Introdução: O Câncer de próstata (CAP) tem média de incidência aos 66 anos. Geralmente, evolui com um bom prognóstico, com expectativa de sobrevida de cerca de 80%. Entre 2007 a 2018, internações por causa primária de CAP aumentaram gradativamente, com 25287 óbitos registrados, tendo maior prevalência a faixa etária de 70-79 anos. A triagem é feita através do antígeno prostático específico (PSA) com ou sem toque retal no intervalo de 2 a 4 anos para PSA <1ng/ml e entre 1 e 2 anos se >1ng/ml. Há praticamente aceitação universal de custo-benefício na triagem para paciente entre 55-69 anos, já para aqueles acima de 70 anos, as recomendações são heterogêneas. Objetivo: Compreender as limitações da solicitação do PSA em pacientes idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática baseada no protocolo PRISMA, primeiro elaborou-se a pergunta-guia através do anagrama PICOS, definiu-se uma população de estudo, intervenção, conflito e desfecho, resumindo-se em: “ Até quando se deve solicitar o PSA em pacientes idosos?” A pesquisa foi feita em inglês com os descritores prostate-specific antigen e prostate e aged nas bases pubmed(936) e scielo(26) sendo que, dos 956, foram selecionados 15, datando de 2012 a 2019. Os critérios de inclusão foram: conter pelo menos dois descritores e responder a pergunta-guia no resumo. Foram excluídos artigos duplicados e com alto teor de viés. Resultados: Um estudo randomizado demonstrou que o rastreio com PSA é custo-efetivo em pacientes entre 55 e 60 anos com intervalos de um ou dois anos e menos custo-efetivo nas idades mais avançadas, reduzindo a sugestão de parada de rastreio entre 59 e 61 anos, antes, essa idade era de 70 a 71 anos. Outros sugerem que se deve individualizar o tempo de triagem entre 55 e 69 anos. Para reduzir gastos em saúde, o médico deve saber identificar quem se beneficiará do rastreio com PSA, já que, aos 65 anos, homens com baixo nível de PSA têm menor risco de diagnóstico de CAP na próxima década, sugerindo abordagem com menos intensidade. O rastreio pode-se iniciar aos 50 anos, ou aos 45, caso o paciente seja negro ou tenha histórico de CAP na família. Já aos 75 anos, o rastreio deve ser realizado apenas àqueles que tenham expectativa de vida maior que 10 anos. Conclusão: É necessário que haja uma decisão compartilhada entre médico e paciente idoso, para que ocorra uma conduta individualizada, avaliando prognóstico e funcionalidade do paciente, a fim de evitar iatrogenias e ofertar qualidade de vida. Palavras-chave: antígeno prostático-específico; próstata; idoso.
Os cuidados paliativos, associados à musicoterapia, pretendem aliviar e confortar os pacientes em final de vida. A terminalidade da vida configura-se como um período de adaptação e ressignificação de muitos conceitos prévios. Sendo assim, é necessário que haja um acompanhamento multidisciplinar desse enfermo enfocando nas suas necessidades apresentadas que podem ser físicas, espirituais ou psicossociais, oferecendo todo o suporte para a melhoria da qualidade de vida. Esse trabalho tem como objetivo apontar o que é realizado dentro da musicoterapia nos cuidados paliativos e se é efetivo o uso para a terminalidade da vida. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática utilizando a base de dados e o Portal de Periódicos CAPES. Incluíram-se, nesta busca, os artigos publicados entre 2010 a 2019, empregando os descritores MeSH: “music therapy” e “palliative care” com o operador boleano “AND”. Dentre os 431 artigos, 14 preencheram os critérios de elegibilidade. A maioria discursou sobre o bem-estar e alívio da dor com, principalmente, a prática receptiva da musicoterapia, tendo resultados positivos. O uso da música, como parte integrativa da terapia multidisciplinar dos cuidados paliativos, evidencia uma forma de conexão importante com a essência pessoal, ao passo que a pessoa que recorre à música tanto com o ato de cantar, como também escrever, tocar ou apenas ouvir, recorda, muitas vezes, memórias pregressas, reconectando o vínculo familiar e individual. Além disso, a musicoterapia ainda se alia ao estado de criatividade e arte, quando é avaliada a perspectiva de escrever suas próprias letras de músicas, e à capacidade de relaxamento e lazer, ao tocar instrumentos musicais ou escutar as músicas já gravadas, principalmente quando se correlaciona com sua cultura e sua preferência musical. Demonstrada a importância desse tema, por fim, é relevante que sejam feitos mais estudos relativos a essa temática com um maior rigor metodológico.
