pronunciada, ratificando a afirmação de que plantas submetidas a condições de baixa radiação solar alteram seus teores de compostos de reserva e fenóis.
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