Antes de mais nada, agradeço à CAPES, que financiou o desenvolvimento da pesquisa aqui apresentada.Em seguida, à Verónica Galíndez, que, mesmo distante, orientou este trabalho com rara dedicação e competência.Também aos professores que compuseram a banca de meu Exame de Qualificação -Maria Sílvia Cintra Martins e Roberto Zular -, cujas observações e sugestões muito contribuíram para o avanço da pesquisa.Igualmente ao Álvaro Faleiros, pela grande e constante generosidade.À Edite e à Dóra, funcionárias do DLM -FFLCH/USP, que me ajudaram a solucionar vários "pepinos" burocráticos.Às professoras Adriana Zavaglia, Claudia A. Pino, Cristina M. Pietraroia, Eliane Lousada, Véronique Dahlet e Véronique Bonnet, pela formação mais ampla nos estudos linguísticos, literários e tradutológicos em francês.A alguns amigos e amigas especiais -Milena, Bel, Isa, Pedro, Hiago, Iuri, Mateus, Juliana, Priscila, Ariadne, Léo, Flávia -, por tantos projetos e tantas discussões. À Caroline Micaelia, amiga querida, pelo companheirismo de estrada. À Emília Amaral, pelo ponto de partida e outras intensas iniciações.Ao Lincoln Amaral, um dos melhores ouvintes destes projetos de oralidade.Ao Thiago Mattos, meu companheiro na vida cotidiana e extraordinária.Agradeço, por fim, à minha família mais ampla: meus tios e tias, meus primos e primas. E, em especial, à irmã Elisa, ao irmão Homero, a meu paie à memória de minha mãe e de minha avó. Sem vocês, tenho certeza, nada disso teria sido possível! RESUMO AMARAL, H. P. Praia negra, praia ardente: uma leitura do oral em Poétique de la Relation, de Édouard Glissant. 2019. 150 f. Dissertação (Mestrado) -Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Este trabalho focaliza a obra do pensador e escritor martinicano Édouard Glissant (1928-2011) intitulada Poétique de la Relation (Poética da Relação) e, em especial, os ensaios "La plage noire" ("A praia negra") e "La plage ardente" ("A praia ardente"), situados nas regiões medial e final do volume. Busca, assim, discutir e apresentar o que se pode exprimir como sendo, em relação a esse corpus, uma leitura do oralisto é, um exercício crítico de descrição, análise e interpretação da oralidade que caracteriza esse conjunto específico de textos escritos. Dividido em três seções denominadas aproximações, o texto pretende se acercar de algumas das dimensões que constituem, simultaneamente, uma problemática tão complexa: o modo como as questões em torno do oral são tratadas pela fortuna crítica dedicada às literaturas antilhanas de língua francesa, em geral, e à obra de Glissant, em específico; a maneira como as noções de oral e de oralidade são comumente entendidas e enunciadas no interior da obra glissantiana, sobretudo em sua vertente ensaística; o exame de algumas das teorizações mais influentes acerca da oralidade e do oral no âmbito dos estudos linguísticos e literários de matriz europeiaa exemplo de certas ideias de Paul Zumthor e Henri Meschonnic. Por fim, na Terceira aproximação,propõe-se uma (re)tradução a...
Este artigo se dedica à leitura crítica de duas traduções brasileiras do célebre poema mallarmeano Um lance de dados [Un coup de dés, 1897], assinadas por Haroldo de Campos e Álvaro Faleiros e publicadas pela primeira vez, respectivamente, em 1974 e 2013. Como mote de nossa análise, buscamos retomar aspectos da reflexão de Stéphane Mallarmé em torno da ideia de verso, levando em consideração elementos da história literária e de parte do debate que aquele notável assunto suscitou no século XIX francês. Nesse contexto, ganha relevo especial o texto “Crise de vers”, constante do volume mallarmeano das Divagations (1897). Por fim, confrontamos algumas das soluções de tradução adotadas por cada tradutor, com o intuito de arrazoar um juízo crítico possível dessas reescritas tradutórias em meio à anterior discussão sobre o verso e sua crise.
Cet article est consacré au roman L’Énigme du retour, du célèbre écrivain haïtien Dany Laferrière. L’image de la valise, très présente dans le récit, figure à la fois l’idée d’héritage et ce qui permet de rassembler des oeuvres fondamentales. Ainsi, le voyage littéraire du narrateur part des classiques universels jusqu’à la littérature caribéenne la plus contemporaine. Finalement, grâce au concept de « posture » (Jérôme Meizoz, 2007), ce travail vise à interpréter les diverses variations du thème de la lecture dans le roman.
Nesta entrevista, realizada por escrito entre 2021 e 2022, a professora da UFF Vanessa Massoni da Rocha conversa com Henrique Provinzano Amaral, organizador e tradutor de "Estilhaços - antologia de poesia haitiana contemporânea".
Cet article examine comment, à partir du drame des migrants qui font route vers l’Europe, Frères migrants de Patrick Chamoiseau suggère la possibilité d’un « humanisme à la mesure du monde » (CÉSAIRE, 1973). L’essai manifeste une intention humaniste, sous la forme d’une bibliothèque intertextuelle qui perpétue tout à la fois la pensée de l’humanisme et l’esprit de la « sentimenthèque » figurant dans Écrire en pays dominé (CHAMOISEAU, 1997). Si le traitement inhumain infligé aux migrants dévoile les angles morts de l’humanisme européen et rappelle les méthodes coloniales, la prise en compte fraternelle de ces derniers invite à repenser et à élargir l’humanisme. La médiatisation de l’essai se prolonge par la publication d’un recueil collectif Osons la fraternité ! Les écrivains aux côtés des migrants (CHAMOISEAU, LE BRIS, 2018) au sein duquel certains textes questionnent les apories de toute intention humaniste.
Neste artigo, Édouard Glissant resume suas principais proposições para as poéticas da Relação, configuradas em torno do conflito entre o crioulo e o francês tal qual se deu (e se dá) na Martinica. A Relação, grafada por Glissant com R maiúsculo, se opõe aqui ao Ser. A subjetividade de quem diz, traçada em jogo na trama interpoética caribenha, decanta de uma crítica ao ser unificado e circunscrito, ao qual se oporia o ser-da-Relação. Este, uma vez incompleto, tenderia a se completar, mas sem nunca terminar de fazê-lo, na vivência com os Outros. É não só incompleto, mas móvel e mutante em sua incompletude, conforme as relações se transformam e se engajam em diferentes relações com diferentes Outros. Glissant nos provoca a perceber essas dinâmicas de identificação e opacidade na consulta dos resultados dessas linguagens, produtos da experiência entre as poéticas livre e forçadas. Essa compreensão não é apenas pertinente para analisarmos as cenas contemporâneas de arte e seus processos de exclusão, mas sim, e principalmente, pelo valor de transgressão da cultura popular frente os esquemas de classificação, do cânone e da história da arte e da literatura. Ainda mais, favorece grandemente os estudos das poéticas da voz, que encontram na via da Relação uma autonomia poética e discursiva dentro dos sistemas literários.
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