Introdução: A pandemia da doença por coronavírus 19 (COVID-19) contribui para a exacerbação do estresse e sofrimento dos profissionais de saúde. Por isso, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre o medo da COVID-19 e a sobrecarga física e mental dos profissionais de saúde em atendimento contínuo de pacientes durante a pandemia de COVID-19 em duas cidades da região do Campo das Vertentes no estado de Minas Gerais. Material e Métodos: Foi realizado um estudo descritivo transversal com 77 profissionais de saúde (32 (14) anos; 67,5% do gênero feminino) que estavam em atendimento contínuo durante a pandemia de COVID-19. Dados sociodemográficos e profissionais foram coletados e o medo foi avaliado pela Escala de Medo da COVID-19 (EMC-19), sintomas depressivos pelo Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9) e síndrome de Burnout pelo Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey (MBI-HSS). Resultados: O escore total da EMC-19 se correlacionou com a carga horária de trabalho semanal (r= 0,395; p<0,001), o PHQ-9 (r= 0,332; p= 0,003) e as dimensões exaustão emocional (r= 0,253; p= 0,026), despersonalização (r= 0,243; p= 0,033) e baixa realização pessoal (r= -0,389; p<0,001) do MBI-HSS. No modelo de regressão linear ajustado para potenciais fatores confundidores, a EMC-19 continuou significativamente associada com a baixa realização pessoal apresentando coeficiente de determinação ajustado de 0,372 (p<0,001). Conclusão: O medo da COVID-19 nos profissionais de saúde em atendimento contínuo de pacientes durante a pandemia de COVID-19 nas duas cidades da região do Campo das Vertentes no estado de Minas Gerais se relacionou com sintomas depressivos e as características da síndrome de Burnout de exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal.
PÚBLICA" através de pesquisas científicas aborda em seus 17 capítulos o conhecimento multidisciplinar que compõe essa grande área da saúde pública em diversas modalidades.Almeja-se que a leitura deste e-book possa incentivar o desenvolvimento de estratégias de atuação coletiva e educacional.A Saúde, enquanto estado vital, setor de produção e campo do saber, está articulada à estrutura da sociedade através das suas instâncias econômica e político-ideológica, possuindo, portanto, uma historicidade. As ações de saúde (promoção, proteção, recuperação, reabilitação) constituem uma prática social e trazem consigo as influências do relacionamento dos grupos sociais. Na América Latina, e no Brasil em particular, realiza-se nas duas últimas décadas um trabalho de construção de novas teorias, enfoques e métodos da epidemiologia e da planificação em saúde, além de investigações concretas buscando a aplicação de métodos das ciências sociais no campo da saúde coletiva. Desse esforço de reconstrução teórica, tem emergido no campo novos objetos de conhecimento e de intervenção, como por exemplo os casos da comunicação social em saúde e da vigilância em saúde. Nesse aspecto, cabe referir o desenvolvimento científico e tecnológico do campo mediante importantes contribuições nas
Introdução: Os acidentes ofídicos são responsáveis por morbimortalidade significativa nos países tropicais, especialmente no sul e sudeste da Ásia, na África subsaariana e na América Latina. São conhecidas aproximadamente 3.000 espécies de serpentes, das quais de 10 a 14% são consideradas peçonhentas. A
Introdução: O câncer associado à gravidez corresponde a toda neoplasia diagnosticada durante a gestação ou até 12 meses após o parto, e configura um evento raro. O câncer de colo uterino (CCU) é o tumor que mais se associa com a gravidez, e a quimioterapia é a abordagem terapêutica mais empregada no manejo da doença oncológica. Os agentes platinantes, sobretudo a cisplatina, principal quimioterápico utilizado na abordagem do CCU, possuem características nefrotóxicas e ototóxicas, além de interferir na fertilidade e apresentar potencial teratogênico. A radioterapia está estritamente relacionada com prejuízos à vascularização e consequente aumento da incidência de aborto. Objetivo: Analisar os efeitos