RESUMO -O Presídio Feminino como Espaço de Aprendizagens.Baseado em um estudo realizado em 2008, no presídio feminino de João Pessoa (PB), com o objetivo de compreender a relação entre as aprendizagens ao longo da vida de mulheres encarceradas e as motivações/circunstâncias de vida que as levaram a cometer prática(s) delituosa(s), o texto busca analisar o conteúdo das suas narrativas. Para isso, adotou como eixos específicos de análise as categorias família, trabalho, escola e prisão. Ao destacar a última -prisão -, pretende-se dar visibilidade ao contexto prisional como lócus de múltiplas contradições e como espaço onde se constroem biografias de aprendizagens, sejam elas voltadas ou não para a emancipação. Palavras-chave: Educação em Prisões. Biograficidade. Aprendizagem e Educação ao Longo da Vida. Mulheres Encarceradas. ABSTRACT -Women's Prisons as Learning Spaces.Based on a study carried out in 2008 in the women's prison in João Pessoa (State of Paraiba, Brazil) whose objective was to comprehend the relation between the lifelong learning processes of imprisoned women and the motivations/ life circumstances which led them to commit crimes, the text seeks to analyse the content of the narratives of these women adopting as specific focus of its analysis the categories family, work, school and prison. By emphasizing the last, prison, it is intended to give visibility to the prison context as the locus of multiple contradictions and as a space in which learning biographieswhether directed at emancipation or not -are constructed.
RESUMO: Nos presídios brasileiros, embora a oferta educativa e de formação profissional ganhe prioridade nas propostas de reinserção de encarcerados, a educação e o trabalho mais competem do que se complementam. Partindo desse pressuposto, analisamos neste artigo esse binômio no Centro de Reeducação Feminina de João Pessoa (PB), com base em duas pesquisas realizadas com mulheres com experiência prisional. Para tanto, nos baseamos na compreensão de que educação e trabalho são fontes potenciais de aprendizagem e deveriam/ devem ser mais acessíveis e complementares no contexto das prisões femininas, considerando as especificidades de gênero nelas envolvidas. Por outro lado, também entendemos que elas não devem ser vistas como garantias para o amplo propósito da ressocialização e reintegração social, sendo para isso necessária a reunião de outro conjunto de ações pós-penitenciárias. Palavras-chave:Educação e trabalho na prisão. Educação de mulheres privadas de liberdade. Reintegração social.Education and work in a women's re-education center: a case study ABSTRACT: Although the supply of education and vocational training, in Brazilian prisons, is given priority in proposals for the reintegration of prisoners, education and work compete rather than complement each other. Taking that premise as our
Este estudo teve como objetivo analisar como a indisciplina no contexto escolar contribui na desconstrução do processo de ensino e aprendizagem dos educandos do 7º ao 9º ano da cidade de Vertente do Lério-PE. Tratou-se de uma pesquisa exploratória-descritiva com abordagem quali-quantitativa, com questionários aplicados a 15 estudantes e 11 professores, desenvolvida entre os meses de maio e junho de 2019. Constatou-se sobre o perfil dos professores pesquisados que a maioria é do gênero feminino, na faixa etária de 34 a 53 anos, casados e com filhos. Todos são licenciados na área que atuam e possuem pós-graduação, atuam a mais de 10 anos no ensino e não possuem outra atividade remunerada, com carga horária total de atividades de 30h/semanais. Sobre como lidam com a indisciplina, os professores afirmam que fazem uso de dinâmicas, diálogos, uso de jogos e atividades diversas na tentativa de amenizar a indisciplina escolar. Afirmam ainda que as situações de indisciplina que ocorrem em sala atrapalham o desempenho escolar e entendem que ela está vinculada a fatores internos, tais como: a infraestrutura, a administração, a relação professor-aluno, ao processo de ensino e aos fatores externos, como os problemas socioeconômicos, a baixa qualidade de vida e os conflitos de ordem familiar.
Nos últimos anos, a educação da pessoa privada de liberdade foi colocada na pauta político-educativa brasileira como um direito subjetivo. Apostou-se nela como ferramenta indispensável para a chamada reintegração social da pessoa encarcerada, porquanto pode contribuir para diminuir os índices alarmantes de reincidência. Neste artigo, refletimos sobre a problemática da reintegração com base nas histórias de vida narradas por mulheres presas em um presídio de João Pessoa – PB. Sem negar a importância da proposta pedagógica que a escola do presídio oferece, consideramos necessário estabelecer um diálogo entre as aprendizagens de vida e a experiência escolar da mulher antes de ser presa; as aprendizagens da prisão e suas expectativas e/ou planos para a vida em liberdade ao concluir a sentença e buscar se inserir numa sociedade regida por preconceitos sociais ainda enraizados. Questionamos se a escola prepara as mulheres para um mundo real ou para um mundo ilusório. De acordo com os depoimentos das mulheres, verificamos as inúmeras dificuldades que a escola da prisão enfrenta, para garantir às encarceradas o ideal ressocializador necessário ao enfrentamento do mundo real dentro e fora das grades. Também concluímos que, na prisão, é preciso investir em projetos e programas que estabeleçam mais articulação entre educação e trabalho e que contribuam para que a sociedade participe mais das proposições e ações voltadas aos ideais de reintegração social dessa população. Consideramos esse apartheid social também uma questão educacional que precisa ser aprofundada em âmbito acadêmico e enfrentada politicamente.Palavras-chave: mulheres encarceradas; aprendizagens de vida; educação em prisões; reintegração social.
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