INTRODUÇÃOA Peritonite esclerosante encapsulante (PEE) é um processo inflamatório crônico caracterizado pela formação de uma membrana fibrocolagenosa densa em volta do intestino delgado. A PEE pode ser classificada segundo a etiologia em duas formas: primária (idiopática) ou secundária 1,2 . Foi inicialmente relatada por Owtschinnikov em 1907 3 . Foo et al. descreveu a forma idiopática em 1978 quando a doença também era conhecida como casulo abdominal 4 . A PEE primária comumente não possui causa identificável, enquanto a PEE secundária relaciona-se à situações que levam à inflamação peritoneal como tuberculose peritoneal, diálise peritoneal, cirurgia abdominal, peritonite recorrente, shunt ventrículo-peritoneal, febre familiar do mediterrâneo, quimioterapia intraperitoneal, cirrose, transplante hepático, endometriose, ruptura de cisto dermoide e deficiência de proteína S 1,2,5 .Geralmente esta condição manifesta-se com sintomas de obstrução intestinal completa ou incompleta. Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, perda de peso, vômi-ABSTRACT Sclerosing Encapsulating Peritonitis (SEP) is a chronic inflammatory process characterized by the formation of a dense fibrocolagenous membrane around the small intestine. As clinical presentation, symptoms of complete or incomplete intestinal obstruction are frequently observed. Perioperative diagnosis is challenging, and this condition is often diagnosed during surgery or through histopathology. Herein we report a case of a female patient with intraoperative diagnosis of SEP whose etiology was previous trauma by a white weapon with exploratory laparotomy, a rare cause of this condition.
Resumo: Introdução: As competências relevantes ao ensino médico atual são divididas em sete dimensões: cognitiva, técnica, contextual, integrativa, afetiva, relacional e hábitos da mente. No presente estudo, um instrumento de aprendizagem nomeado Registro Clínico Baseado em Problemas (RBP), composto por uma lista de problemas on-line dos pacientes com suas respectivas investigações e intervenções, foi desenvolvido e aplicado em um programa de residência médica em clínica médica. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a percepção dos médicos residentes e preceptores sobre a utilização do RBP no processo ensino-aprendizagem e no desenvolvimento de competências em suas várias dimensões. Método: Participaram do estudo 21 residentes e oito preceptores de uma enfermaria de clínica médica, distribuídos em três grupos focais, em que dialogaram sobre a utilização do RBP no serviço. Para a interpretação da fala dos participantes, utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Na percepção dos residentes, o RBP influenciou na organização do conhecimento e na motivação dentro da dimensão cognitiva. A dimensão integrativa foi a mais citada pelos participantes, visto que o RBP levou à reflexão e à estruturação do raciocínio por problemas, atuando positivamente na organização do conhecimento e na definição dos problemas mais relevantes. Na dimensão contextual, não houve consenso entre os residentes sobre o impacto na solicitação racional de exames, e os preceptores relacionaram a falta de impacto do RBP à falta de feedback. Na dimensão relacional, preceptores e residentes relataram que o RBP trabalhou a síntese e organização do pensamento. No discurso dos residentes, o RBP influenciou os hábitos da mente relacionados à capacidade do médico de autoavaliação e reflexão sobre sua prática. Conclusão: O RBP atuou como instrumento de aprendizagem, principalmente por estar associado a fatores psicopedagógicos relacionados à facilitação da aprendizagem. As dimensões de competências cognitiva, integrativa, contextual, relacional e hábitos da mente foram desenvolvidas pelo RBP. A visão dos residentes e preceptores sobre a relevância do RBP para a aprendizagem de competências foi divergente. As dimensões cognitiva, integrativa e hábitos da mente tiveram maior diferença entre os participantes. Para que o RBP gere um aprendizado mais eficaz, os preceptores precisam interagir mais com o instrumento e realizar regularmente o feedback com os residentes.
Os cursos de graduação em Medicina devem seguir as diretrizes curriculares nacionais propostas pelo Ministério da Educação. Entretanto, para os diversos programas de residência médica, não existem diretrizes curriculares nacionais propostas. O presente trabalho objetiva propor o desenvolvimento e construção de um currículo por competências na residência de Clínica Médica do Hospital Geral de Fortaleza. As competências que concernem à área de Clínica Médica foram elaboradas por profissionais médicos especializados nessa área específica. Ao todo, participaram 5 staffs preceptores da residência em Clínica Médica. Em sua versão final, a matriz foi dividida em 3 grupos com informações correlatas englobando os cinco grandes domínios. Foram enumeradas 16 competências médicas específicas divididas em 110 detalhamentos. Para que essa formação profissional tenha sucesso, a aprendizagem deve ser significativa e com objetivos bem explicitados. Na aquisição da expertise médica, o residente deve adquirir habilidades para aprimorar seu raciocínio clínico, utilizando mecanismos analíticos e não analíticos, traduzindo as competências informativas e conseguindo integrá-las, o que lhe permite desempenhar tarefas complexas exigidas pela profissão.
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