RESUMO Introdução: A Leptospirose é uma doença febril aguda, considerada uma importante zoonose, de baixa incidência no Estado do Tocantins. Relato do caso: A. M. S., 50 anos, masculino, pardo, residente em zona rural, agricultor. Deu entrada em pronto-socorro com quadro de febre há 30 dias, histórico de "olhos vermelhos", dores generalizadas. Foram solicitadas diversas sorologias; PPD, biópsia de linfonodo cervical com análise histopatológica e geneXpert (PCR). No 15° dia de internação, apresentou regressão da febre, apenas com sintomáticos e, após 24 horas afebril, foi iniciado tratamento empírico para leptospirose, com Ceftriaxone. Após cinco dias, apresentou febrícula, que cedia com dipirona. No 22° dia de internação o resultado da sorologia para leptospirose veio com IgM reagente na primeira amostra, e restante dos exames negativos. A análise histopatológica dos linfonodos mostrava achados de Hiperplasia folicular. O paciente apresentou melhora do estado geral, recebendo alta em D14 de Ceftriaxone, e com Leptospirose como único diagnóstico confirmado. Discussão: Na forma anictérica da Leptospirose ocorre uma síndrome febril, semelhante ao quadro da dengue clássica, com curso bifásico (aguda e imune), sendo que a febre dura no máximo 30 dias. Porém, na fase imune podem ocorrer algumas complicações, como febre prolongada. Encontramos sinais e sintomas característicos da forma anictérica desta zoonose: mialgia em panturrilhas e dorso, inclusive com dor a palpação; cefaleia frontal; astenia; febre alta e remitente, histórico de ‘olho vermelho’ antes da internação e linfadenopatia cervical. No entanto, o paciente permaneceu sem regressão total da febre durante os 30 dias de internação. Isso foge da duração comumente encontrada na fase imune desta doença. Conclusão: Apesar do paciente não se enquadrar no padrão clássico da doença, a leptospirose é a hipótese diagnostica que melhor se aplica ao caso. Palavras-chave: Leishimaniose Visceral, Doenças Transmissiveis Emergentes. Zoonose. ABSTRACT Introduction: Leptospirosis is an acute febrile disease, considered an important zoonosis, of low incidence in the State of Tocantins. Case report: A. M. S., 50 years old, male, brown, resident in rural, farmer. He entered the emergency room with fever for 30 days, a history of "red eyes", generalized pains. Several serologies were requested; PPD, cervical lymph node biopsy with histopathological analysis and geneXpert (PCR). On the 15th day of hospitalization, he presented a regression of the fever, with symptomatic only, and after 24 hours afebrile, empiric treatment for leptospirosis with Ceftriaxone was started. After five days, he presented fever, which gave him dipyrone. On the 22nd day of hospitalization the serology result for leptospirosis came with reagent IgM in the first sample, and the rest of the negative tests. Histopathological analysis of the lymph nodes showed findings of follicular hyperplasia. The patient presented an improvement in the general condition, receiving discharge in D14 of Ceftriaxone, and with Leptospirosis as the only confirmed diagnosis. Discussion: In the anicteric form of Leptospirosis, there is a febrile syndrome, similar to that of classical dengue fever, with a biphasic course (acute and immune), with fever lasting at most 30 days. However, in the immune phase some complications can occur, such as prolonged fever. We found signs and symptoms characteristic of the anicteric form of this zoonosis: myalgia in calves and back, including palpation pain; frontal headache; asthenia; high and remitting fever, 'red eye' history prior to hospitalization, and cervical lymphadenopathy. However, the patient remained without complete regression of the fever during the 30 days of hospitalization. This escapes the duration commonly found in the immune phase of this disease. Conclusion: Although the patient does not fit the classical pattern of the disease, leptospirosis is the diagnostic hypothesis that best applies to the case. Keywords: Visceral Leishmaniasis, Emerging Transmissible Diseases. Zoonosis.
Introdução: O Trauma Raquimedular (TRM) é uma lesão traumática na coluna vertebral ou na medula espinhal que pode variar de lesões sem acometimento neurológico até traumas graves. Os traumas de coluna vertebral são mais prevalentes em indivíduos do sexo masculino, com idade entre 20 e 40 anos. Os traumas decorrentes de quedas de alturas muito elevadas geralmente cursam com algum déficit das funções neurais e, em muitos casos, se associam com tetraplegias e paraplegias. O objetivo desse trabalho é relatar o caso clínico de uma paciente de 12 anos que sofreu TRM por queda de uma altura de 10 metros, sem desenvolvimento de danos neurológicos e apresentando bom estado geral. Relato do caso: JPD, 12 anos, feminino, vítima de queda de 10 metros de altura sobre os pés, após 4 dias de internação evolui com quadro de dor lombar intensa. Após realizada a tomografia computadorizada (TC) de coluna vertebral, identificou-se fratura instável e complexa em vértebra L1. Apesar disso, a paciente manteve função sensitiva e motora normais (Frankel E). Paciente manteve-se estável, em imobilização de coluna, apresentando dor lombar moderada somente à movimentação até a realização de cirurgia de correção de fratura da vértebra. Discussão: No caso apresentado, o nível de compressão do canal medular e a gravidade da fratura estariam propensos a causar danos neurológicos a partir do nível de L1. O fato de a paciente não apresentar danos neurológicos tem importância clínica por representar um curso atípico e que tem levantado questionamentos quanto à relação entre o grau de compressão medular visualizado à TC e o real dano neural. E, também, questionamentos acerca da realização de exames de imagem apenas devido ao mecanismo agressivo do trauma. Além disso, a faixa etária e o sexo feminino fogem ao que é descrito na literatura como mais prevalente.
A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium Leprae, que possui tropismo por células dermatológicas e pelo sistema nervoso periférico do corpo. Trata-se de uma patologia com evolução lenta, ou seja, os primeiros sintomas da doença demoram a aparecer e geralmente passam despercebidos no primeiro contato de uma consulta médica. O objetivo central deste artigo é trazer a importância de um diagnóstico precoce e apresentar um caso de hanseníase virchowiana com recidiva após tratamento poliquimioterápico, e sua associação à reação hansênica. A identificação tardia de recidiva da doença acarretou sequelas permanentes ao paciente, que poderiam ser evitadas caso o tratamento adequado fosse administrado de forma precoce. Palavras-chave: Hanseníase;Hanseníase Virchowiana;Reação Hansênica
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