ResumoA saúde resulta da interação de fatores biológicos, sociais, econômicos, políticos e culturais. Nessa perspectiva, objetivou-se analisar a relação entre o trabalho nos hospitais públicos de urgência e emergência e o processo de saúde-adoecimento dos profissionais que o executam. Tratase de uma pesquisa de natureza quantiqualitativa, na qual foram aplicados questionários com 240 profissionais (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, dentistas, nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais). Os resultados demonstraram que os sujeitos reconhecem a importância do trabalho para garantia de condições favoráveis à saúde. Entretanto, destacam seus efeitos no desgaste físico e psíquico dos trabalhadores, por impulsionar estresse, ausência de hábitos saudáveis, hipertensão arterial, distúrbios do sono, osteomusculares e gastrintestinais. Torna-se premente enfrentar esta realidade, para potencializar a saúde dos profissionais e, por conseguinte, a qualidade da assistência ao usuário, visto que o adoecimento dos trabalhadores de saúde está fortemente relacionado com o modelo de saúde existente na sociedade.
Este artigo apresenta reflexões sobre a unidade teoria-prática no âmbito do Serviço Social, apontando os principais dilemas que a perpassam, tendo como base o estágio supervisionado. Busca particularizar o estágio como o momento potencializador dos grandes questionamentos sobre o sentido atribuído à relação entre a teoria e a prática e as formas como se expressa essa relação no cotidiano profissional. Discorre sobre o papel fundamental que a supervisão de estágio assume como processo didático-pedagógico, capaz de articular as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, as quais compõem a formação e o exercício profissional.
Este artigo objetiva analisar as determinações sociais da saúde inerentes ao modelo societário capitalista, bem como os rebatimentos da contrarreforma do Estado na política de saúde na realidade brasileira. Desse modo, realizamos uma revisão literária a partir da perspectiva crítico-dialética, a qual nos permitiu apreender a saúde inserida como espaço de contradição, conflitos e interesses disputado pelo setor privado, atrelado à lógica lucrativa do capital, o que acaba corroborando para sua focalização, fragmentação e não efetivação da universalidade. Na contemporaneidade, a saúde vem sendo pactuada na concepção mercadológica, passando a constituir um mecanismo de contradição e, principalmente, de negação de direitos, contrariando o fato de estar ancorada ao princípio universal, participativo e descentralizado. Ao fim da leitura, pode-se apreender que a atuação do Estado capitalista pautado no neoliberalismo vem impulsionando desmonte dos direitos arduamente conquistados pela classe trabalhadora, com reflexos nefastos na política de saúde.
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