Este trabalho tem como objetivo analisar as experiências e percepções do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como, por exemplo, o computador e a Internet, mediante o leitor de tela JAWS, em um ambiente de educação especial na cidade de Lima, Peru. Assim, analisou-se, considerando os recursos e serviços oferecidos na escola, o processo de ensino e aprendizagem, entre outras peculiaridades, como interações e estratégias do uso, que podem diferir com as características do sistema Braille. Foi realizado um estudo com uma abordagem qualitativa, com base em entrevistas semiestruturadas, com seis jovens estudantes com deficiência visual da última série do ensino médio e cinco de seus professores. Verificou-se que essas tecnologias são muito valorizadas para seu desempenho na escola e participação social, sem esquecer os possíveis obstáculos de acessibilidade. Conclui-se que não é suficiente utilizar essas tecnologias de fato, mas também se deve garantir que isso tenha um significado para esses estudantes segundo seus interesses, motivações e objetivos que desejam atingir para o desenvolvimento das suas habilidades e capacidades.
Há uma falta de pesquisa no campo da educação especial sobre a inclusão de estudantes com deficiência visual no espaço universitário. Este trabalho tem como objetivo identificar as características dos recursos e serviços disponíveis para o atendimento dos alunos com deficiência visual em uma universidade privada em Lima, Peru. Se realizaram entrevistas semiestruturadas com 6 estudantes universitários com deficiência visual para compreender melhor suas demandas educacionais. Os participantes desta pesquisa têm entre 20 e 48 anos. A média de idade é de 27,5 anos. Os dados foram transcritos e depois de uma análise de conteúdo se identificou cinco categorias temáticas. Em um primeiro âmbito, destaca-se as dificuldades com a gestão da universidade para a adaptação e digitalização dos textos acadêmicos. Em um segundo âmbito, identifica-se a falta de estratégias e técnicas para adequação de suas tarefas e avaliação pelos professores. Em um terceiro âmbito, menciona-se a carência de formação e capacitação dos funcionários e da comunidade universitária a respeito das suas atitudes sociais para um atendimento adequado a este grupo. Em um quarto âmbito, realça-se os problemas com a acessibilidade no câmpus universitário. Finalmente, destacou-se algumas recomendações para a gestão universitária baseado no monitoramento da inclusão. Conclui-se que as políticas desta universidade no campo da deficiência ainda estão em construção e devem ser fiscalizadas, com base nas normas legais nacionais e internacionais.
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