Desenvolvimento sustentável tornou-se um termo recorrente nos estudos em turismo. Embora a necessidade de um modelo sustentável do turismo seja um consenso, uma aplicação prática e ampla de uma política de turismo sustentável ainda não aconteceu. É preciso, portanto, ter cautela com iniciativas autodenominadas de sustentáveis. Diante disso, o presente estudo dedicou-se a analisar a atuação do poder público no que tange à promoção de um turismo sustentável no arquipélago de Fernando de Noronha, um dos destinos insulares brasileiros mais conhecidos e desejados do País. A partir de observações não participantes in loco; de entrevistas com funcionários e ex-funcionários da Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha (ADEFN), pesquisadores, ilhéus e ex-gestores; de pesquisas documentais e bibliográficas; e de pesquisas em páginas da web do governo do estado e de operadores turísticos, chegou-se ao entendimento de que, em Fernando de Noronha, a sustentabilidade é confundida com preservação da natureza, pois as outras dimensões (social e econômica) são negligenciadas pelo poder público.
Objetivo do estudo: Compreender o estado da arte sobre a relação entre turismo e cinema no Brasil. Também buscou mapear dados sobre a situação atual do desenvolvimento do turismo cinematográfico no Brasil, a partir da análise da literatura nacional.Metodologia/abordagem: A pesquisa tem natureza exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa na análise da produção científica nacional sobre turismo e cinema. Como método de pesquisa, selecionou-se a revisão integrativa de literatura. O levantamento da amostra da pesquisa, composta por artigos científicos que relacionam turismo e cinema e/ou audiovisual, utilizou como base de dados principal o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), tendo-se selecionado o total de 15 artigos científicos, publicados entre 2011 e 2019 em periódicos nacionais indexados nesta base.Originalidade/Relevância: A relação entre turismo e cinema é crescente no mundo, porém pouco referenciada na literatura nacional. Especificamente sobre turismo cinematográfico, devido à ausência de estudos mais amplos, se desconhece a situação atual desta atividade no Brasil.Principais resultados: Os estudos brasileiros se concentram em três principais temáticas: cinema como vetor de imagem e promoção de destinos turísticos; análise de imagem e representações de localidades em produções audiovisuais; e turismo cinematográfico em cidades brasileiras. Os achados da pesquisa apontam que o turismo cinematográfico é ainda incipiente no país, sendo a cidade de Cabaceiras (Paraíba) o destino de maior referência neste segmento segundo os autores analisados.Contribuições teóricas/metodológicas: (i) apresenta um panorama geral dos estudos sobre turismo e cinema publicados em periódicos nacionais; (ii) traça um quadro da situação atual do turismo cinematográfico no Brasil a partir da literatura analisada; (iii) aponta lacunas teórico-empíricas para futuros estudos sobre a temática do turismo e cinema.
ResumoMuito se tem discutido sobre a necessidade do turismo se desenvolver de forma sustentável. Contudo, para que transponha o discurso e se efetive na prática é necessário que existam diretrizes que indiquem quais aspectos devem ser avaliados, pois é somente através da avaliação que há como saber se os resultados esperados foram alcançados. Desta constatação, surge uma pergunta incontornável: o que avaliar? Trata-se de um questionamento que, embora seja fundamental para operacionalizar o conceito de turismo sustentável, tem sido pouco discutido. O presente artigo tem como objetivo sugerir e discutir uma proposta de conteúdo mínimo a ser observada no escopo de qualquer processo direcionado para a avaliação da sustentabilidade do turismo. Como conclusão, sugere-se que para atingir seus propósitos, um processo de avaliação da sustentabilidade no setor do turismo deve: i) adotar uma visão sobre o desenvolvimento sustentável; ii) estabelecer um processo de comunicação efetiva com as partes interessadas; iii) ser capaz de fornecer informações relevantes ao processo de tomada de decisão; iv) contemplar a participação pública; v) ser capaz de se adaptar às novas circunstâncias. Palavras-chave: turismo sustentável; desenvolvimento sustentável; avaliação de sustentabilidade. Abstract
Refletir sobre o conhecimento científico produzido e que se vem produzindo sobre um determinado tema é fundamental em qualquer área do conhecimento, haja vista que, nos estudos sobre turismo, as pesquisas sobre a produção do conhecimento, a propósito de Organizações de Gestão de Destinos (OGD), são inexistentes. Este trabalho se propôs a realizar uma análise bibliométrica sobre a produção científica brasileira a respeito destas entidades. Foram analisadas as publicações entre 1997 e 2018. Encontrou-se que, de forma geral, a produção brasileira sobre OGDs é insuficiente, temporalmente inconstante, concentradas em revistas com Qualis Capes B1, que não têm o termo "OGD" entre suas palavras-chave e; majoritariamente baseadas em estudos de caso. Além disso, tendo como base a análise da bibliografia citada por esses artigos, verificou-se que não é possível identificar uma obra capaz de ser considerada como um marco de referência na temática da gestão de destinos. Por fim, foi constatado que os artigos chegam a algumas conclusões em comum, quais sejam: a importância dos stakeholders na gestão pública do turismo, a situação atual da gestão dos destinos e a relevância do planejamento estratégico para o desenvolvimento turístico do destino.