adversos de tratamentos oncológicos na gestação e na fertilidade da mulher. Material e métodos: Revisão narrativa da literatura, com buscas nas bases PubMed, SciELO, Cochrane, e Google Scholar, incluindo-se, publicações em português e inglês. Foram excluídos artigos que não se relacionavam com o tema e os publicados há mais de 10 anos, sendo selecionados 7 artigos para o estudo. Resultados: Cerca de 2% dos casos de CCU ocorrem em gestantes, sendo a abordagem quimioterápica voltada para regressão ou estabilização tumoral enquanto se aguarda a viabilidade fetal. A cisplatina é o quimioterápico mais utilizado, visto que menos de um terço da dose atravessa a placenta, sendo associada à vincristina ou paclitaxel mediante doença metastática. A radioterapia propicia falência ovariana transitória ou permanente (de acordo com a dose empregada), interfere na vascularização e no desenvolvimento uterino, favorecendo aborto, perda gestacional de segundo trimestre, parto pré-termo e baixo peso ao nascimento. Radioterapia pélvica em dosagens entre 5 e 10 Gy é tóxica devido à radiossensibilidade ovariana, mas os efeitos sobre o feto dependem da idade gestacional e da dose empregada. Doses inferiores a 10cGy não causam prejuízos ao feto, no entanto, a dose habitual empregada enquanto terapêutica oncológico é de 4.000cGy a 8.000cGy. Conclusão: É relativamente seguro administrar agentes antineoplásicos durante o segundo e o terceiro trimestres de gestação, mas no primeiro, pode ocasionar aborto espontâneo e maior risco de malformações fetais. E além dos possíveis riscos teratogênicos, a fertilidade também pode ser afetada pelos tratamentos oncológicos locais ou sistêmicos.
Introdução: O linfoma de células do manto é um linfoma não-Hodgkin de células B maduras, que comumente evolui de forma indolente, sendo tipicamente uma doença agressiva. Corresponde a cerca de 7% dos casos de linfomas não-Hodgkin, com incidência estimada de 4 a 8 casos por milhão de pessoas por ano. 70% dos pacientes apresentam doença em estágio avançado ao diagnóstico, frequentemente associado à linfadenopatia. O diagnóstico é feito através de biópsia, histologia e imuno-histoquímica de rotina. Objetivo: Relatar apresentação atípica de linfoma de células do manto. Relato de caso: Paciente feminino, 50 anos, admitida no hospital com relato de dor abdominal, inapetência e ascite volumosa iniciados há dois meses, evoluindo com piora progressiva. Na admissão encontrava-se hipocorada (++/4+), desidratada (+/4+) e com esforço respiratório discreto que piorava com movimentação ativa, também evidenciada em decúbito. Ao exame físico abdome globoso, doloroso à palpação superficial e profunda, sem sinais de irritação peritoneal e com sinal de piparote positivo. A palpação foi prejudicada pela ascite, mas evidenciou hepatoesplenomegalia (com fígado e baço a 9 e 14 cm, respectivamente, abaixo do rebordo costal). Apresentava ainda linfonodomegalia em fossa cubital de membro superior direito, cuja biópsia evidenciou hiperplasia linfóide à custa de células linfóides pequenas difusas. Para auxílio diagnóstico foi efetuado imunofenotipagem que demonstrou presença de linfócitos B anômalos e clonais para cadeia leve Lambda, na frequência de 65% da celularidade total, compatível com doença linfoma de células do manto, confirmado à biópsia de medula óssea. Apresentou melhora do padrão respiratório mediante realização de paracentese de alívio e foi encaminhada para tratamento quimioterápico. Discussão: O padrão histológico de crescimento nodal do linfoma de células do manto pode ser difuso, nodular ou zona do manto, ou ainda uma combinação destes. As células tumorais expressam altos níveis de imunoglobulina M de membrana de superfície e imunoglobulina D, mais frequentemente do tipo de cadeia leve Lambda. Conclusão: O curso do linfoma de células do manto é moderadamente agressivo e variável. A abordagem terapêutica pretende prolongar a sobrevida livre de doença. A paciente desse caso segue com abordagem quimioterápica apresentando resposta relativa.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.