A vegetação da região nordeste do estado do Paraná, situada no revés do escarpamento estrutural Furnas, compreende um mosaico composto por fragmentos de florestas, campos e cerrados. Essa impressionante diversidade fisionômica, deve-se a dois motivos principais. Em primeiro lugar a região abriga uma das áreas de transição entre cerrados do Brasil central e florestas estacionais semidecíduais do sudeste e sul do país. Em segundo lugar esta transição se verifica em pleno limite de ocorrência das espécies típicas dos campos sulinos. Esses fatores são acentuados pelo escarpamento estrutural furnas, cujo relevo promove variação ambiental formando fragmentos de vegetação peculiares nas maiores altitudes. De uma maneira geral as fisionomias dos campos rupestres e campos de altitude estão associadas aos solos rasos e jovens em áreas de altitudes, ao passo que em altitudes moderadas, nos solos mais antigos e profundos, ocorrem cerrados ou florestas. Essas formações estão condicionadas à fertilidade e regime de água dos solos e freqüência de incêndios (OLIVEIRA-FILHO et al., 1994;TANNUS & ASSIS, 2004).
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