O presente trabalho teve como objetivo avaliar o rendimento volumétrico e energético produzido por três diferentes clones de híbridos de Eucalyptus sp.: C39 Híbrido de Eucalyptus urophylla (cruzamento natural); C41 Híbrido de Eucalyptus urophylla (cruzamento natural) e C11 Híbrido de Eucalyptus brassiana (cruzamento natural). Para a quantificação do volume de madeira foi utilizado o processo de cubagem rigorosa pelo método de Smalian. A densidade básica da madeira e o poder calorífico foram determinados, respectivamente pelas normas ABNT (1984 e 2003). O consumo de lenha foi obtido por meio do acompanhamento da calcinação da gipsita. O delineamento utilizado no experimento foi o inteiramente aleatório. As produtividades volumétricas de tais clones foram, respectivamente, 158,46, 132,20 e 164,89 m³/ha aos 7,5 anos de idade, apresentando rendimentos durante a calcinação da gipsita de 0,16, 0,10 e 0,13 metros cúbicos de lenha por tonelada de gesso produzida, quando a lenha foi utilizada em forma de toras. Para a lenha em cavacos os rendimentos foram de 0,11, 0,08 e 0,09 metros cúbicos por tonelada de gesso, resultados bem acima dos melhores rendimentos da lenha de vegetação nativa, que são de 0,16 metros cúbicos por tonelada. Palavras-chave: Polo Gesseiro do Araripe; eucaliptocultura; demanda energética.
<p> A região do polo gesseiro do Araripe, em Pernambuco, é a maior produtora de gesso do Brasil, e tem como principal fonte energética para produção de gesso a lenha proveniente da Caatinga, que por sua vez não oferece material lenhoso suficiente para atender à demanda energética da indústria do gesso, resultando em desmatamentos que comprometem a sustentabilidade da região. Uma opção para atender essa demanda é a implantação de florestas de rápido crescimento. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento volumétrico de três clones de <em>Eucalyptus </em>spp. conduzidos sob os sistemas de manejo de alto fuste e de talhadia, plantados no espaçamento 3m x 2 m. O experimento foi implantado na Estação Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco, em Araripina, PE. Foram mensuradas altura e circunferência a 1,30 m do solo de todas as árvores a cada seis meses nas idades de 24 a 42 meses, e os volumes foram calculados considerando-se um fator de forma de 0,51. Os dados foram avaliados por análises multivariadas de medidas repetidas. O clone C39 (híbrido de <em>E. urophylla, </em>cruzamento natural) foi o mais produtivo nos dois sistemas de manejo.</p>
O cultivo de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) na região do Polo Gesseiro do Araripe, localizada a oeste do Estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil, pode ser uma alternativa viável de energia, em especial quando se realiza a correção da fertilidade do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do gesso no estado nutricional, na composição mineral, na produção de biomassa e na extração e eficiência de nutrientes de variedades de capim-elefante na Chapada do Araripe, Estado de Pernambuco. Para isso, foram cultivadas três variedades de capim-elefante - Cameroon, Gramafante e Roxo - na presença e ausência de gesso em blocos casualizados em arranjo fatorial (3 x 2), com quatro repetições. Os capins-elefante Cameroon e Gramafante apresentaram elevadas produções de matéria seca, porém apenas a variedade Cameroon mostrou resposta à aplicação de gesso, tendo alcançado 33 Mg ha-1. O capim-elefante Gramafante foi mais eficiente no uso de Ca que as variedades Cameroon e Roxo.
