Introduction: The Health Care Network (HCN) in Brazil is a proposal from Health Ministry to link different health services in order to promote integrated care. There has been observed in Brazil a situation of triple burden of diseases, characterized by the co-existence of infectious/parasitic diseases and malnutrition, avoidable child and maternal deaths, chronic diseases and external causes (Brazil, 2010). The ultimate goal of HCN is to overcome the contemporary crisis of health care system and the complex epidemiological situation.
Introdução: Investir na formação dos profissionais por meio da educação interprofissional e da prática colaborativa qualifica-os para a assistência integral às necessidades de saúde dos indivíduos, considerando o trabalho como um determinante de saúde. Objetivo: Descrever a etapa de planejamento de uma atividade intitulada “Educação Interprofissional para atenção à saúde do trabalhador na Atenção Primária à Saúde”. Método: Alicerçado na Pesquisa- Ação, o planejamento foi desenvolvido em uma instituição federal de ensino superior do Estado de São Paulo em formato de oficinas, que contaram com a participação de um moderador, um observador, seis docentes (duas fisioterapeutas, uma educadora física e três enfermeiras), uma estudante de graduação e uma estudante de pós-graduação. Os dados foram coletados em um diário de campo. Resultados: As oficinas possibilitaram a definição de: (1) Competências profissionais comuns: Compreender o modelo de atenção à saúde, embasado na integralidade e nas necessidades em saúde individuais e coletivas; Compreender o trabalho como determinante social do processo saúde-doença; Identificar atitudes que provoquem mudanças na prática profissional, compreendendo a influência do trabalho no adoecimento; (2) Objetivos de aprendizagem: Sensibilizar sobre o papel dos diferentes profissionais na APS com ênfase na saúde do trabalhador, Compreender a determinação social do processo saúde-doença; Desenvolver habilidades para o trabalho em equipe; Reconhecer o perfil epidemiológico e produtivo; Compreender a estrutura da RAS; Compreender as ações e avanços no campo da saúde do trabalhador na APS; (3) Estratégias pedagógicas: Metodologias ativas de aprendizagem, considerando a centralidade do aluno em seu desenvolvimento; (4) Estratégia de avaliação: Desenvolvimento de um estudo de caso sobre o cuidado interprofissional de um trabalhador na RAS. Conclusão: O planejamento resultou em uma atividade consistente, concebida por múltiplas experiências, conhecimentos e perspectivas, potencializando a integralidade do cuidado.
Introdução:As mudanças que ocorrem na concepção de saúde doença, no perfil populacional e de morbimortalidade e crescente complexidade da rede de serviços, apontam para a necessidade de mudança na gestão: da prática profissional isolada de cada área, para o trabalho em equipe e prática interprofissional colaborativa. Nesse contexto se destaca a atenção centrada no usuário como atributo que pode contribuir para efetivar a transição assinalada e para o fortalecimento da humanização da atenção à saúde. Objetivos: Analisar a atenção centrada no usuário como atributo para o trabalho em equipe e prática interprofissional colaborativa. Métodos: Realizou-se revisão de literatura nas bases de dados Medline, Scopus, CINAHL, Lilacs e Scielo com os descritores específicos de cada base e o critério de inclusão: artigos que tratassem da prática colaborativa, trabalho em equipe e assistência centrada no paciente como assuntos principais, no contexto da Atenção Primária à Saúde. como critério de exclusão: estudos que abordassem as temáticas de forma isolada, por exemplo, fazendo referência apenas a assistência centrada no paciente ou somente à prática colaborativa das equipes. Resultados: nas bases de dados nacionais não foi identificado nenhum registro com os critérios referidos. nas bases de dados internacionais observou-se que as discussões versam sobre aspectos organizacionais, educacionais e competências para a prática colaborativa centrada no paciente. Observou-se ausência de consenso sobre os termos patient centered care e collaborative practice. o termo colaboração demonstrou-se comumente definido através de 5 conceitos: compartilhamento, parceria, poder, interdependência e processo. Os autores colocam a questão da participação do paciente nas equipes colaborativas, porém a forma dessa participação variou, demonstrando ser mais centrada no paciente ou centrada nas recomendações da equipe. As lacunas identificadas referem-se a escassez de estudos que incluam a perspectiva dos pacientes nos estudos sobre a prática colaborativa centrada no paciente. Assim como se verificou a ausência de estudos que sugiram formas para integração dos pacientes na equipe de saúde, como membro importante na tomada de decisões. a própria literatura encontrada sugere como assunto de pesquisa a compreensão do lugar que o paciente gostaria de ter na colaboração interprofissional. Conclusões: Observa-se escassez na literatura nacional de produções que relacionem a atenção centrada no usuário e a prática interprofissional colaborativa. a literatura internacional não apresenta consenso sobre os termos, mas há concordância, sobretudo na literatura canadense e americana acerca da atenção centrada no usuário como atributo para prática interprofissional colaborativa. São necessários estudos na temática para subsidiar práticas interprofissionais colaborativas que permitam a atenção humanizada e usuário centrada.