Introdução: O Câncer de Pâncreas, no Brasil, é responsável por 2% de todos as neoplasias diagnosticadas e por 4% de óbitos causados por neoplasias malignas. 90% dos casos tem como tipo histológico o adenocarcinoma, a maior parte diagnosticada após os 65 anos, O aumento da incidência de CA de pâncreas associa-se ao envelhecimento, exacerbação do consumo de gorduras, obesidade, DMII, sedentarismo, álcool, e, sobretudo, tabaco. O CA de pâncreas, em 90% dos casos, já é descoberto avançado localmente ou com metástases à distância, desse modo, a sobrevida de 5 anos somente ocorre em 8% do casos. Objetivo: Analisar perfil epidemiológico do câncer de pâncreas na Microrregião do cariri, entre os anos de 2008 a 2018. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa retrospectiva, descritiva, quantitativa, de caráter exploratório no período de 2008 a 2018, com registros obtidos na base de dados DataSus, comparando os dados referentes a mortalidade de câncer de pâncreas neste período. Como estratégias de pesquisa, foram definidos os seguintes pontos: microrregião IBGE: 23032 Cariri, capítulo do CID-10: II. Neoplasias (tumores), lista de morbidade CID-10: Neoplasia Maligna do Pâncreas; Todas as faixas etárias, do sexo masculino e feminino, no período: 2008-2018. Resultados: De acordo com os dados do DataSus, de 2008 a 2018, a taxa de mortalidade por câncer de pâncreas na microrregião do cariri foi equivalente a 37. A idade em que houve mais óbitos foi entre 60 a 69 anos, correspondendo a 27,03% do total. No Brasil, durante o período de 2005-2012, a letalidade foi maior em pessoas com 70 anos ou mais, e houve um aumento de mortalidade nas pessoas entre 50-69 anos. No Cariri, a mortalidade total em homens foi de 18 casos e em mulheres foi de 19 casos. No Canadá, as taxas de mortalidade entre 1992 e 2009 diminuíram em homens e permaneceu estável em mulheres. No Taiwan, taxa de mortalidade aumentou de 0,30 a 0,37 por 100.000 para os menores de 50 e de 3,18 para 3,76 por 100.000 para aqueles com mais de 50, a taxa de mortalidade foi também maior em homens 5 a cada 10000. Conclusão: Embora o estudo seja limitado, em virtude da fonte de dados, DataSus, não abordar tipo histológico do tumor, grau do tumor no diagnóstico, se as pessoas que vieram a óbito tinham sido submetidas a alguma forma de tratamento e quais eram os hábitos de vidas desses indivíduos, pode-se afirmar que é de suma importância o tratamento e o diagnóstico precoces, bem como, a adesão de hábitos de vida saudáveis.
Introdução: Câncer colorretal (CCR) é a 3° neoplasia mais comum do mundo e 90% dos casos são em pessoas com mais de 50 anos. No Brasil, estimou-se 36360 novos casos em 2018. CCR apresenta curso lento, logo, o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura. O rastreio ocorre através de exame de sangue oculto nas fezes (SOF) anual, retossigmoidoscopia a cada 5 anos e SOF a cada 3 e colonoscopia a cada 10. Há consenso sobre o início aos 50 anos, bem como, na presença de sinais e sintomas e iniciar antes para pessoas de alto risco, mas há divergência quanto terminar aos 75 anos. Objetivo: Observar se a triagem de CCR nos idosos, com mais de 75 anos, os benefícios superam aos riscos. Metodologia: Fez-se uma revisão sistemática baseada no Protocolo Prisma. A pergunta central foi elaborada a partir da determinação do PICO, que definiu população, intervenção, conflito e desfecho, indagando sobre a continuação do rastreamento de CCR em pessoas com idade maior que 75 anos possibilitando a melhoria da qualidade de vida. Usaram-se os descritores (Desc/BVS): "Colorectal Neoplasms”, “Mass Screening” e “Aged” no PubMed(141), COCHRANE(79) e Goolge Scholar(1), com os filtros: ensaio-clínico, estudo observacional e últimos 5 anos, dos 221 trabalhos, incluiu-se 6 em inglês e português, datando de 2016 a 2018. Os critérios de inclusão foram: estudos concluídos, retratar todos os descritores e responder a pergunta-guia. Resultados: O rastreio não é recomendando para pacientes com mais de 75 anos ou com menos de 10 anos de expectativa de vida caso a colonoscopia anterior for negativa, mas fazer colonoscopia e SOF até 85 anos para quem não passou por triagem prévia. Um estudo com rastreio por SOF, CCR foi diagnosticado em 62% dos pacientes com 51-60 anos, em 60% entre 61-70 anos e em 57% 71-80 anos. Uma população de 1.355.692, entre 70 e 79 anos, na grupo de 75-79 anos, naqueles que realizaram a colonoscopia, efeitos adversos ocorreram em 10,3 a cada 1000 e uma redução de risco de CCR 3% a 2,8% de risco de CCR quando comparadas aos que não realizavam. Um estudo observacional comparou 3 grupos: 65-69 anos, 76-84 anos e 85-89 anos, notou que o rastreamento e o tratamento de CCR diminuía ao aumentar a idade e as comorbidades. Conclusão: O rastreio de CCR, em idosos maiores de 75 anos, deve ser uma decisão compartilhada entre médico e paciente, observando idade, estado de saúde e capacidade de tolerar os testes de triagem e intervenções, para que os benefícios superem os riscos.
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