A capacidade de carga surge como um conceito nas áreas da ecologia e da demografia. Posteriormente passou a ser utilizada no campo do planejamento turístico como uma maneira de ajudar a desenvolver destinos mais sustentáveis. No entanto, ainda hoje, muitos são os destinos turísticos que não utilizam tal ferramenta em seus processos de planejamento. Tamandaré, município localizado no litoral sul de Pernambuco, não é exceção. Considerando que o estabelecimento de um limite máximo de usuários é um elemento que pode auxiliar no ordenamento do turismo, o presente estudo aplicou o método desenvolvido por Cifuentes et al. (1992) para estimar a capacidade de carga de uma das principais praias de Tamandaré: a Praia dos Carneiros. Para tanto, foram definidas duas zonas: i) zona de faixa de praia e ii) zona de piscinas naturais. os resultados encontrados sugerem um limite máximo de usuários de 129 visitantes/ dia para a faixa de praia e de 1.161 visitantes/dia para a zona de piscinas naturais. Quando se comparam os limites sugeridos com as taxas atuais de visitantes, verifica-se que a capacidade de carga está dentro do aceitável para a zona de piscinas naturais e acima do recomendado na zona de faixa de praia. PalaVraS-ChaVe: Turismo. Capacidade de carga. método Cifuentes. praia dos Carneiros. Tamandaré.
O Coronavírus COVID-19 desencadeou uma crise global sem precedentes. Os efeitos da pandemia foram (e ainda são) sentidos em todos os setores da economia. Particularmente no turismo, o que se viu foi uma quase total paralização de suas operações a partir de março que mudou as boas perspectivas que o setor apresentava no início de 2020. O presente estudo objetivou analisar as repercussões desta crise em Fernando de Noronha (Pernambuco), estimando as alterações provocadas na visitação e na arrecadação. Para tanto, foram analisados dados obtidos em fontes oficiais nacionais e internacionais relativos ao período de janeiro a junho de 2020. Os resultados evidenciam a inércia do poder público quanto à adoção de providências nos primeiros momentos da pandemia no arquipélago. Além disso, foi identificada uma queda de mais de 35% na arrecadação em comparação aos primeiros seis meses de 2019. Observou-se ainda que o arquipélago está longe de arrecadar os valores previstos, o que pode repercutir na prestação de serviços básicos à população.
A indução do desenvolvimento local por meio do turismo não depende apenas dos recursos naturais e culturais, mas principalmente de ações capazes de transformar esses recursos em produtos e experiências turísticas, com vistas à competitividade do destino turístico. O planejamento e execução dessas ações consiste no processo de gestão de destino, conduzido pelas Organizações de Gestão de Destino (Ogd). Este artigo se propõe a revisar e discutir os principais aspectos conceituais relacionados a esta temática. Foram identificadas as obras seminais, os autores proeminentes na área e a produção científica mais recente, de modo a apresentar uma revisão abrangente e atualizada sobre o assunto. A literatura analisada aponta que boa parte do êxito na gestão do destino depende da capacidade dos distintos atores exercerem seus respectivos papéis e está atrelada à figura decisiva de um ente coordenador forte e agregador (Ogd) que se empenha em construir uma visão comum do destino.
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