Many are the studies dedicated to slave reproduction and slave families in Brazil. Only a few, though, focus on regions not engaged in export economy. This work, which belongs to the field of historical demography, studies slave reproduction and slave families in Mariana during the second half of the 19 th century. Mariana, a locality in the province of Minas Gerais, turned to subsistence economy and internal market production since de decline of gold production. This work begins with a description of 89 (39,2) 2,76
Enfim, ao final dessa longa jornada, a tese está concluída e, agora, pensando naqueles que participaram dessa empreitada, há várias pessoas a agradecer.Em primeiro lugar, ao professor doutor José Flávio Motta, que, desde o mestrado, me orienta no ofício da pesquisa histórica com paciência, muita seriedade e competência.A leitura atenta e os comentários pertinentes sugeridos pelos professores doutores Nelson Hideiki Nozoe e Esmeralda Blanco Bolsonaro de Moura, que compuseram a banca de qualificação.Além do agradecimento pela disponibilidade de todos os membros da banca de defesa, gostaria também de prestar-lhes reverências pela contribuição que deram à historiografia, sendo parte do alicerce sobre o qual é possível realizar este e novos trabalhos. Nomeadamente, professor doutor Nelson Hideiki Nozoe (novamente), professora doutora Maria Lúcia Lamounier, professor doutor Carlos de Almeida Bacellar, professor livre-docente Iraci del Nero da Costa: muito obrigada.Ao professor Iraci del Nero da Costa, presto especial homenagem pela longa trajetória dedicada à História Demográfica, que também a ele deve boa parte de sua conceituação e divulgação -particularmente através do Núcleo de Estudos em História Demográfica (NEHD) -entre o meio acadêmico.Aos funcionários da Casa Setecentista de Mariana, Cássio Vinício Sales, João Antero dos Reis e José da Fonseca, que tornaram as horas de pesquisa menos ásperas através da amizade, simpatia e generosidade.As amizades que a História, como questão afim, tratou de construir ao longo dos anos de pesquisa e congressos:
O presente trabalho analisa a prática das alforrias na localidade mineira de Mariana. A partir da análise de 425 cartas de liberdade registradas nos cartórios dos I e II ofícios do termo de Mariana, descrevem-se os padrões da alforria do período 1840-1888, buscando apreender as transformações na concessão da manumissão no contexto das leis abolicionistas. O marco inicial estabelecido justifica-se por ser a década que antecede a proibição efetiva do tráfico internacional de escravos. A análise das alforrias para os anos 1840 permite estabelecer uma comparação com as décadas subsequentes e, assim, dimensionar o impacto causado pelas leis abolicionistas na política de alforrias.Em 1850, a lei que proibiu o tráfico africano inaugurou o declí-nio do sistema escravista brasileiro. A partir de então, houve constante diminuição do número de cativos no país, o que resultou em grande movimentação interna em busca da mão de obra escrava residente no país, mormente das regiões menos mercantilizadas para aquelas voltadas para o mercado externo. Outra forma de aumentar o número de cativos seria a reprodução endógena. No entanto, em 21 de setembro de 1871, a legislação causou ainda mais embaraço ao sistema escravista. A partir * Pós-doutoranda em História Econômica da FEA/USP.
Resumo: Analisamos a correspondência entre Arthur Ramos e o antropólogo norte-americano Melville Herskovits durante o período de 1935 a 1949, época de sistematização dos estudos afro-americanos. As epístolas entre os dois intelectuais nos revelam um intenso intercâmbio de ideias envolvendo trocas de materiais bibliográficos, pesquisas e divulgação das produções dos estudiosos dos africanismos no Novo Mundo. As fontes mostram ainda as discussões comumente presentes nas correspondências em torno do racismo nas sociedades americanas. Nosso ponto central, portanto, é demonstrar como o envolvimento profissional e pessoal com Herskovits foi o mais importante ponto de inflexão do pensamento ramista em duas situações: quando sua obra secundariza a abordagem médico-psicanalítica para dar protagonismo à Antropologia Cultural, por volta de 1935; e, ao perceber a insuficiência das discussões acadêmicas no contexto da Segunda Guerra Mundial, volta-se à Antropologia Aplicada – que não estava no escopo de seu interlocutor de Northwestern, mas era efervescente em outras instituições americanas pelas quais passou. Palavras-chave: Circulação de ideias; Arthur Ramos; Melville Herskovits; Estudos Afro-Americanos; Estudos Afro-Brasileiros; Luta antirracista.
Resumo As cartas de alforria geralmente traziam prenome, idade, cor e naturalidade referentes aos escravos alforriados. Elas poderiam conter ainda informações sobre o estado civil, a filiação, a ocupação e o valor dos escravos. Através dessas informações e da análise quantitativa, traçamos o perfil do escravo libertado em Mariana (região economicamente voltada para a produção de alimentos) verificando se as características do alforriado modificaram-se ao longo do tempo durante o período 1840-1888, buscando apreender as transformações na concessão da manumissão no contexto das leis abolicionistas.
Durante a segunda metade do século XIX, muitas alforrias foram alcançadas após longos processos de liberdade. Prática comum em todo o período da escravidão, estas batalhas judiciais tornaram-se mais numerosas durante as últimas décadas do Oitocentos, principalmente no período posterior a 1871, quando a legislação passa a interferir na relação senhor/escravo, dando possibilidade aos cativos de acumularem pecúlio ou serem alforriados pelo Fundo de Emancipação. Examinando processos de liberdade, abertos durante a segunda metade do século XIX em Mariana, Minas Gerais, encontramos muitos escravos recorrendo aos meios jurídicos a fim de alcançar a liberdade. Entretanto, em muitas situações os autores das ações, através dos seus representantes legais, eram descritos como libertos ou livres, ou seja, embora legalmente não pertencessem à condição de cativos, viviam sob o jugo da escravidão. Através das ações judiciais, nosso artigo pretende apresentar a luta pela liberdade de famílias negras que viviam em injusto cativeiro.
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