Os tecidos moles periodontais e peri- implantares possuem muitas características em comum, tanto clínicas como histológicas. Para controle e manutenção adequados destes tecidos, é necessário melhor entendimento das diferenças e similaridades que existem entre eles. Os biofilmes se formam em todas as superfícies aderentes em sistemas fluidos, tanto em dentes como em implantes orais. Como um resultado da presença bacteriana, o hospedeiro responde desenvolvendo um mec anismo de defesa que levará à inflamaç ão dos tecidos moles. Na unidade dentogengival, os resultados são as lesões de gengivite. Na unidade implantar, essa inflamaç ão é denominada de muc osite. Se for permitido o acúmulo de placa por períodos prolongados de tempo, pesquisas experimentais demonstraram que a muc osite pode evoluir para peri-implantite, isto na dependência dos fatores e indicadores de risc o, afetando o osso peri- implantar de suporte circunferencialmente. Embora o osso de suporte seja perdido coronalmente, o implante ainda permanec erá ósseo integrado e, portanto, clinicamente estável. Essa é a razão pela qual a mobilidade representa uma característica de diagnóstico de peri-implantite pouco sensível, mas específica. Parâmetros mais sensíveis e confiáveis do desenvolvimento e da presença de infecções peri- implantares são o sangramento a sondagem, profundidade de sondagem e a interpretações radiográficas , visam detectar o mais cedo possível as lesões peri-implantares, possibilitando assim que o tratamento, que nessa revisão é descrito como sendo cumulativo, começ ando por procedimentos mais simples até os mais avançados, tendo em vista, paralisar e evitar a progressão dessas lesões, o que fatalmente resultaria no fracasso do implante.
Os problemas decorrentes de perdas dentárias em áreas estéticas têm sido motivo de intensa dedicação científica e empenho clínico a fim de alcançar estabilidade mecânica e estética favoráveis. O advento dos implantes dentários-osseointegráveis supriu quesitos de suporte mecânico; no entanto, a remodelação óssea cervical ao redor de implantes com plataforma convencional pode comprometer significativamente a manutenção dos tecidos peri-implantares, gerando sérios agravos estéticos. Atualmente, o objetivo da instalação de implantes Cone Morse vai além de atender a uma tendência evolutiva em Implantodontia, proporcionando a manutenção das características teciduais peri-implantares e o favorecimento da confecção de próteses estéticas, direcionando todo o processo terapêutico a possibilitar perfil de emergência ideal e relacionamento natural e harmonioso com os tecidos circunjacentes. Logo, essa revisão bibliográfica tem o intuito de apresentar tais características, que conferem um alto índice de sucesso e de longevidade das peças protéticas, garantindo maior previsibilidade de manutenção das condições em reabilitações protéticas. Palavras-chave: Plataforma Cone Morse, prótese dentária, implante.
O carcinoma de células escamosas (OSCC) é uma neoplasia maligna que atinge a cavidade oral, lábios e orofaringe com uma das maiores taxa de mortalidade em todo o mundo, quando em comparação com outros carcinomas, o que o torna um problema de saúde pública (MORO, 2018). Devido à sua grande prevalência, os pesquisadores buscam por mecanismos para aprimorar o diagnóstico da doença em sua fase inicial, no intuito de possibilitar melhor qualidade de vida e sobrevida a esses pacientes (CHENG et al., 2014). Tem-se desenvolvido estudos através da expressão de proteínas, envolvendo o mecanismo biomolecular da carcinogênese oral na busca de identificação de biomarcadores que tenham potencial preditivo e um bom prognóstico para OSCC (CARVALHO; OLIVEIRA, 2015; LOUSADA-FERNANDEZ et at., 2018). Em uma revisão sobre o genoma salivar do câncer oral, este destacou-se justamente pelo fato de suas proteínas estarem localmente expressas (SHAH et at., 2011), tornando seus biomarcadores salivares de fácil e rápida coleta, já que a proliferação desordenada de células malignas deixa derivados de DNA, RNA, vesiculas (exossomos) e marcadores proteicos nos fluidos creviculares, podendo demostrar de forma preventiva o câncer. Com isso, esses biomarcadores podem ser identificados na fase inicial da doença, ao contrário do exame clínico, já que as manifestações clínicas são tardias, o que gera um prognóstico ruim (LOUSADA-FERNANDEZ et al., 2018). Diante desse quadro, o objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão de literatura acerca do papel dos biomarcadores tumorais e discutir sobre a atual situação do câncer bucal, justificando o uso de biomarcadores salivares e entendendo seu papel no diagnóstico precoce. Para isso foi feita uma busca detalhada nas bases de dados Pubmed-Medline, Biblioteca Virtual em Saúde, Lilacs e Scielo, para identificar os mais recentes biomarcadores citados nas literaturas ultilizando as palavras-chaves: carcinoma, biomarcadores, saliva. Também foram incluídos dados coletados da Organização Mundial da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer.
