Objetivo: Conhecer o número de casos e taxa de detecção de sífilis em gestantes e de sífilis congênita no Brasil, bem como o perfil dessas gestantes e o momento do diagnóstico. Métodos: Estudo ecológico, com dados referentes à sífilis em gestantes e sífilis congênita no Brasil no período de 2011 a 2020, obtidos na plataforma online de indicadores de Sífilis do Ministério da Saúde. Resultados: Foi observado um aumento gradativo da incidência de sífilis materna e consequentemente de sífilis congênita. Foram registrados 385.412 casos de sífilis em gestantes e 190.034 casos de sífilis congênita no período em estudo. A taxa de detecção de sífilis para cada 1.000 nascidos vivos foi de 4,7 em 2011 e 20,6 em 2020 em gestantes e de 3,3 em 2011 e 7,7 em 2020 em menores de um ano. A sífilis em gestantes foi mais prevalente em mulheres jovens, pardas e de baixa escolaridade. Houve um aumento gradativo no decorrer dos anos do estudo do diagnóstico materno de sífilis no pré-natal nas fases latentes e no 1º trimestre. Conclusão: O Brasil ainda apresenta índices preocupantes em relação à sífilis na gestação e à sífilis congênita, podendo ser consideradas como doenças reemergentes.
Objetivo: Conhecer os avanços e desafios obtidos com a implementação da Rede Cegonha no ambiente hospitalar. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão integrativa das bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), com temas referentes à Rede cegonha, a partir de 2010. Resultados: Foram obtidos 9 artigos, na SciELO (55%), e BVS e Lilacs (22,2%ada). O ano de 2013 correspondeu a 55% publicações e, 2010, 2011, 2012 e 2015 (22,2% cada), sendo 66,7% de caráter qualitativo, 22,2% documental e 11,1% revisão bibliográfica. Dos artigos, 33,3% são do Rio de Janeiro e, Minas Gerais, São Paulo com 22,2%, Espírito Santo e Pernambuco com 11,1%. Embora a Rede Cegonha (RC) seja uma, estratégia que assegura às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, estudos revelam vulnerabilidade quanto à assistência ao pré-natal. Considerações finais: Na RC, o acolhimento com dignidade é o principal objetivo, assim, há necessidades de implantar protocolo de Manchester Obstétrico para o melhor fluxo de atendimento, além de capacitar profissionais, visando o desenvolvimento de suas atividades qualidade dentro do Hospital.
Objetivo: Analisar a ótica dos gestores municipais diante das Oficinas de Planificação da Atenção Primária, realizadas na 6ª Região de Saúde no Rio Grande do Norte. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, analítico e qualitativa realizado no período de 2011 a 2013. O percurso teórico-metodológico pautou-se na pesquisa avaliativa de quarta geração. Resultados: De forma geral, a visão da Atenção Primária é ampla, sendo reconhecida como nível de atenção essencial para desenvolver ações de promoção, proteção e recuperação, no entanto, predomina como problemática o subfinanciamento, falta de prioridade política e a desvalorização dos servidos e, referente a influência das Oficinas de Planificação e sua metodologia como instrumento organizacional da APS, foi consensual sua contribuição. Todavia, apesar dos consensos, foram apontadas contrariedades ao período político durante as oficinas, frustração dos grupos envolvidos, rotatividade dos técnicos das Oficinas e falta de apoio da gestão. Conclusão: Apesar do cenário de subfinanciamento, instabilidades política, desvalorização dos servidores e falta de apoio da gestão, foi consenso a positividade da Planificação da APS, utilizadas frente ao planejamento estratégico de ações e serviço de forma integral e regionalizada, além de ampliar conhecimentos no contexto da saúde.
