O artigo reúne e discute as abordagens feministas para as Relações Internacionais. O encontro entre os campos dos Estudos de Gênero e Relações Internacionais data de pouco mais de duas décadas, e representa um movimento simultâneo ao do surgimento do chamado "terceiro debate" em RI. Dessa forma, pretende-se, além de discutir a aplicação do gênero como categoria de análise para as relações internacionais, argumentar que essa aplicação está intimamente ligada às críticas às teorias convencionais de RI que surgem no contexto do terceiro debate.
Diam’s e Booba são dois grandes artistas do rap francês dos anos 2000. Ambos venderam mais de um milhão de álbuns ao longo da década e adquiriram uma reputação que faz deles estrelas no mundo do rap e além. No entanto, eles têm imagens públicas distintas do ponto de vista do gênero. Enquanto a aparência de Diam’s foi intencionalmente remodelada para ser “mais feminina” a partir de 2002, o corpo de Booba foi alvo de um trabalho de musculação acompanhado de uma mise en scène cada vez maior do corpo musculoso do artista. A elaboração do gênero desses artistas é igualmente evidente por meio de suas letras e clipes. O presente artigo analisa a produção coletiva do gênero desses artistas (gendered artists), com uma atenção especial à contribuição dos intermediários culturais que se ocupam da recepção crítica. Mostra como as estratégias de marketing e a recepção crítica transforma em produto não apenas as produções musicais desses artistas, mas também suas imagens públicas como estrelas “generificadas” e racialisadas. O artigo mostra como o tratamento assimétrico de Diam’s, como mulher, e de Booba, como homem, ilustram o conceito de heterossexualização (musical).
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