Resumo: Introdução: O curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi criado com o objetivo de formar profissionais generalistas que atendessem à demanda de reestruturação do modelo de assistência proposto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, optou-se por um currículo orientado por competência, com inserção longitudinal dos estudantes em cenários assistenciais da atenção primária à saúde (APS) do primeiro ao sexto ano e a adoção de metodologia ativa de ensino-aprendizado. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar em que medida o curso de Medicina implantado na UFSCar, considerando seus aspectos didáticos e organizacionais, resultou na formação de profissionais voltados à atuação na APS. Método: Foram convidados a participar do estudo médicos egressos das turmas I a V da UFSCar. Mediante aceite, encaminhou-se um questionário virtual que contemplava: identificação, análise do perfil profissional e análise de fatores que influenciaram a escolha da especialidade e de fatores que contribuíram ou não para a aproximação da APS. Os resultados foram submetidos à análise descritiva e apresentados como média ± DP ou frequência absoluta (porcentagem), conforme a variável. Resultado: Dos 183 alunos contatados, 77 responderam à pesquisa. Destes, 73 (94,8%) escolheram fazer especialização, e um optou por atuar na APS como médico de família e comunidade. O elemento que mais influenciou, positiva e negativamente, a escolha da especialidade foi o contato com a área médica durante a graduação. Com relação aos fatores que poderiam ter despertado o interesse dos estudantes para atuar na APS, 13 dos 16 elementos avaliados (81,2%) não contribuíram. Conclusão: À semelhança de outros cursos de Medicina do Brasil, os egressos do curso de Medicina da UFSCar optaram por fazer especializações não voltadas à atuação na APS, em dissonância com o modelo de reestruturação da assistência proposto pelo SUS.
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