O presente artigo objetiva abordar a questão de uma temporalidade feminista no texto “Unexpected Turns” de Griselda Pollock. Para tanto, é apresentada a trajetória intelectual da historiadora da arte, suas relações com a teoria e a prática feminista, e em como ao longo de sua obra foi tecida a questão do cânone. Em seguida, é apresentada a questão evidenciada por Pollock: como uma historiografia da arte feminista poderia se beneficiar com uma escrita outra, sem a adoção de esquemas evolutivos. Ancorada sobretudo no historiador da arte Aby Warburg e em três conceitos de sua autoria, Nachleben, Pathosformeln e o seu Atlas Mnemosyne, Griselda Pollock propõe uma virada inesperada. No presente artigo, também são esmiuçadas as relações postas pela autora em conjunto com Walter Benjamin e Georges Didi-Huberman e suas ponderações sobre o tempo na história e na arte. Se a práxis feminista está inscrita em um devir sem fim, longe de ter sido encerrado, uma história da arte feminista poderia voltar-se à temporalidade da política, inscrita em um modelo de tempo heterogêneo e dialetizado.
Este artigo tem como proposta destrinchar a relação "arte e vida" entre o impresso alternativo e marginal "Flor do Mal" de 1971, que circulou nos grupos contraculturais cariocas neste período, e o seu correspondente designer gráfico, Rogério Duarte, no contexto da Marginália, esgotamento do projeto tropicalista e acirramento do cerceamento às atividades artísticas no Brasil.
O presente artigo aborda as múltiplas temporalidades e expressões da representação imagética da garota carioca em um cartão-postal específico para responder a seguinte pergunta: quem é essa garota? Ou melhor, como ela foi construída e por quê? Para isso, foi necessário um percurso a partir da percepção eucrônica da imagem, que perspassam justamente as questões referentes ao seu tempo de produção - o Brasil do começo do século XXI - e a sua reprodutibilidade. A partir de rótulos de embalagem e ilustrações em revista, os questionamentos não foram sanados, mas persistentes ao se refletir sobre a colonialidade de gênero nos impressos brasileiros a partir do mote feminista de distinção entre público e privado de “nosso corpo nos pertence”.
Resumo: Este artigo, parte de uma monografia, investiga e reflete sobre as relações entre o design gráfico e a produção da arte concreta utilizando o artista Luiz Sacilotto como intermediador de tais relações. A pesquisa parte da origem da arte concreta, faz um estudo sobre a produção de design gráfico no Brasil desde os anos 1950 e o ensino do design no Brasil. Por fim, são estabelecidas quais são as associações contextuais, formais e estéticas, como elas se estabelecem e como elas funcionam, influenciando outros artefatos gráficos em períodos posteriores e abrindo espaço para uma gama de reflexões a respeito do design em um cenário brasileiro e como demarcador de uma cultura material.
Palavras-chave:Design. Design Gráfico. Arte Concreta. Luiz Sacilotto. Arte Brasileira. Linguagem Visual.Abstract: This article , part of a monograph, investigates and reflects about the relations between graphic design and the production of concrete art using the artist Luiz Sacilotto as mediator of those relations. The research begins on the origin of concrete art, makes a study of graphic design production in Brazil since the 1950s and the teaching of design in Brazil. Finally, are established which are contextual, formal and aesthetic associations, as they are established and how they work, influencing other graphic artifacts in subsequent periods and making room for a range of reflections about the design in a Brazilian setting and as path a material culture.
Resumo AbstractEste artigo consiste na decodificação da visualidade tropicalista de Rogério Duarte em suas duas peças gráficas: a capa do álbum "Caetano Veloso" (1968) e "Gilberto Gil"
This paper consists on the decodification of Rogério Duarte's Tropicália visual aspects in two of his graphic works: the album covers of "CaetanoVeloso" (1968) and "Gilberto Gil" (1968
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.