RESUMO A mancha parda (Bipolaris oryzae) é uma das mais importantes doenças foliares do arroz. Nesse estudo, alguns componentes de resistência e algumas variáveis bioquímicas amplamente conhecidas como mecanismos de defesa de plantas contra patógenos foram avaliadas em genótipos de arroz classificados, segundo SOSBAI, como moderadamente suscetível, moderadamente resistente e resistente, buscando entender epidemiológica e bioquimicamente como ocorre a variação na resistência dos diferentes genótipos. Sete cultivares de arroz foram inoculadas com 1 × 104 conídios mL-1 de B. oryzae nas quais foram avaliados os seguintes componentes de resistência: eficiência relativa de infecção (ERI); número final de lesão (NFL); comprimento final de lesão (CFL); taxa de expansão de lesão (r) e a severidade final (SF). Além disso, também foram avaliadas variáveis bioquímicas, como atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), peroxidase (POX), quitinase (QUI) e fenilalanina amônia-liase (FAL). Os resultados demonstram diferenças significativas entre as cultivares para os componentes de resistência, bem como nas atividades enzimáticas. Todos os genótipos testados foram suscetíveis a B. oryzae, variando quanto ao nível de resistência parcial a mancha parda. As variáveis de r e CFL apresentaram maior correlação com a SF indicando serem as variáveis que mais influenciam a intensidade final da doença em cada genótipo. Os genótipos com maior resistência parcial a mancha parda apresentaram alterações caracterizadas como antecipação, potencialização e prorrogação da atividade das enzimas QUI, FAL, CAT e POX.
O arroz é um dos cereais mais cultivados no Brasil. O incremento de CO2 atmosférico é uma das principais variáveis ambientais que podem afetar a produtividade das plantas cultivadas. Assim, o objetivo neste estudo foi avaliar os efeitos da elevação da concentração do CO2 atmosférico sobre características morfofisiológicas e rendimento de grãos em dois genótipos de arroz no Sul do Brasil. Para tal, plantas de arroz das cultivares BRS Querência e Inov CL foram cultivadas sob duas concentrações de CO2 (400 ou 700 ppm). As variáveis avaliadas foram trocas gasosas, alterações morfológicas e componentes de rendimento de grãos. Plantas cultivadas a 700 ppm de CO2 apresentaram aumento na taxa fotossintética e na concentração interna de CO2 e redução na condutância estomática de vapores de água e na taxa transpiratória. Nestas plantas ocorreu incremento na estatura, comprimento de raiz e massa seca da parte aérea e de raiz, em estágio vegetativo. No estágio reprodutivo, plantas cultivadas a 700 ppm de CO2 apresentaram incremento na estatura e na massa seca de raiz. Em relação ao rendimento, ocorreu incremento no número de grãos por panícula, no peso de mil grãos, no peso por panícula e redução de grãos chochos. Assim, concluímos que o incremento na concentração de CO2 atmosférica influência no desempenho agronômico do arroz cultivado no Brasil através de alterações fisiológicas, ganho de biomassa e no incremento do rendimento de grãos.
AGRONOMIA (AGRONOMY) RESUMO: O tomateiro é uma solanácea de grande importância no contexto do agronegócio, sendo a hortaliça-fruto mais consumida no mundo. Mudanças climáticas, como incremento na concentração atmosférica de CO 2 tem gerado preocupação quanto à segurança alimentar por influenciar diretamente na produção de alimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da elevação da concentração do CO 2 atmosférico sobre características morfofisiológicas e de produção do tomateiro. Para tal, plantas da cultivar Micro-Tom foram cultivadas em 400 ou 700 μmol mol-1 de concentrações de CO 2 atmosférico e avaliadas quanto ao crescimento, respostas fisiológicas, e produção e qualidade dos frutos. Os resultados demonstram que a elevação de 400 para 700 μmol mol-1 CO 2 na atmosfera gera alterações morfofisiológicas no tomateiro. Em plantas cultivadas a 700 μmol mol-1 CO 2 ocorreu redução na concentração de clorofilas, e incremento na concentração de flavonoides, área foliar, matéria seca foliar, índice de qualidade de Dickson, tamanho e peso de frutos, e produção por planta. Em relação à coloração do fruto foi verificado elevação do a* e redução do croma em resposta a elevação da concentração de CO 2. Conclui-se que a elevação do CO 2 atmosférico até 700 μmol mol-1 resulta em alterações em processos fisiológicos e ganho de área foliar em tomateiro, bem como, aumenta a sua produção e a qualidade visual do tomate produzido. Palavras-chave: aumento de biomassa; elevação do CO 2 ; mudanças climáticas; open-top chambers; Solanum lycopersicum L.
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