Objetivo: Analisar o uso das ferramentas de Vigilância em Saúde, por enfermeiros gerentes, no processo de planejamento e avaliação das equipes da Estratégia Saúde da Família do Nordeste do Pará. Metodologia: Estudo qualitativo com 7 Enfermeiros das Unidades de Saúde da Família. Realizou-se entrevista e análise pelo método de Bardin e IRAMUTEC utilizando a Classificação Hierárquica Descendente e análise de similitude, produzindo seis classes lexicais representadas em Dendograma, considerando palavras com significância (p>0,05), conforme frequência total (f) e qui-quadradro (x²). Resultados foram expressos em Dendrograma, árvore de similitude e recortes das entrevistas em quadros matriciais. Resultados: Obteve-se a clivagem de 151 seguimentos de textos, aproveitando 76,16%, 5361 palavras, 633 ativas, 95 suplementares e média de 35,5 por seguimento. A partir da análise de similitude, percebe-se a palavra “Não” como núcleo central, ligado a “Vigilância em Saúde”, “Saúde” e “Ação”, portanto, inferindo a uma negação, falta, ausência e/ou uma problemática no contexto analisado. Conclusão: A descentralização das responsabilidades entre municípios não oportunizou o desempenho às demandas. Ficam evidentes a não adesão, nos modelos de gerencias e atenção à saúde, das ferramentas de Vigilância em Saúde nas Unidades de Saúde da Família do Nordeste do Pará, portanto, a não adequação das ações e serviços na Estratégia Saúde da Família considerando as características locais.
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Objetivo: Apresentar resultados de Revisão Sistemática da literatura científica que trata como estigmas de raça/cor da pele influenciam na saúde mental dos estudantes universitários negros. Metodologia: A pesquisa foi realizada nas bases de dados SciELO, Lilacs e PubMed; os descritores usados foram: “saúde mental”, “estudantes” e “raça”, nas bases SciELO e Lilacs, e “mental health”, “students” e “race” na base PubMed. Os filtros utilizados foram: artigos em português e inglês, texto completo, publicados no ano de 2015 até 2020. Resultados: Realizada a busca, um estudo brasileiro e 12 norte-americanos respondiam à questão norteadora proposta, tendo sido selecionados para análise. A maioria dos estudos (08) eram transversais quantitativos, utilizando questionários na investigação proposta. Além desses, identificou-se uma meta-síntese interpretativa qualitativa; um estudo transversal baseado em entrevista semiestruturada; e três estudos longitudinais. Conclusão: Torna-se evidente diante de tal pesquisa a raridade de artigos que incluam a variável raça nas análises sobre saúde mental de estudantes universitários; isso denota negligência às especificidades enfrentadas pelo estudante negro em função do racismo. A escassez percebida motiva novos estudos sobre a dimensão do problema e sobre possíveis soluções para inclusão e formação de melhores profissionais.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional no Município de Parnamirim – RN e os fatores predispostos à incidência da sífilis congênita, no período de 2010 a 2019. Metodologia: Estudo observacional e descritivo dos indicadores: taxa de detecção/1000 nascidos vivos da sífilis gestacional e congênita; perfil em gestantes e a situação assistencial no Pré-Natal. Resultados: Foi observada oscilação dos casos durante o período, sendo a sífilis gestacional, com máxima de 11,7/1000 em 2018 e congênita, com 2,3/1.000 em 2019. Houve maior frequência na faixa etária de 20 a 29 anos totalizando 51%, de nível fundamental incompleto (39,4%), idade gestacional de diagnóstico no terceiro trimestre (44,1%) e classificação clínica para sífilis latente (53%). Ao modelo assistencial, foi frequente à realização do Pré-Natal, com máxima de 88,5%; ao período diagnóstico no parto e pós-parto (52,9%) e, quanto ao esquema de tratamento, 76% foram inadequados. Referente ao indicador de APS apresenta decréscimo durante o período, com 61,7% para cobertura de ESF e 72,5% para AB em 2019. Conclusão: Foi observado oscilação dos casos de sífilis, expondo lacunas no controle da doença, e falhas no modelo assistencial da Atenção Primária disposto no município, sobretudo, durante Pré-Natal, portanto, aumentando os riscos de transmissão vertical para sífilis.
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