RESUMOO uso de gesso na correção da acidez trocável em subsuperfície tem proporcionado melhoria do ambiente radicular, influenciando positivamente na produtividade das culturas. Portanto, o objetivo foi avaliar o potencial do gesso de origem mineral da região do Araripe, em Pernambuco, na elevação dos teores de Ca trocável e na redução dos teores de Al trocável em subsuperfície e no aumento da produção de biomassa de variedades de capim elefante. Para isto foram cultivadas em campo três variedades de capim elefante: Cameroon, Gramafante e Roxo, na presença e na ausência de gesso mineral em arranjo fatorial (3 x 2) com os tratamentos distribuídos casualmente em 4 blocos. Os teores de Ca 2+ , S-SO 4 2-, Al 3+ e sua saturação não foram influenciados pela aplicação de gesso mineral na camada subsuperficial. A aplicação de gesso mineral reduziu o pH do solo na camada subsuperficial. O cultivo da variedade de capim Cameroon promoveu aumento do pH do solo, redução do teor e da saturação por Al. Os capins elefantes Cameroon e Gramafante apresentaram elevadas produções de matéria seca porém apenas a variedade Cameroon apresentou resposta à aplicação de gesso mineral, que alcançou 33 Mg ha -1 .Palavras-chave: movimentação de cátions, acidez subsuperficial, gipsita, Pennisetum purpureum SchumYield of elephant grass and movement of cations as a function of mined gypsum ABSTRACT The use of gypsum in context of exchangeable acidity in subsurface has provided the improvement of root environment, positive influence on crop yields. Therefore, the aim of this study was to evaluate the potential of the mined gypsum from the Araripe region in increasing the exchangeable Ca and also the reduction of exchangeable Al in subsurface, and increase in biomass production of varieties of elephant grass. The experiment was composed of three varieties of elephant grass, such as, Cameroon, Gramafante and Roxo in the presence and absence of mined gypsum through a factorial arrangement (3 x 2), with treatments arranged in 4 randomized blocks. The levels of Ca 2+ , S-SO 4 2-, Al 3+ and also its saturation were not affected by the application of mined gypsum in the soil subsurface layer. The application of mined gypsum reduced the pH of the soil subsurface layer. The growing of Cameroon variety promoted the increase in soil pH, reducing the Al saturation. The Cameroon and Gramafante had high dry matter yields, but only the Cameroon variety presented response to application of gypsum, which reached 33 Mg ha -1 .
This study aimed to evaluate the effects of different spacings on wood productivity of two hybrid clones of Eucalyptus, namely E. brassiana × E. urophylla and E. grandis × E. camaldulensis, in the Araripe Plateau. The field trials were established in February 2006 at the Experimental Station of Araripina (latitude: 7°27'50"S; longitude: 40°24'38"W, altitude: 828 m), belonging to the Agronomic Institute of the State of Pernambuco-IPA. Five spacings were tested: 3.0×2.0, 3.0×2.5, 3.0×3.0, 3.0×3.5 and 3.0×4.0 m. The experimental design adopted for both trials was randomized blocks with four replications and plots of 64 plants. The effective areas ranged from 216 to 432 m 2 , and the total experimental area of 11,520 m 2. At the age of four years it was found that there were no statistical differences among the means for the variables evaluated in E. brassiana × E. urophylla. For survival, total height, DBH, wood production and mean annual increment the means were 93%, 14.8 m, 12.3 cm, 98.7 m 3 ha-1 and 24.7 m 3 /ha y-1 , respectively. For E. grandis × E. camaldulensis, the means for the same variables previously described were 89.4%, 13.9 m, 12 cm, 83.3 m 3 ha-1 and 20.8 m 3 /ha y-1 , respectively. Differently from the first, for this hybrid only the survival and height means did not differ significantly from each other. Specifically for DBH, it was noted that the highest value of 13.2 cm, corresponding to the spacing 3.0×4.0 m, did not differ statistically of 12.9 cm obtained from the spacing of 3.0×3.5 m. Nevertheless, these values were significantly different from the others. The highest production of wood was 105 m 3 ha-1 at the spacing 3.0×2.0 m, however, there is no significant difference comparing to 86.3 m 3 ha-1 achieved at the spacing 3.0×2.5 m. Likewise, the mean annual increment (MAI) increased inversely to the spacing. We concluded that the number of plants per hectare plays an emphatic role in increasing the wood productivity of these two hybrids at this stage of development.
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