ResumoUma análise histórica dos primeiros conhecimentos em Geografia demonstra que é antiga a associação entre esta e a Medicina, podendo ser identificada desde a Antiguidade a menção ao tratamento de temas relacionando saúde, ambiente e o espaço. No momento em que a geografia transforma-se em ciência, no fim do século XIX, os contatos iniciais entre a Geografia e a Epidemiologia levaram aos estudos em Geografia Médica, relacionados à descrição minuciosa da distribuição regional das doenças. No século XX, os conceitos de "foco natural de doença", do parasitologista Evgeny Pavlovsky e de "complexo patogênico", do geógrafo francês Maximillien Sorre aprofundaram tais estudos. Nosso objetivo principal é analisar a contribuição que estes dois cientistas/pensadores, através dos conceitos que criaram, trouxeram aos estudos em Geografia Médica. Neste estudo, através do resgate e da correlação entre os principais conceitos de Pavlovsky e de Sorre, queremos destacar sua importância como instrumentos de análise e integração entre a geografia e a epidemiologia, recuperando, ainda, uma das mais novas "evoluções" da Geografia Médica: a Saúde Ambiental.
Este artigo objetiva resgatar o processo de configuração territorial dos chamados "Sertões do Leste" no Brasil Colônia, recorte este de delimitação imprecisa, que compreendia essencialmente o vale do rio Paraíba do Sul, a Zona da Mata mineira e o vale do rio Doce. Buscaremos demonstrar como a abrangência do termo sertão ultrapassa a concepção relacionada aos domínios climato-botânicos do cerrado e da caatinga, sendo aqui empregado à área de ocorrência da Mata Atlântica. Voltaremo-nos também à análise de como os interesses político-econômicos da Coroa portuguesa atuaram sobre aquele domínio natural, com vistas ao controle do acesso às vias de escoamento do ouro e dos diamantes das minas. Em sequência, buscaremos evidenciar o surgimento da região geográfica resultante dos processos anteriormente mencionados, bem como a incorporação dessa porção territorial à ordem econômica cafeeira. A região em foco, resultado de processos naturais e sociais recíprocos, permite uma abordagem interacionista, sendo, assim, passível de uma análise à luz da História Ambiental.
Grupo 2-Os naturalistas-geógrafos (de 1740 a 1820, aproximadamente). Contrariamente àqueles do primeiro grupo, esses viajantes embarcam com preocupações principalmente ligadas à história natural, para se tornarem, pouco a pouco, geógrafos modernos. Muito bem inscritos no espírito do século, são os relatos
Utilizando-nos apenas de algumas das obras de Verne a título de exemplo, teremos entre nossos objetivos, neste trabalho, destacar alguns temas, características e elementos da geografia presentes nas obras de Verne que nos dão provas da enorme preocupação que este autor conferiu à geografia e aos temas relacionados à nossa disciplina. Podemos destacar três características na obra de Verne, no que tange a geografia: 1) A preocupação com a natureza da geografia e com o papel do geógrafo. Assim, nossa principal contribuição neste trabalho será investigar essas duas preocupações que parecem curiosamente incomuns entre aquelas que atraem um escritor de ficção, uma vez que concernem à história do pensamento geográfico mais especificamente; 2) A não inscrição de sua obra em uma determinada Escola do Pensamento Geográfico; 3) A situação de trabalhar dentro de uma “geografia antes da geografia”, mas, ao mesmo tempo prever o nascimento de uma geografia moderna. Trataremos ainda da obra de Verne sob dois aspectos: o divulgador científico e o visionário. Como divulgador da geografia que se fazia em sua época, os exemplos são muitos em toda a sua obra e se encontram no cotidiano de seus personagens. Como visionário, não lhe escapou nem mesmo a previsão do nascimento da geografia moderna. Podemos dizer que Júlio Verne fez da ciência uma presença viva em todas as suas obras e que encontrou na “verdadeira” geografia a certeza de estar escrevendo sobre a maior das aventuras humanas – a conquista da Terra.
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