O principal objetivo deste estudo é analisar estatisticamente as opiniões e valores dos consumidores de Campo Grande (MS) sobre produtos orgânicos a partir de uma abordagem quantitativo-descritiva. A justificativa para a presente pesquisa reside em um estudo anterior dos autores: Sangkumchaliang e Huang (2012), que apontou que as principais razões para a compra de alimentos orgânicos são uma expectativa de vida saudável e bem estar do ambiente de produção. A amostra foi probabilística sendo que para a coleta de dados foram aplicados 400 questionários estruturados em domicílios da cidade de Campo Grande (MS). Para análise dos dados utilizou-se a distribuição de frequência e a Análise Fatorial Exploratória (EFA). Os resultados do estudo apontaram que a maior proporção de consumidores está no intervalo de 50 a 59 anos de idade seguido de 60 anos ou mais. A análise fatorial identificou dois fatores com autovalores acima de um (1), e a variância explicada de 65% do modelo de percepção proposto. O primeiro fator foi rotulado de “Benefícios dos produtos orgânicos” e o segundo de “Atributos do produto”, ou seja, a estrutura latente de dependência entre as variáveis que exprimem a percepção dos consumidores a cerca dos orgânicos está baseada nesses dois fatores.
Abordando a Responsabilidade Social Empresarial, este artigo teve como objetivo analisar as respostas dadas à sociedade pela indústria brasileira de papel e celulose frente à covid-19, a partir dos pressupostos da teoria institucional. O recorte amostral foi escolhido pela relevância econômica e pelo protagonismo na divulgação de informações socioambientais da indústria brasileira de papel e celulose, mais especificamente das empresas listadas na bolsa de valores oficial do Brasil, quais sejam: Cia Melhoramentos, Irani Papel e Embalagem, Klabin, Santher e Suzano. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa e descritiva. Foram realizados procedimentos documentais, com coleta de dados nas publicações feitas pelas empresas em seus sites institucionais. Foi possível verificar que a maioria das empresas modificou suas operações em prol da segurança e do bem-estar dos seus colaboradores. Observou-se, também, que as empresas se engajaram em ações de responsabilidade social e que a maioria divulgou tais ações em seus sites, demonstrando preocupação com o gerenciamento de impressões e manutenção da legitimidade. A contribuição do estudo está na apresentação de dados e análises iniciais de um fenômeno que deve ser estudado por muito tempo.
A literatura mostra que as organizações não relatam as tensões de sustentabilidade de forma explícita em seus relatórios. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é identificar as tensões de sustentabilidade reportadas nos relatórios das empresas do setor de papel e celulose no Brasil para constatar se essas comunicam ou não suas experiências, classificando-as de acordo com sua tipologia: aprendizado, desempenho, pertencimento ou organização. Foram analisados relatórios de sustentabilidade (RS) sob perspectiva qualitativa das empresas do setor que constam na lista B3: Suzano SA, Klabin SA e Melhor SP. A análise compreendeu o período de 2019 a 2021. Os resultados mostram que apenas um relatório apresentou uma tensão de sustentabilidade de forma explícita. O que pode tanto reforçar o argumento das tensões como más notícias, quanto apontar uma nova tendência no relato. Além disso, as quatro tipologias de tensões foram identificadas em todos os relatórios.
A aplicação das dimensões que envolvem os princípios da sustentabilidade na gestão das empresas faz surgir tensões, trade-offs e paradoxos, que impõem desafios aos gestores. Estudiosos têm empreendido pesquisas utilizando diferentes abordagens para compreender esse fenômeno. Com o intuito de sistematizar o conhecimento sobre o referido tópico gerado até aqui, o objetivo deste estudo é atualizar, a partir de Van Der Byl e Slawinski (2015), o quadro de abordagens teóricas empregadas nos estudos sobre tensões, trade-offs e paradoxos de sustentabilidade. Foi realizada revisão sistemática integrativa da literatura para compreender os significados desses termos e suas respectivas abordagens. Os achados foram analisados por meio de um procedimento em quatro etapas. Os resultados geraram quatro proposições: há distinção entre os termos tensão, trade-off e paradoxo ao referir-se à complexidade inerente à sustentabilidade; a abordagem paradoxal passou a dominar os estudos sobre tensões de sustentabilidade; as tensões de sustentabilidade são múltiplas, mas suas análises podem ser estruturadas; apesar do aumento de estudos paradoxais, muitas lacunas ainda existem e novas abordagens podem ser aplicadas às tensões de sustentabilidade. Além disso, verificou-se que as pesquisas que utilizam lente paradoxal estão dominando o campo.
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