A colocação de implantes osseointegráveis requer volume ósseo adequado, porém, a extração de dentes leva a diferentes padrões de remodelaç ão e reabsorção óssea. A reabsorção do rebordo alveolar tem sido considerada uma consequência inevitável da extração dentária e pode ser um problema significativo em Implantodontia. Após a extração dentária, mesmo com a instalação de implantes imediatos, o sítio desdentado do processo alveolar sofre substancial modelagem óssea, com a diminuiç ão das dimensões da crista alveolar. Após a inserção de um implante em um local de extração fresco, um defeito marginal (GAP) ocorre, frequentemente, entre o rebordo e a superfície do implante, A fim de superar esse problema e para facilitar a formaç ão de osso no defeito marginal, vários processos de enxerto têm sido utilizados, associados ou não ao uso de membranas de barreira, bem como diversos tipos de substitutos ósseos que podem ser utilizados para tal procedimento. Esse trabalho tem por objetivo revisar e discutir a literatura relacionada ao uso de biomateriais sintéticos para preenchimento desses defeitos que se formam ao redor de implantes instalados em alvéolos frescos. No entanto, ainda não existe um biomaterial ideal que possua todas as pro- priedades desejáveis. Além disso, o volume de osso residual deve ser avaliado antes da extração de dentes, de modo que os cirurgiões possam utilizar técnicas diferentes para preservar o osso alveolar. Palavras-chave: implantes dentários, transplante ósseo, materiais biocompatíveis.
Biomarkers are molecules that can be used in screening, diagnosing, characterising, and monitoring diseases, or as prognostic indicators. There are many salivary molecules that can be used as biomarkers of oral diseases such as enzymes, specific and non specific proteins, antibodies, and other substances. This study aimed to research the effectiveness of using salivary biomarkers as a means of diagnosis and raised the following question that are salivary biomarkers sufficient to diagnose oral diseases such as caries, periodontal and peri-implant disease, avoiding systemic diseases? Given this question, this study aimed to investigate the topic in recent scientific literature, looking for information that could clarify the issue. Therefore, a bibliographic review on the topic was carried out, and scientific articles were searched in the PubMed database. The findings showed that salivary biomarkers are sufficient to diagnose oral diseases since several biomarkers in saliva have already been identified, which allow the early diagnosis of these conditions, the monitoring of their progression and their response to treatments. This review may be the first to offer a summary classification of existing salivary biomarkers that can be collected by saliva in a simple and non invasive manner, allowing for early diagnosis. The main finding in this regard was the immune molecules β-defensin-2 and LL-37, collagen I, fibronectin, soluble Cluster of Differentiation 14 (sCD14) cells, Interleukin (IL)-4, IL-13, Interleukin-2 Receptor Alpha chain (IL-2 RA) and eotaxin/CCL11 as predictors of dental caries. For periodontal disease, the higher levels of saliva of IL-1β, IL-6, Metalloproteinase-8 (MMP-8), MMP-9, Macrophage Inflammatory Protein-1a (MIP-1a), Osteoprotegerin (OPG), Tissue Inhibitors of Metalloproteinases-1 (TIMP-1), salivary Total Antioxidant Capacity (TAOC), albumins, uric acid, Superoxide Dismutase (SOD) and peroxidase were related to the pathogenesis of the disease. For peri-implantitis, dysbiosis must be associated with the presence of IL-1β, Tumour Necrosis Factor alpha (TNF-a), TIMP-2, Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF), OPG and procalcitonin. These findings may provide an easier view of the co- presence of other components in the oral environment, such as proteins/cytokines in saliva, transient microbials, which can contribute to the pathogenesis of the disease and date the multifactorial aetiology of oral diseases. This constitutes a personalised medical approach, reinforcing the power of clinical examination and medical history assessments to form an accurate diagnostic tool.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.