. et al. Epidemia de leishmaniose visceral no Estado do Piauí, Brasil, 1980-1986. Rev. Saúde públ, S. Paulo, 24: 1990.RESUMO: Analisou-se a epidemia de calazar ocorrida no Estado do Piauí, no período de 1980-1986. Os dados foram coletados pela SUCAM-Piauí, órgão do Ministério da Saúde para o controle de endemias, pela busca ativa na rede de assistência à saúde do Estado. A epidemia iniciou-se em municípios do centro e do norte, em 1980. No interior, ao contrário do período endêmico, quando predominou em áreas de maior altitude e clima semi-árido, a epidemia grassou nos vales de rios e em região mais úmida, de clima tropical. A capital do Piauí, Teresina, foi atingida em 1981, com pico epidêmico em 1984 e tendo sido responsável por mais de 60% dos 1.509 casos de todo o Estado. Foram feitas tentativas de controle pelo uso intensivo de inseticidas e eliminação de cães. Nas outras regiões do Piauí, borrifadas intensivamente para o controle da doença de Chagas e da malária, a epidemia foi pouco importante e cedeu espontaneamente. Nem a casuística e nem a população flebotomínica de Teresina apresentaram variações sazonais significativas, mas estiveram moderadamente correlacionadas entre si. Houve maior prevalência em menores de cinco anos, principalmente nos anos de maior incidência, e menor em maiores de 40 anos. A distribuição geográfica do processo epidêmico e a concomitância de seu início com seca prolongada acompanhada de emigração de pessoas e animais domésticos procedentes de regiões endêmicas para aquelas epidêmicas, sugerem que estes movimentos migratórios desencadearam a epidemia. O fato de o processo epidêmico ter cedido espontaneamente em áreas onde não se tentou o seu controle indica que não se pode atribuir apenas às medidas de controle o fim da epidemia. A partir da análise dos coeficientes de incidência específicos por faixa etária, é discutida a possiblilidade da progressiva redução na proporção de suscetíveis, determinada tanto por um grande número de infecções assintomáticas como pela ocorrência de imunidade duradoura, ter contribuído para a extinção da epidemia. DESCRITORES:
Visceral leishmaniasis (VL) caused by is a lethal disease transmitted by sand flies. Although, considered a zoonosis with dogs held as the main reservoirs, humans are also sources of infection. Therefore, control policies currently focused on dog culling may need to consider that VL and human immunodeficiency virus (HIV)/VL patients may also be infectious, contributing to transmission. Reservoir competence of patients with VL without and with HIV infection and of persons asymptomatically infected with was assessed by xenodiagnosis with the vector . Parasites in sand fly's guts were identified by using optical microscopy and by conventional polymerase chain reaction (PCR). blood parasite burden was determined by quantitative PCR. Among the 61 participants, 27 (44%) infected sand flies as seen by microscopy or PCR. When infectiousness was assessed by microscopy, xenodiagnosis was positive in five (25%) patients not infected with HIV, whereas nine (45%) of those harboring HIV were positive. Among the 19 asymptomatic patients four (21%) infected sand flies only demonstrated by PCR. One (50%) asymptomatic patient with HIV had a positive xenodiagnosis by microscopy. 9/372 (2.4%) and 37/398 (9.2%) sand flies were infected when feeding in patients without and with HIV, respectively. Infectiousness was poorly correlated with quantitative PCR. The study shows that asymptomatic humans are capable of transmitting , that ill persons with HIV infection are more infectious to sand flies, and that humans are more important reservoirs than previously thought. This fact may be considered when designing control policies for zoonotic VL.
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