IntroductionTelehealth is a growing topic, with potential to improve access to primary healthcare. However, there is a lack of knowledge regarding how telehealth could facilitate interprofessional collaboration that is recommended to strengthen the comprehensive approach of primary healthcare. The objective is to identify the characteristics and applications of telehealth services related to the interprofessional collaborative practice of primary healthcare professionals.Methods and analysisThis review will cover studies including as target population those health professionals who work in telehealth services; as concept, telehealth in relation to collaborative interprofessional practice; and as context, primary healthcare. A scoping review will be carried out according to the Joanna Briggs Institute methodology. Databases to be searched include MEDLINE, CINAHL, Embase, Eric, Scopus, LILACS and Web of Science. All identified records will be grouped, duplicates will be removed, titles and abstracts will be selected by two independent reviewers, and the full text of selected articles will be evaluated in detail. A data extraction tool developed by the reviewers will be used for data extraction. The results will be presented in data map format in a logical way, in a diagram or in a tabular format, accompanied by a descriptive summary.Ethics and disseminationNo ethical approval is required for this study. A manuscript based on this scoping review will be submitted to a journal and we hope it will contribute to scientific knowledge on the interprofessional field and key research findings will be sent to key events on interprofessional practice and education.Systematic review registrationThis scoping review was registered in the Open Science Framework (https://doi.org/10.17605/OSF.IO/2BV8D).
Introdução: O objeto do presente estudo é a educação interprofissional (EIP) em saúde no âmbito de cursos de graduação, reconhecida mundialmente como o aprendizado interativo entre membros de duas ou mais áreas profissionais da saúde, com a finalidade de melhorar a colaboração interprofissional e os resultados do cuidado à saúde dos usuários (PEDUZZI, 2013). Embora as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a formação em saúde enfatizem o trabalho em equipe, no Brasil, ainda predomina a uniprofissionalidade, com inexistência de contato entre estudantes dos cursos da saúde e dificuldade no conhecimento das funções de cada um no seu ambiente de trabalho (PEDUZZI et al, 2013). O presente estudo se propõe a investigar a disponibilidade dos estudantes dos cursos de graduação em saúde de uma universidade pública federal do Estado de São Paulo para o aprendizado interprofissional e poderá contribuir para a construção de iniciativas de reorganização do ensino em prol do trabalho em equipe. 2. Objetivo Analisar a disponibilidade dos estudantes de graduação em saúde para o aprendizado interprofissional. 3. Método Foi realizado um estudo quantitativo descritivo exploratório para analisar a disponibilidade dos estudantes do curso de graduação em saúde de uma universidade pública federal do Estado de São Paulo para o aprendizado interprofissional. A coleta de dados ocorreu no período e janeiro a junho de 2017 após a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa, cujo protocolo é CAAE 58833616.6.0000.5504. Os dados foram coletados presencialmente, com a autorização do professor responsável pela disciplina, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O instrumento utilizado foi a Readiness for Interprofessional Learning Scale (RIPLS), adaptada e traduzida para o português (PEDUZZI et al, 2015). Os dados foram inseridos em banco de dados Excel e analisados por meio de estatística descritiva simples. 4. Resultados O estudo contou com a participação de 169 estudantes, ingressantes nos anos 2012, 2014, 2015 e 2017, dos cursos de enfermagem, fisioterapia, gerontologia, medicina e terapia ocupacional, sendo 133 (79,69%) do sexo feminino, 33 (20,24%) do sexo masculino. Em relação ao momento de formação, 110 (65,08%) estudantes são calouros, do primeiro semestre de graduação, enquanto 53 (31,36%) são veteranos. Os resultados da disponibilidade para com aprendizado interprofissional obtidos com a aplicação da RIPLS estão apresentados considerando que o primeiro percentual do parêntesis se refere aos dados dos estudantes ingressantes no curso e o segundo aos que estão finalizando a graduação. A maioria dos estudantes, tanto os ingressantes de 2017 quanto de outros anos, concordaram com assertivas como "em última análise, os pacientes seriam beneficiados se estudantes da área da saúde trabalhassem juntos para resolver os problemas dos pacientes" (98,18%; 