Este artigo pretende apresentar apontamentos e questionamentos que possam permitir reflexões sobre os modos de operar da religião na esfera pública. Para tanto, examinará as possíveis estratégias enunciativas e práticas discursivas mobilizadas por um produto informativo construído por uma religião para ser executado na esfera pública. Designadamente, este artigo utilizará como elemento fomentador os debates em torno da “distribuição” de um “Manual de Bioética” católico no X Fórum de Ensino Religioso do Estado do Rio de Janeiro, bem como o exame dos enunciados relacionados à “Teoria de Gênero” presentes nesse “Manual”. Os exames de ambas as práticas, a da distribuição e a prática discursiva, serão feitos sob a perspectiva habermasiana. Palavras-chave: religião; teoria de gênero; esfera pública
Este artigo busca explicitar o tratamento dado pela elite política mineira liberal-constitucionalista, e escravocrata, aos indígenas, bem como explicitar que esses indígenas que não eram considerados “nem cidadãos, nem brasileiros” (SPOSITO, 2012) foram escravizados - diferente do que certas narrativas defendem. Escravizados por uma elite racista e etnocêntrica, que lançava mão de diferentes artifícios e estratégias - como as chamadas Guerras Justas - para escravizar e violentar indígenas. Este artigo dialoga diretamente com as pesquisas das autoras Maria Hilda Paraiso (2010), Fernanda Sposito (2012), e Márcia Amantino (2006; 2009), e tem como fonte o principal periódico liberal mineiro no Primeiro Reinado, o periódico O Universal, da capital da província de Minas Gerais no Primeiro Reinado, Ouro Preto.
Darcy sabia afinal a que veio. Sim, sabia! E se foi, uma pena! Mas não se foi de todo. Suas ideias permanecem em nós. Salve, Darcy Ribeiro! Grande educador que muito nos orgulha por sua postura aguerrida de luta em defesa da universidade pública, de um país mais justo! E é nesse “espírito” de luta e com muita alegria, com muito afeto, que construímos esse dossiê, que resulta de um trabalho coletivo para celebrar o Centenário deste ilustre brasileiro, um humano de “muitas peles” como ele mesmo gostava de dizer – alguém que lutava por tantas causas, entre as quais às garantias dos Direitos dos Povos Indígenas, à democracia, à liberdade, à educação popular, à “universidade necessária”, ao desenvolvimento social (RIBEIRO, 1976).
Este artigo apresenta argumentos que procuram viabilizar o entendimento de que o conceito de Religião Política - bem como as experiências políticas autoritárias representadas por ele, como o Nazismo e o Stalinismo - pode ser pensado em articulação ao conceito de fundamentalismo. Ademais, este artigo também apresenta possibilidades para que o conceito de Religião Civil – que também pode ser classificado como Religião Pública – mesmo sendo muitas vezes associado às experiências políticas tidas como democráticas - como as dos Estados Unidos e da França - também possa ser pensado em articulação ao de fundamentalismo. Para tanto, este trabalho, realizando uma atividade de delimitação e problematização conceitual, definirá o conceito de Religião Política, diferenciando-o do conceito de Religião Civil, e de certa forma do de Religião Pública, em uma tentativa de demarcar um conceito, de Religião Política, que tem sido mobilizado, por vezes com certa imprecisão, por pesquisadores de diferentes áreas. Conquanto o objetivo deste artigo não seja de colocar empiricamente à prova os conceitos supracitados, ao delimitá-los, potencializando-os, busca-se contribuir para melhores rendimentos em experimentos analíticos futuros.
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