Resumo Objetivou-se apreciar pesquisas qualitativas que tomam por base o contexto da Reforma Psiquiátrica brasileira. Para tanto, realizou-se revisão integrativa nas bases de dados Lilacs e Scielo que resultou na seleção de 25 artigos. Em síntese, os sujeitos das pesquisas são trabalhadores, usuários e familiares; os cenários são predominantemente os Centros de Atenção Psicossocial; e as temáticas abordam preponderantemente a dimensão técnico-assistencial da Reforma. Da análise resultaram duas categorias temáticas: Reforma Psiquiátrica brasileira: processo social complexo ou reforma de modelos? – que aborda a supremacia de pesquisas científicas voltadas para as inovações e tecnologias assistenciais em saúde mental, em detrimento dos âmbitos político, ideológico e social que compreendem a Reforma brasileira; Reforma ou revolução: atores sociais entre parênteses? – traz como proposta para reverter essa situação uma revolução permanente em todas as frentes, convocando a força dos movimentos sociais. Urge a necessidade de resgatar o fundamento político e a direção dos movimentos sociais na luta de classes, posto que não cabe apenas recusa ou denúncia, mas criar formas instituintes e revolucionárias de viabilizar a Reforma.
Resumo A interface rua e saúde mental adensa vulnerabilidades, o que dificulta a garantia do direito à saúde. Obetivou-se analisar como se dá a atenção à saúde da População em Situação de Rua no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial em Natal-RN. Pesquisa de campo, qualitativa descritivo-exploratória. Realizou-se grupo focal com 10 profissionais dessa rede e entrevista semiestruturada com 13 pessoas em situação de rua. Os resultados foram submetidos à análise de conteúdo temática, sistematizados em duas categorias: 1) A vida nua da População em Situação de Rua; 2) Os nós da rede e os fluxos de vida da População em Situação de Rua. Tem-se uma invisibilização da população em situação de rua ou uma associação a estigmas e rótulos. Delineia-se o espaço da rua de exceção, vida nua. Nessa condição, essas pessoas enfrentam inúmeras barreiras no acesso à rede no cenário estudado. Destacam-se inúmeros desafios da rede frente às dissonâncias de uma política que ao mesmo tempo que cuida, segrega, isola, tutela, cerca. Identificaram-se entraves que caminham na contramão da Reforma Psiquiátrica brasileira e potencialidades que favorecem sua efetivação resistindo na “corda bamba”.
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