90,56%), “habilidades de trabalho em equipe são essenciais na aprendizagem de todos os estudantes da área da saúde” (93,63%; 94,34%). Os referidos resultados mostram que os estudantes compreendem a importância da EIP durante a formação profissional e expressam interesse e possibilidades de fortalecer o trabalho em equipe. Também se identificou elevada concordância nos itens da escala que remetem aspectos da comunicação como “a aprendizagem compartilhada durante a graduação me ajudará a tornar-me um profissional que trabalha melhor em equipe” (93,64%; 94,4%). Em relação à identidade profissional, os participantes do primeiro ano pareceram indecisos ao assinalarem “nem concordo nem discordo” (37,27%) na assertiva “chegar a um diagnóstico será a principal função do meu papel profissional (objetivo clínico)”, vale destacar que de fato nem todos os profissionais da saúde tem essa finalidade na prática. Em contrapartida, os estudantes na metade e final do curso discordaram (47,17%) deste mesmo item, porém não mostraram muita convicção ao não concordarem, já que apenas (11,32%) discordaram totalmente. Ainda sobre essa categoria da identidade profissional, 70% dos estudantes do primeiro ano e 81,13% dos participantes dos outros anos discordaram da assertiva "falta-me clareza sobre qual será meu papel profissional na equipe de saúde", mostrando que mesmo que o estudante ingresse na universidade com conhecimento sobre seu papel no ambiente de trabalho, no decorrer da formação desenvolve sua identidade profissional. Destacam-se “a função dos demais profissionais da saúde é principalmente apoio aos médicos” (80%; 96,23%) e “preciso adquirir muito mais conhecimentos e habilidades que estudantes de outras profissões da saúde” (56,36%; 66,04%). O alto índice de discordância dos participantes, nos itens que se referem à prática uniprofissional, mostra que reconhecem a horizontalidade entre as profissões de saúde, assim como os estudantes da UNIFOR (NUTO et al, 2017) e da Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista (SOUTO et al, 2014). Os estudantes mais antigos de curso possuem uma opinião um pouco mais consolidada do que os estudantes mais novos sobre a atenção centrada no paciente e integralidade do cuidado, uma vez que 54,72% daqueles concordaram com o item, “a opinião do paciente pode mudar minha conduta clínica” e os mais novos tiveram a opinião dividida entre “nem concordo nem discordo” (39,09%) e “concordo” (36,39%). Porém, nos itens "gosto de entender o problema na perspectiva do paciente" (93,64%, 100%) e "pensar no paciente como uma pessoa é importante para indicar o tratamento correto" (98,19%; 98,11%), tanto os estudantes do primeiro ano quanto os estudantes dos outros anos tiveram nível de concordância próximos. Tais assertivas mostra que há um tensionamento das ações entre o saber técnico profissional e o reconhecimento da importância da opinião do paciente no seu próprio cuidado, afim de ressignificar as condutas profissionais. A mudança das concepções dos estudantes requer a reflexão sobre a importância da perspectiva ampliada do cuidado à saúde, que "se refere à atuação profissional e concepções de saúde que remetem ao reconhecimento da necessidade de um elenco variado de profissionais" (AGRELI et al, 2016), possibilitando o trabalho em equipe e cuidado integral do paciente. 5. Conclusão O estudo aponta que os estudantes de graduação em saúde mostraram-se dispostos para o aprendizado compartilhado durante a formação profissional, possibilitando o trabalho em equipe no ambiente de trabalho, atenção centrada no paciente e qualidade na assistência a saúde. Para isso, é necessário que os graduandos em saúde da universidade estudada tenham mais atividades que possibilitem a interprofissionalidade, não só atividades extracurriculares, mas também em disciplinas obrigatórias, ao contrário do que a universidade oferece. Assim, os estudantes poderão praticar a comunicação, interação e colaboração voltada para qualidade no cuidado do paciente.
Introduction: The interprofessional collaboration is considered an innovative strategy to consolidate the integrated care. It is characterized by the involvement of two or more professionals from different areas working together to deliver patient centred care (WHO, 2010; Deen, Fortney & Pyne, 2011; Towle & Godolphin, 2013). Interprofessional education and practice has been considered as integrated areas of mutual influence to develop collaborative care. In Brazil, the understanding of Interprofessional Education and Practice in primary care provide subsides into implementation and consolidation of collaborative interprofessional model.
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