Objetivo: Caracterizar o impacto da exposição excessiva à luz azul emitida pelos dispositivos digitais na visão dos adolescentes e adultos jovens. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados BVS, PubMed, SciELO e Periódico Capes. As buscas abrangeram o período de 2016-2021, sendo selecionados os artigos completos e originais envolvendo grupos de adolescentes ou adultos jovens. Resultados: Foram selecionados seis artigos constituídos de estudos transversais descritivos observacionais com questionário autoaplicável, apresentando uma média de 403 participantes na faixa etária entre 18 e 31 anos, sendo a maioria do sexo feminino. Apenas quatro estudos estabeleceram uma relação entre uso prolongado de dispositivos digitais e as manifestações da síndrome da visão computacional, com variações no tempo de uso de telas. Conclusão: Não há um consenso na literatura demonstrando a partir de qual período de exposição seria prejudicial para o surgimento das manifestações oculares, sendo necessário mais estudos considerando os aspectos ambientais e comportamentais de cada indivíduo.
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo diagnosticar erros refracionais em crianças com microcefalia, presumidamente por síndrome congênita do Zika vírus, na região oeste do Mato Grosso. Métodos: Estudo clínico, transversal, observacional onde foi realizado busca ativa dos pacientes com microcefalia atendidos no Centro Especializado em Reabilitação na cidade de Cáceres e Cuiabá, ambas no estado de Mato Grosso. Foram realizadas avaliações oftalmológicas de 30 crianças com microcefalia presumidamente por síndrome congênita do Zika vírus, 14 do sexo masculino e 16 do sexo feminino com idade média no momento da avaliação de 2 anos e 4 meses. As crianças foram encaminhadas para o médico oftalmologista, onde foi realizado anamnese e o exame de refração ocular com os equipamentos retinoscópio, régua para esquiascopia e colírio ciclopentolato. Resultados: Foi possível diagnosticar os erros de refração em 96,7% das crianças, o erro refracional mais encontrado foi o astigmatismo, diagnosticado em 45 olhos, seguido pela hipermetropia em 43 olhos e, por fim, a miopia diagnosticada em 12 olhos. Conclusão: o diagnóstico de erros refracionais foram encontrados em todas as 30 crianças, a ausência de diagnóstico e tratamento pode afetar negativamente o desenvolvimento infantil dessa população; desse modo, o acompanhamento oftalmológico precoce e contínuo maximiza a qualidade visual e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.
Retinose Pigmentar (RP) é uma doença retiniana caracterizada por variadas mutações genéticas em sua patogênese, ela pertence a um grupo de distrofias retinianas progressivas herdadas geneticamente e decorre da morte do epitélio pigmentar da retina e dos fotorreceptores, sendo caracterizada pela degeneração de bastonetes, seguida pelos cones. Visando contribuir para um maior entendimento desse tema, visto seus impactos socioeconômicos e na qualidade de vida dos pacientes, realizou-se uma revisão integrativa de literatura com total de 22 artigos. Após análise, observou-se que a doença pode ser dividida em típica, mais comum, e atípica, de acordo com sua fisiopatologia, ou em sindrômica e não sindrômica, baseada no conjunto de manifestações clínicas. Além disso, os sintomas podem iniciar-se na infância ou vida adulta, com progressão imprevisível, sendo que a perda visual é classicamente simétrica e bilateral, inicialmente periférica, progredindo até restar apenas parte do campo visual central. Em relação ao exame oftalmológico, os principais achados foram depósitos de espículas ósseas pigmentadas perifericamente, associado a atrofia e/ou distrofia do epitélio pigmentar da retina, atenuação dos vasos retinianos, palidez do nervo óptico e mácula relativamente poupada. Exames complementares incluem mapeamento de campo visual central e periférico, eletrorretinografia, tomografia de coerência óptica, e autofluorescência de fundo de olho. O diagnóstico de RP relaciona-se com o aparecimento de sintomas depressivos, e seu manejo caracterizou-se por exigir abordagem multidisciplinar, de modo que o tratamento disponível é de suporte, com medidas auxiliares para baixa visão, testes e aconselhamento genético e tratamento de condições associadas, não havendo terapia curativa.
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Objetivo: Avaliar o efeito da capsulotomia posterior por Nd:YAG laser em olhos pseudofácicos nas aberrações de alta ordem, totais e internas, nos diferentes graus de opacificação de cápsula posterior. Método: Estudo clínico experimental, prospectivo de coorte longitudinal. Foram incluídos no estudo pacientes que haviam sido submetidos à cirurgia de catarata (com implante de lentes esféricas) e apresentassem algum grau de opacificação de cápsula posterior (OCP). As aberrações de alta ordem foram mensuradas pelo aberrômetro OPD III Nidek antes e 15 dias após capsulotomia posterior por Nd:YAG laser. Os valores médios das aberrações totais e internas – esférica, coma e trifólio – pré e pós capsulotomia foram comparadas no total e subdividida entre os graus de OPC. Resultados: Ao todo, 64 olhos foram incluídos. Foi encontrada uma redução estatisticamente significativa em todas as aberrações totais em internas após a capsulotomia. Para as aberrações totais, no grau I, houve redução estatisticamente significativa nas aberrações trifólio, no grau II esféricas, grau III esféricas, coma e trifólio e grau IV coma e trifólio. Para as aberrações internas, no grau I coma e trifólio, grau II coma, grau III e IV coma e trifólio. Conclusão: Foi demonstrado que esse procedimento implica em uma redução estatisticamente significativa nas aberrações de alta ordem, tanto internas quanto totais.
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