Entrevistado e entrevistadores declaram não haver nenhum interesse profissional ou pessoal que possa gerar conflito de interesses em relação a esta entrevista.
Este artigo busca fazer uma leitura da obra de Antonio Peticov à luz da psicologia analítica. Jung considerava a imaginação como uma das principais funções da psique, isto é, ela é a expressão direta da atividade vital e uma forma pela qual a energia psíquica manifesta-se na consciência. É pela fantasia que o homem é capaz de lançar-se em um processo de simbolização, de maneira a tornar-se um criador inesgotável de novas possibilidades culturais. A psique, ao encher-se de imagens em um fluxo contínuo, dá amplitude à experiência exterior. Desse modo, a obra de Peticov emerge como uma fotografia do inconsciente, revelando seus aspectos pessoais e coletivos. Contextualizada dentro de um tempo histórico, ela nos fornece uma leitura do movimento de seu tempo, do zeitgeist, ou seja, do espírito da época, e pode também ser prospectiva, nos indicando o que está por vir.
Este artigo tem por objetivo refletir sobre as pessoas nascidas no contexto da ausência paterna, os “filhos da mãe”. A partir do entendimento do inestimável valor do fenômeno relacional humano e do funcionamento psíquico, este trabalho aplica os princípios de animae animuspropostos por Jung,considerando que tais princípios explicam a dualidade entre os sexos, por um lado, e dão sentido à própria experiência subjetiva, por outro. Discute-se também a diferenciação entre os filhos da mulher com um ego estruturado e uma boa relação com seu lado masculino e os filhos da mulher com o animusatuando de modo autônomo. Parte-se do pressuposto de que é preciso olhar para a biologia e para a psicologia de maneira integrada, pois se o cérebro molda a psique, a psique também molda o cérebro. Não há como supor que o homem seja regido por logose a mulher por Eros, mesmo que sejam entendidos como elementos que compõem tanto o masculino quanto o feminino. Capacidade de decisão, iniciativa, coragem e honestidade nascem do lado positivo do animusque, no seu aspecto maior, personifica uma elevada profundidade espiritual.
O objetivo deste estudo foi compreender o relacionamento dos filhos com mães portadoras de transtorno bipolar do humor, a partir do referencial teórico junguiano. Analisou-se o impacto da psicopatologia da mãe na vida de seus filhos, a percepção deles em relação ao vínculo afetivo que possuem com suas mães e as possibilidades/ impossibilidades de interações entre ambos. Foram realizadas e analisadas seis entrevistas com pessoas dos sexos feminino e masculino, idade adulta, filhas e filhos de mães com esse diagnóstico. As entrevistas seguiram um roteiro de perguntas abertas e a aplicação de desenhos com a temática da relação mãe e filho. Observou-se que o diagnóstico psiquiátrico de transtorno bipolar de humor nas mães acarretou prejuízos emocionais para os filhos, interferindo diretamente na fase de desenvolvimento de alguns participantes que, por vezes, assumiram o papel de cuidadores em idade ainda precoce e apresentaram perceptíveis características de personalidade ansiosa. Por outro lado, a dor pareceu transformar-se em resiliência e criatividade, somada ao suporte social, mostrou-se um caminho para uma condição mais fortalecida e para que esses indivíduos se tornassem protagonistas de suas próprias histórias.
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